Vida Bandida.

capítulo setenta e quatro: 01, 02 e 03

Carol

Quando o filho da puta do Ruan disse que iria me fuder toda, eu realmente achei que ele tava brincando, mas ele levou muito pro literal e me fudeu de dois jeitos, um deles eu não gostei. Minha bunda toda marcada e ardendo de tanto tapa que ganhei dele, minhas costas doendo, minha cabeça latejando, minha cintura toda vermelha, que sexo agressivo do caralho foi esse? Ele tá mais agressivo ou o meu corpo que tá sensível demais, um dos dois.

Perigo: Amor, desculpa.- Escutei a voz dele ecoar pela décima vez. Eu tô trancada no banheiro, tomando um banho demorado até demais, sentindo toda minha bunda latejar e ele se desculpando do lado de fora.- Desculpa seu Ruan, amor. Tu sempre gosta de apanhar assim, mano.

O que eu não queria era ser espancada, isso sim. Meu corpo tá mais sensível que o normal, não sei, já aconteceu vezes piores e eu não fiquei assim. Terminei de enxugar meu corpo, colocando um pijama roxinho dessa vez, sentindo meu corpo relaxar aos pouquinhos. Tô implorando pela minha cama cheirosinha, quente e confortável pelo resto do dia ou semana. Destranquei a porta, abrindo e vendo ele ainda parado ali na frente do banheiro.

Carol: Me leva logo.- Ergui os braços pra ele me pegar, Ruan me olhou sorrindo e pegou por baixo das minhas pernas, me levando no colo com a maior facilidade do mundo até a cama. Dei um tapa na cabeça dele, escutando esse idiota resmungar.- Você quase me desmontou toda.

Perigo: Já pedi desculpas, vou fazer algum bagulho pra você ficar melhor e comprar o remédio pra tu.- Olhei de lado pra ele que me colocou na cama com muito cuidado, puxando o cobertor pra cobrir meu corpo quente.- Nunca mais vou tocar em tu, só faltou virar peça de lego nessa porra.

Carol: Tá dizendo que a culpa é minha? - Arqueei a sobrancelha, vendo o Ruan negar rapidamente com a cabeça. Eu soltei uma risada baixa, revirando os olhos.- Acho que é meu corpo que tá sensível demais, não sei o que aconteceu dessa vez.

Perigo: Descansa suavona aí, vou buscar o Pedro, trazer ele pra cá e ir comprar alguns bagulho pra nós - Balancei a cabeça, vendo ele desligar o videogame, pegando o celular em cima da bancada.- Desculpa, meu amor, papo reto mermo.

Carol: Não vem muito rápido com o Pedro na moto.- Chamei ele com a mão esquerda, passando os braços por cima do ombro dele quando Ruan se aproximou, olhando seu rosto bem de pertinho. As pintinhas pelo pescoço e um pouco no rosto, os olhos, a expressão séria de sempre, a boca que eu amo.- Eu te amo muito.

Perigo: Amo muito tu, minha vida.- Senti ele beijando meu pescoço, quase perto do meu ouvido, com o maior cuidado do mundo. Eu inclinei a cabeça, sentindo ele quase cair em cima de mim, eu soltei uma risada e ele resmungou, me soltando. Ruan deu a volta na cama, se jogando do meu lado como se fosse uma cama elástica, fiz cara feia e ele levantou o cobertor, passando a mão por baixo da minha blusinha, fazendo carinho na minha cintura que tava ardendo faz nem dez minutos. Beijei o rosto dele, dando um sorriso de lado, passando a mão pelo braço dele conforme seu perfume forte exalava pela casa. Ruan enfiou o rosto no meu pescoço, dava pra sentir os pelinhos da barba me espetando.- Você é a mulher que eu e o mano Jesus escolheu pra minha vida do jeito mais louco que existiu pra nós dois, o bagulho que eu sinto por você é outro nível mermo, nem entendo. Meu filho, meus irmãos e você é tudo na minha vida, papo reto.

Eu sorri. Ruan sabe com toda certeza que ele é o meu primeiro amor da vida. A gente se implicou o tempo todo, fez raiva um no outro quando podia e a qualquer momento, mas nunca foi ódio, era amor encubado mesmo, os dois eram muito orgulhosos pra admitir. Acho que se ele não tivesse ficado bêbado aquele dia, nunca teríamos falado sobre o que sentimos um pelo outro. E, apesar das nossas brigas bobas, nosso relacionamento se fortalece e a confiança que eu tenho nele hoje em dia, nunca pensei que teria por homem nenhum depois do Yuri, ainda mais por ele.