capítulo quatorze: bêbado e vulnerável

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Carol.

Acordei bem de manhãzinha mesmo e fiquei pegando um solzinho perto da piscina, esse tempo seria muito bom pra mim e pra minha cicatrização, sem dizer que iria evitar me estressar com qualquer um. Nem bateu sete da manhã e eu já estava em pé sem nem conseguir dormir de novo.

Luana passou no quarto pra pegar o Pedro mesmo com eu falando que super ficaria com ele, diz ela que ao mesmo tempo que queria correr do filho, também queria ele por perto. Eu achei engraçado porque ela tava com a maior cara de sono e ele gritando no colo dela.

Ruan tava dormindo e eu viajando no céu, até amo um friozinho, mas adoro um sol da manhã. Passei a mão no rosto me sentindo um pouco melhor que ontem e respirei fundo, escutando um barulho vindo de lá de fora, provavelmente no portão. Yuri botou a cara no portão e eu arqueei a sobrancelha.

Yuri entrou rindo com uma garrafinha de água na mão enquanto o Breno dava dedo pro menino que estavam atrás dele, eu ri fraco e eles entraram, fechando o portão logo após. Senti alguém puxando de leve meu cabelo e olhei pra cima, vendo o Rafa me olhando com a maior cara de safado.

2R: O mais brabo voltou, fala tu.- Revirei os olhos e ele beijou minha testa, sentando do meu lado.- Qual foi, tá com neurose na mente?

Carol: Não, só tô aproveitando porque eu tava mal ontem.- Murmurei, pegando na mão dele.- Como você tá, Rafa?

2R: Tô suave, gatinha.- Olhei pra ele que falou baixo e apoiei minha cabeça no seu ombro.- Qual foi, com todo respeito, mas conheci uma garota com um filho foda.

Carol: Ligou mais pro filho do que pra mãe, no que você se tornou? - Perguntei rindo e ele negou com a cabeça, sorrindo. Só escutei o Yuri gritando meu nome e eu revirei os olhos, vendo o Breno atrás dele.

Playboy: Carol, eu te amo muito, minha deusa - Acabei rindo dele falando tudo embolado e revirei os olhos, negando com a cabeça porque tá todo mundo dormindo.- Vou aí em você, perai.

Carol: Yuri, para de gritar, cara, pelo amor - Falei alto o suficiente pra ele escutar e colocar a mão na cintura, me olhando feio.

2R: Disse ela enquanto grita.- Empurrei a cabeça dele e o feio começou a rir.- Bobona pô, garota doida, maluca.

Playboy: Posso nem falar que te amo mais, deixou de me amar, porra? Grita comigo não - Cruzou os braços e eu respirei fundo.- Vai lá com o seu namorado feio, se ele te botar chifre não vem atrás de mim.

2R: Pode vim atrás de mim que eu aceito suave pô - Olhei pro Rafael que apontou discretamente pro Yuri que abriu maior olhão, quando ele ia vindo na nossa direção, a perna dele parece que desmontou.

Yuri caiu sem tropeçar em nada e eu prendi o riso na hora, só que ele caiu perto da piscina, abri o maior olhão quando vi ele voando pra dentro da piscina e quase morrendo afogado, o Rafael soltou uma risada altona e se jogou pra ajudar ele, enquanto o Breno se mijava de rir sem se conter.

Eu comecei a rir também vendo o Yuri xingando pra caralho o Breno de tudo quanto é nome e ele bateu com o olho em mim, tentei parar mas ele me olhou sério e eu ri mais ainda. Rafael deu um tapão na cabeça dele enquanto arrastava o Yuri pelas águas e eu levantei pra ajudar ele.

Playboy: Breno, vai tomar no teu cu, por isso você não pega mulher - Falou alto todo se tremendo e eu estendi a mão pra ele, vendo ele me olhar e eu puxei ele na hora.- Só não te puxo porque você é linda.

Carol: Obrigada, amor.- Murmurei e ele sorriu de lado, Yuri me puxou e me abraçou com o corpo todo molhado, comecei a rir com um pouco de vontade de matar ele e apoiei minha cabeça no seu peito.

Breno tirou a camisa e se jogou na piscina junto com o Rafael que tava dando altos mergulhos, fiz carinho no rosto do Yuri que desviou o olhar deles e me olhou sério, mas eu não consegui não rir da cara dele.

Playboy: Sempre eu que caio, tomar no cu.- Murmurou olhando pra mim e eu soltei uma risada.- Te odeio, papo reto mermo.

Carol: Você parece até que desmontou, achei muito engraçado.- Murmurei sentindo ele me prender mais entre seus braços e tentei me afastar, mas o Yuri riu, me apertando mais.

Playboy: Papo reto, hoje foi foda de ruim, tive que beber igual um filho da puta pra esquecer a ideia de merda que eu tive de brotar lá - Falou com a voz rouca e eu neguei com a cabeça.- Te amo, qual foi?

Carol: Amo você, Yuri.- Murmurei beijando o rosto dele que sorriu de lado, piscando pra mim.- Encontrou alguma gatinha?

Playboy: Peguei ninguém filha, ignorei todas elas que tava tentando entrar no porte do pai, tudo a merma cara - Negou.- Tô maluco mermo.

Carol: Se o Ruan tivesse ido ele ia voltar no mesmo pé, nem você aguentou - Falei rindo.- A bebida saiu da mente?

Playboy: Não - Olhei pra ele que balançou a cabeça que sim e falou que não, soltei uma risada vendo ele dar um sorriso de lado e negar com a cabeça.- Eu te amo.

Carol: Eu te amo - Revirei os olhos na graça e ele apertou minha barriga, acabei rindo e bati de leve na mão dele.- Tu tropeçou no vento, Yuri, caralho!

Playboy: Em minha defesa, eu estava bêbado e vulnerável.- Falou com toda certeza do mundo e eu ri.- Tu só sabe gastar o cara né garota, vou te amassar todinha que tu vai ver.

Carol: Vai nada, você me ama.- Murmurei olhando pra ele que nem contestou, Yuri me puxou e eu sentei na cadeira de praia, ele sentou no chão, do meu lado, e eu fiquei fazendo carinho na cabeça dele.

Breno e Rafael estavam competindo pra ver quem nadava mais rápido né, soltei uma risada quando vi o Breno nadando igual uma criança pronta pra se afogar e o Yuri riu altão, certeza que nisso acordou a casa toda. Mas foi tão engraçado que eu nem falei nada, só fiquei viajando neles.

Rafael perdeu as forças no meio da piscina só pra rir do Breno, neguei com a cabeça e o Breno acabou ganhando só por isso. Yuri tava morrendo de rir e o Rafael deu dedo pra nós, logo após mandando o Yuri tomar no cu.

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