Vida Bandida.

capítulo oitenta e sete: intenção

2R

Abro os olhos quando tento me mexer, mas nem consigo, e a mente já tá se eu parei na casa de alguma malucona pelo morro. Mas olho pro lado meu esquerdo, sentindo uma claridade considerável no meu rosto, meus olhos por alguns segundos não prestou pra porra nenhuma, mas me atentei ali, vendo o Theo dormindo de boca abertona e o olho parecendo que tá possuído. Levo até um susto com ele, feião isso aqui.

Prendo uma risada em ver esse bagulho, tô real sem entender porra nenhuma e como eu vim parar aqui, maior marola acordar desse jeito. Mas lembro que eu queria dar feliz aniversário pra ele meia noite mermo, tinha prometido ao moleque que faria isso por ele e por mim, só não tô entendendo o que eu tô fazendo deitado com ele e não com a mãe do menor.

Mentira, pô, apesar de querer pra caralho a mãe dele, Theo vem em primeiro lugar, eu queria ter ficado com ele mermo. Procuro pelo meu celular no bolso, mas nem acho, então já tô com o papo na mente de que eu perdi e foi isso. Levanto da cama dele com o maior cuidado pra não acordar o menor e ver um furacão na minha frente logo nessa suave manhã. A porta tá um pouco aberta, então passo por ali no sapatinho, levando os olhos pelo quarto daquela safada, mas não tem nada ali além da cama arrumada e nada da malucona, então continuo o meu caminho ali no corredor, olhando pra sala que já tá toda clara. Escuto um barulho em algum lugar vindo da casa, virando o rosto pra essa mesma direção, estreitando o olhar escaldado pra caralho, vendo a Maria Fernanda de costas pra cá, tá fazendo algum bagulho ali.

Fui chegando perto e nem encostei pra não ser invasivo ou ir além do que tô podendo com ela no momento. E eu curto isso nela pra caralho, acho que essa postura foda da Maria Fernanda entra na minha mente de um jeito surreal, rende nem pra mim direito mermo não, imagine pros outros que queira ela, isso é gostoso pra caralho de ver, mas não mais que eu. Cruzo os braços, vendo meu celular em cima da mesa de vidro no centro da sala. Aí olho de novo pra sadada que tá cantando alguma música baixinho, e passo a mão na cabeça, negando, tô sem saber o que falar e qualquer coisa que eu diga essa mulher quer me agredir ou até me expulsar sem eu fazer nada agora, surreal quanto ela é estressada.

2R: Gosto de café não, faz outra coisa pra mim, serva.- Maria Fernanda se treme toda, tomando um susto que eu nem achei que ela iria tomar, bagulho louco isso. Solto uma risada altona porque vi que ela tomou susto mermo, coitada, namoral. Nego com a cabeça olhando pra safada que tentou me bater, aí desviei, rindo. Na segunda vez que veio pra cima, ela até conseguiu, mas foi porque eu deixei. Quando ela tenta me bater de novo, seguro o pulso dela, olhando pro rostinho de filha da puta linda que ela tem.- Qual foi, minha pretinha?

É minha? Porra nenhuma. Mas tenho que me fazer de maluco mermo, Maria gosta assim e eu curto zoar com ela, provocar, e o nosso jeito é assim. Por mais que ela olhe pra minha boca no mesmo momento que seguro o braço dela, puxando o corpo pra perto de mim, a safada tenta disfarçar, só que eu espero mais uma reação vindo dela pra tentar algum bagulho. Sempre fui filho da puta, mas nunca cometi o erro de forçar alguém a fazer o que eu quero, estupro e assédio é um bagulho de outro nível e não cometi essa covardia aí do caralho com mulher nenhuma, o que é o mínimo. E sobre agredir, pô, a Mariana me metia a porrada também, mais que justo eu devolver, era saco de pancada dela uma épocas dessas aí e ficava igual um lerdão apaixonado só na minha, aí cansei de ficar quieto e reagi.

Mafê: Você tá louco? Chega assim sem falar nada, que ódio.- Dou um sorrisinho de lado, sentindo uma vontade do caralho de ir no banheiro. Ela revira os olhos, ajeitando o bagulho ali que quase caiu no chão e na hora eu olho pra bunda dela, qual foi, sem maldade, mas parece um carro novin, papo reto, se ela fosse um carro mermo, essa seria uma traseira de respeito. A mulher de pijama é outro nível, gostosa pra caralho, porra... Desvio o olhar e dou as costas pra ela, indo pra qualquer lugar que acho que é o banheiro, melhor do que ficar de pau duro do nada só olhando pra ela, de manhã é foda, as vezes já acordo de pau duro sem entender qual foi.