capítulo quarenta e três: amanhã

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2R

Theo: Aí foi isso, levei a formiguinha pra ficar comigo, mas ela fugiu - A Bandida prendeu o riso olhando pra mim e eu fiz cara feia pra ela, maior vacilona rindo do menor desse jeito.- Minha mãe nem deixa eu ter um cachorrinho...

Mafê: Claro, Theo! Você não sabe cuidar de si mesmo, eu que não vou limpar bosta de cachorro! Supera isso, filho - Murmurou olhando pra ele que juntou as mãos na maior pilantragem.- Não adianta pedir de novo.

Theo: Mãe, você não me ama não? - Eu ri olhando pra ela que só encarou ele e o menor se calou, entrando no quarto. Sabe apelar direitin, já é sagaz pra caralho ele.- Tio Fafá, por favor...

2R: Tô fora! Me envolve nisso não - Levantei as mãos e ele resmungou se jogando na cama, eu neguei com a cabeça e sentei do lado dele.- Olha, a parada é que se tu se comportar bem e tal, ela até pode te dar um cachorro.

Ele virou a cabeça pra mim na hora e ficou me encarando, ainda jogado na cama na maior intimidade. Pisquei pra ele que sorriu sem dente e eu ri, botando a mão no rosto desse muleque doidinho. Ele tentou agarrar minha mão e eu quase saí correndo dali mermo.

Theo: Sua mãe já te deu um cachorro? - Olhei pra ele e fiquei calado, coçei a cabeça e desviei o olhar. Minha mãe já me deu várias parada, acho que só foi trauma e porrada, nada desses bagulho bom. Então não seria legal falar sobre isso com uma criança e nesse momento de agora, deixo quieto mermo.

2R: Não, mas a tua pode te dar uma se tu fizer o que eu disse, segue a dica do tio Fafá que dá certo, jae? - Ele concordou com a cabeça com a maior esperança e eu dei um sorrisin de lado, maior graça ele.

Mafê: Tomar outro banho, né, Theo? - Falou baixo e ele fez cara feia já negando e jogando várias desculpas pra não tomar, respirei fundo e me encostei na cama.- Eu não vou falar de novo, sério! Você brincou o dia todo e já se sujou de novo, vai lá, por favor.

Theo: Ô tio Fafá, você acha isso certo mesmo? - Cruzou os braços me olhando e eu concordei com a cabeça, ele fez cara feia e eu ri. O menor saiu todo nervoso e entrou no banheiro, ela me encarou e coçou a cabeça igual o Theo faz quando tá fazendo merda, incrível como eles se parece.

Mafê: Esqueci a toalha dele no outro quarto, vou lá pegar.- Balancei a cabeça e ela meteu o pé, o menor ficou lá fazendo a maior farra no banheiro, cantando e tudo e eu suavão deitado na maior paz. Tava quase dormindo já, fechei o olho pra tirar um sonin de quinze minutos e escutei o grito do Theo, dei o maior pulão.

Theo: Tio Fafá, posso usar seu shampoo? - Fechei o olho não sabendo lidar com esse abusado e nem respondi, coçei a cabeça e ele gritou de novo, mas dessa vez dava pra escutar até do outro lado do mundo, lá nos japa mermo.

2R: Pode, Theo. Só não faz merda aí, cara - Gritei de volta e coloquei a mão na cabeça, escutei um barulho na porta e olhei pra cima, vendo a Maria Fernanda voltando com toalha e o pijama do vacilão.- Teu filho acha que é picasso pra fazer várias arte aí.

Mafê: E você ainda deixa ele sozinho - Resmungou correndo pro banheiro e eu ri só escutando os grito e surto da Maria, neguei com a cabeça e escutei alguém mexendo na porta de novo.

Olhei pra cima e era o Yuri, ele entrou todo caindo e eu já meti vários xingamentos nele só em cinco segundos. Ele riu se jogando em cima de mim e eu chutei ele que caiu no chão e soltou a risada altona na maior onda do caralho, ai o Theo achou que seria uma boa ideia gritar e começou a gritar o titio Play, menor tava felizão porque ele veio mermo.

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