Vida Bandida.

capítulo sete: e ele é bandido, mãe!

2R.

Nós terminou de almoçar suavão e o Theo tava felizão por isso, muleque parece que vive trancado em casa só pela maneira que ele falou que queria jogar um futebol, Maria Fernanda deve travar ele nessas parada aí e se pá tô concordando. Ele é maneirin, fica feliz por coisa simples e consegue até transformar num bagulho grande, me amarro.

Eu acho mermo que ele só tem a ganhar ficando em casa, papo reto, esse muleque já é sagaz pra caralho, mas se sentir a maldade do mundo fica pior! Ele tem uma mente muito grande pra um menor tão desse tamanho, fico de cara, sem dizer que ele pega os bagulho no ar muito rápido.

Tô ligado como é as parada, mas papo reto? Nós tem que ajudar as crianças daqui a não entrar no tráfico, roubar, matar, tem que fazer uma parada de futuro mermo, esse bagulho de criminalidade não pode ir pra frente como se fosse um legado.

Com isso tem várias morte dos menor que nós gosta, sofrimento de mãe, da família toda por um menor que tinha um futuro grandão e desperdiçou isso no momento que pegou numa pistola ou cheirou pela primeira vez. Eu vejo inocência no olhar dele e se pá é uma das raras coisa que nós encontra hoje em dia.

Tu só vê menor revoltado com a vida e com o estado, é um ciclo e quando cresce tua mente só trabalha naquilo. Eu não quero ver ninguém passando pelas parada que eu passei, muito menos ele, e qualquer coisa que eu puder fazer por ele ou por algum menor que eu nem conheça, vou fazer mermo.

Quero ver ele como dono de empresa, papo é esse, não frente de boca ou aviãozinho. Isso não é pra criança nenhuma, Ruan não proibiu menor de pegar na pistola, não quer nenhum deles pedindo trabalho na boca ou algum desse tipo. Eu já mandei o papo que se precisar de algum bagulho, pode vim me pedir que eu vou dar cesta básica e os caralho que for.

Tu vê muita criança que tem o que comer e tá suave com a vida indo pra boca na maior marra querendo ter mais do que já tem, no papo eu não apoio isso, ganância é uma coisa fudida que só corrompe geral. Eu peço pra explicar a situação e ajudo nas parada, mas não vem na emoção achando que vai entrar no movimento sendo menor e só por status.

Tenho dinheiro pra caralho e quero fazer uma parada boa, antes eu gastava com vários bagulho desnecessário, tipo droga ou bebida pra caralho que eu quebrava as garrafa toda quase na cabeça da Mariana, nem bebia. Se pá tem tanta gente daqui precisando desse dinheiro e eu tava igual um filho da puta jogando pro alto.

Vou montar uma parada pros menor, eu mesmo lá pô, bagulho deles fazer o que quer, seja dono de empresa, desenhar, qualquer porra aí. Quero investir no sonho das crianças e mostrar que na favela não tem só bandido e prodígio do crime, tem também morador que trabalha pra caralho e criança que só sonha em ser jogador de futebol.

Antes eu não fazia questão nenhuma de mudar as parada ao meu redor, mas papo reto, o que mudou minha mente foi isso. Eu tô ligado que não posso mudar o mundo ou o que eu passei lá trás, mas posso ser melhor ou menos fudido do que já fui por aí. Minha meta é ser um pai foda, coisa que o meu não foi pra mim e até mesmo ser melhor pros meus amigão do peito.

Mafê: Vamos pra casa, Theo.- Olhei pra garota que tava falando com o bandidão que tava vendo video no meu celular.- Theo?

Theo: Manhê, não quero ir pra casa.- Falou baixo dando o celular na minha mão.- O 2r me convidou pra jogar bola, não é? Eu vou com ele, pode ir pra casa.