capítulo cinquenta e nove: traficante

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Playboy

Nós comprou o bagulho todo que tinha pra comprar porque somos sábios e legais. Na real mermo, eu que comprei tudo certinho porque o Rafael não sabe das coisa, parece que não pensa, né? Estrogonofe gostosão naqueles pique que nós já sabe, chega a dar umas batidona mais acelerada no coração, fiquei emocionado real quando ele deu a ideia, meu irmão pensando em mim sempre, pura humildade esse menor.

Mas esse burro filho da puta tá estranho faz mó tempão, onde nós ia ele ficava de olho nos canto, mandando nós ficar mais suave e tudo, quase xinguei ele de várias coisa agora, mas o Theo tá aqui e eu tenho respeito pelo meu mini parceiro que tá do meu lado, esse aqui é pra sempre.

Fechadão comigo, nem parece que eu sou ruinzão com criança nessa porra, Pedro só falta dar na minha cara quando vou fazer umas brincadeiras saudável com ele, coisa de tio e sobrinho mesmo, nem posso dar uma risada que ele já se assusta, nem parece que me ama e que é meu fã, esse ingrato.

Saí do mercado e fomos pra perto de onde tava o carro, Theo com a mão agarrada na minha e o Rafael com quase as bolsa toda, até quis rir e pagar de desumilde, mas tive que ajudar e sobrou até uma bolsa pro meu cria Theo também, então tô fazendo meu papel de quem não faz nada, hoje acordei querendo ser útil em alguma coisa e deu nisso.

Vi uma senhora lá levando as bolsa quase caindo tudo e coçei a cabeça, as vezes nós tem que ajudar, né, minha consciência pesa grandão e eu fico com mó pena. Tava perto de nós mesmo, custa nada ajudar, cheguei perto dela que me olhou na hora e eu dei um sorriso de canto, ela não tem uma cara de cria não.

Playboy: Quer ajuda, senhora? - Falei baixo e até fui educado, ela que não me agradeça não pra ver. A moça puxou a bolsa e negou com a cabeça na hora, aí tava tentando equilibrar lá os bagulho, muito estranha e ainda não quer ajuda.- Mas...

— Eu não quero nada vindo de você, seu ladrãozinho! Você quer me roubar? É isso mesmo?

Fiquei parado olhando pra cara dela e o Theo tava olhando pra gente, respirei fundo tentando manter minha língua na boca e nem vi o Rafael por ali, tava entendendo mais nada vindo dessa mulher e eu só fui oferecer ajuda, tomar no cu também. Se eu quisesse roubar ela ia nem avisar que é assalto, bagulho é meter a mão e sair correndo mermo, malucona das ideia.

Mal sabe ela que meu bagulho não é ser ladrão, sou traficante, filhona... Mas não vou falar esse bagulho pra mulher, então é no máximo empresário de coisas ilícitas pra essa doida aí. Ela botou fé mermo que eu queria roubar, tenho cara de maluco e tô ligado, mas não achei que de ladrão eu também tinha, qual foi?

Theo: Não fala assim com o meu amigo não! - Resmungou encarando a senhora que olhou pro Theo, parecia até que só viu ele ali agora e ela riu debochada.- Ele é muito legal e só quer ajudar.

Playboy: Quero te roubar não, senhora, só ofereci ajuda mermo, tava caindo as coisa toda aí - Murmurei encarando ela, neguei com a cabeça e o Theo segurou minha mão fortão.- Jae, então! Foi mal se te incomodei em algum bagulho.

— É dinheiro que você quer, seu favelado? - Gritou pegando a bolsa e começou a cair os bagulho dela, tava quase indo embora quando ela começou a jogar dinheiro em mim e eu fiquei olhando pro bagulho. O foda é o Theo vendo isso tudo, parada que fica na mente do menor.

Tava nem entendendo a intenção dessa velha aí, tá de maior marola com a minha cara a toa, quando roubarem ela mermo vai ser foda, mandada pra caralho! Pior que cismou com a minha cara sem nem saber o que eu queria, tô ligado que tem uns menor que rouba sem dó, mas eu só queria ajudar e ela nem deixou eu falar nada direito, tô no ódio purin da cara dela.

Playboy: Enfia esse dinheiro no meio do teu cu, amigona. Tem nem como pensar em roubar você não, sua fudida do caralho - Falei serin olhando pras nota no chão, vai ter que morrer pegando aí, coluna toda fudida.- Tem umas parada que o dinheiro não compra mermo, vim aqui na humildade te ajudar porque os bagulho tava caindo e tu nessa!

Por um momento na hora da raiva pensei em fazer altos bagulho mesmo, me acusou de ladrão e eu poderia roubar ela, mas se tem uma parada que eu quero é mostrar a diferença. Tenho dinheiro pra caralho e valores, um bagulho que ela não tem e muito menos vai ter algum dia, fudida feiosa, horrorosa, murcha.

Peguei na mão do Theo e saí andando com ele perto de mim, acabou com o clima que nós tava, a felicidade foi pra longe pra caralho e eu nem tô afim de risadinha, velha do caralho. Vi o Rafael lá no carro parado tentando avistar a gente e o Theo puxou meu braço, olhei pra ele que deu de ombros e abaixou a cabeça.

Playboy: Foi mal por xingar, Theo. Tava nervoso lá - Falei baixo e coçei a cabeça, ele me olhou de novo e eu sorri de lado.- Só não me bota de castigo, aí é sacanagem comigo.

Theo: Eu gostei que você xingou ela, tio Play - Falou na maior sinceridade e eu soltei uma risada baixa, ele acabou sorrindo por me ver rindo e chegamos perto do carro. Rafael tava igual um louco me olhando, Theo abraçou minhas perna e eu olhei pra ele, ele sabe ser fofo quando quer.- Tio Fafá, você sabia que a moça xingou o Tio Play quando ele quis ajudar?

Rafael olhou pra mim e depois encarou o Theo que tava sorrindo, nós entrou no carro e eu vi ela olhando pra alguma coisa de lá do começo do estacionamento, como se estivesse pedindo ajuda pra algum menor burro de condomínio, ela só quer ajuda se for de alguém de lá mermo, se for algum lerdão igual a ela tá suave.

Rafael olhou pro mesmo lugar e ficou parado no carro enquanto a mulher tava lá levantando a sacola e tentando pegar o dinheiro, mas aí os bagulho da sacola caía e ela tinha que abaixar de novo. Eu soltei uma risada e neguei com a cabeça, nem precisa viver muito pra pagar alguma porra.

Theo: Ela chamou o titio Play de ladrão, Fafá! - Reclamou pela décima vez e eu acabei rindo, ele tava em pé lá trás e eu viajando nos bagulho, essa velha tem mais que se fuder mermo.

2R: Não sai daqui não, papo reto - Falou puxando uma camisa que tava perto do Theo e eu fiquei olhando pra ele, Rafael prendeu a camisa no rosto e eu cruzei os braços, ele tá doidão mermo, só pode!

O carro tava parado pertin de onde ela tava, Rafael desceu ajeitando a camisa no rosto e eu fiquei só olhando, Theo foi pra perto da janela e soltou uma risada. Nós tá levando o menor pro mal caminho, papo reto, nós não vale nada.

Rafael foi pra perto da mulher e ela faltou se tremer toda, quis até ficar sério, mas nem deu, comecei a rir vendo ele falar que preconceito não tem vez pra nós e ela tremeu mais ainda, aí ele veio correndo de lá e se jogou dentro do carro enquanto a mulher gritava o segurança.

Rafael deu partida no carro rindo pra caralho e o Theo todo animado de novo, neguei com a cabeça e soltei um sorrisin, esse menor não bate bem da cabeça mermo, doidinho...

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