68. Rainha reinante

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AEMOND TARGARYEN

Desperto com a luz do amanhecer no meu rosto. Passo as mãos pelos olhos antes de abri-los. Ouço um ressonar baixinho, do meu lado está a Helaena dormindo plenamente nua.

Deito de lado vendo seu rosto em forma de coração com uma expressão tranquila. Seu longo cabelo cacheado está espalhado pelas suas costas nuas. O lençol esconde a sua bunda cheia, mas deixa suas coxas expostas. Só de olhar para seu corpo delicioso meu pau fica duro.

Deito de costas e olho para o teto do meu quarto. Coloco as mãos atrás da cabeça e respiro fundo. Eu matei meu próprio irmão, e isso terá consequência, apenas espero que o retorno volte para mim e não atinja a Helaena e as crianças. Alguns lordes irão querer a minha cabeça em uma bandeja, seja por honra ou por vingança da destruição que deixei para trás.

Olho novamente para a Helaena que agora está despertando. Seus lindos olhos lilases claros abrem me encarando. Ela sorri timidamente enquanto coloca sua mão delicada no meu peito. Levo a sua mão até os lábios.

— Bom dia, Elilla — sorrindo ela deita a cabeça no meu peito. Seus lábios mornos tocam a minha pele me deixando arrepiado.

— Realmente é um bom dia, Mond — seus olhos encontram o meu. Não existe nenhuma recriminação em seu rosto sobre as coisas que eu fiz.

Ela sabia quando eu cheguei o que eu tinha feito, não pretendo contar sobre todos os detalhes. Tanto a luz como as sombras pertencem a cada pessoa, não preciso contar sobre tudo para saberem o resultado.

Matei homens, talvez mulheres e crianças naquele acampamento, e não me arrependo. Eu matei meu próprio irmão e não pensaria duas vezes antes de matá-lo novamente, mesmo assim uma parte minha não está satisfeita, não senti prazer algum em dar fim à ele, mesmo que merecesse.

Meu pai está morto, minha mãe nunca me enxergou, mas agora me odeia com ferocidade e meu avô está agonizando pela sua vida...

Respiro fundo sentindo a mão macia de Helaena acariciando meu peito. Seu rosto lindo está me observando atentamente.

— Você fez o que tinha que ser feito. As pessoas que te condenam por isso, não sabem o que você passou e que nós sofremos nesse meio tempo. Fizemos de tudo, Aemond. Nossa parte está paga — acaricio seu rosto passando o polegar nos seus lábios grossos e vermelhos.

— Pensei que me odiaria pelo que eu fiz... não matei apenas nosso irmão. Eu matei outras vidas — conto para ela. Seus grandes olhos me encaram com carinho.

— O que aconteceu até agora foram as escolhas dos outros, e não as suas. Se estamos vivos, se a justiça está sendo feita para a nossa família é o que importa. Os dragões sobreviverão — ela diz distraída. Lembro-me do que ela contou sobre o sonho que teve sobre o destino da nossa casa e dragões se eu tivesse assassinado o Luke.

— Pensei somente em nós e nas crianças. Quero ter uma vida ao seu lado e ver nossos filhos crescerem felizes — falo para ela.

Helaena sorri amplamente para mim fazendo meu coração bater mais rápido. Linda.

— E eles vão ser felizes, terão você como pai. Você é bom, leal e amoroso com eles — sorrindo de canto levo sua mão aos lábios novamente.

— Quero ver o Maelor — senti tanta falta do meu garotinho. Depois das ameaças do Aegon sobre querer matar ele.

Helaena levanta colocando a mesma roupa de ontem. Levanto também vestindo roupas limpas. Quando terminamos de nós arrumamos saímos juntos.

— Essa é a primeira vez que saímos do quarto juntos, sem usarmos as passagens secretas — comento indo atrás dela.

Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora