Vida Bandida.

capítulo vinte e oito: posso botar a mão em tu?

2R.

Depois que dei uns papo no Ruan, meti o pé de lá indo encontrar com o mini bandido, até porque ele tinha pedido pra eu voltar e eu nem sei por qual motivo. Vi uma tropa de criança que nem sei de onde saiu e o Theo junto com eles brincando de bola, eu sorri passando a mão na cabeça porque sabia que ele se amarrava nisso.

Maria Fernanda tava sentada sozinha olhando pra ele jogar futebol e eu tô ligado mermo que o maior amor da vida dela é esse muleque, impossível não ser também, é filho da garota. Coçei a cabeça vendo o sorriso lindão dela e sentei por ali, vendo ela me olhar na hora.

2R: O amor que tu sente por ele dá pra ver assim mermo na tua cara.- Falei apagando o cigarro de maconha e ela sorriu de lado, depois desviou o olhar dele e eu tô ligado que ele sabe se virar sozinho e vai atrás de qualquer um pra ajudar ele caso se perca.- É surreal como teu sorriso é lindo pra caralho, outro nível.

Mafê: O seu também é.- Falou olhando nos meus olhos e eu arqueei a sobrancelha, no papo meu bagulho é mandar a real mermo e falar que tô afim de dar uns beijão nela.

2R: Cara, e se eu te mandar o papo que a minha vontade é te beijar agora? - Perguntei cruzando os braços e ela olhou pro meu rosto todo, até pra minha boca, aí eu soltei uma risada e me ajeitei no sofá.

Mafê: Nunca vai acontecer.- Falou séria e desviou o olhar, balancei a cabeça sabendo que ia acontecer sim porque quem manda no meu futuro sou eu e ela voltou a me olhar.- Não achei que você se aproximou do meu filho porque quer beijar a mãe dele.

2R: Lá vem a caozeira! Qual foi, tu tá ligada que eu gosto de verdade do muleque e só tá usando isso como uma desculpa - Falei baixo e ela ficou calada.- Minha relação com o Theo é um bagulho a frente, tem nada a ver com nós.

Mafê: O nós que não existe - Murmurou arqueando a sobrancelha no maior abuso e eu soltei uma risada.- Não sei o que você tá querendo com isso, já falei que não vou ficar contigo.

2R: Tu não sabe do futuro, bandida. Pode rolar e tem uns bagulho na vida que não se pode impedir - Falei empurrando ela de leve que revirou os olhos.

Fiquei caladão na minha porque não tava querendo obrigar ela a nada e encostei ali, só vendo o mini bandido jogando bola e felizão por isso. Ele ficou nessa por uns dez minutos e meteu o pé de lá, vindo pra perto de nós. Theo tava rodando a festa todinha, curtiu mais que eu.

Theo: E aí, cadê minhas namoradas? - Eu ri e a Mafê ficou me encarando serinha, parei de rir e o Theo fez careta.- Elas que me pediram em namoro, mamãe. O tio Perigo até quis me botar medo, mas eu fiquei rindo dele bravo.

Mafê: Você tá demais, senhor Theo - Falou batendo de leve na cabeça dele e ele sorriu, depois olhou pro meio da minha cara e eu já tava querendo correr desse menor cabeçudo.

Theo: Oi, Fafá - Murmurou rindo que nem um maluco e eu cruzei os braços, tô ligado que foi a Geovana que contou. Theo deu um pulão e abraçou meu pescoço, ficou todo suado lá me agarrando e eu segurei o corpo dele pro menor não cair.- Posso dormir com você hoje?

2R: Vai deixar tua coroa sozinha? - Olhei na hora pra ele que afastou o rosto do meu pescoço e ficou olhando pra minha cara, depois coçou a cabeça olhando pra mãe que tava encarando a gente.