capítulo setenta e dois: filho da puta

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Carol

Chegamos no morro e fomos subindo a entrada que tá lotada com uns meninos armados, tudo parecia muito diferente agora, acho que é mesmo pelo tempão que ficamos em angra, nunca passei mais de uma semana longe, então aos poucos foi ficando diferente pra mim. Deu tempo do meu machucado cicatrizar dia a dia e, por mais que por lá eu e Ruan tivemos alguns desentendimentos, não foi uma coisa que me estressou tanto quanto passamos por várias coisas aqui.

Mas eu tô bastante cansada, aproveitamos muito os dias lá na maior intensidade, o meu aniversário foi maravilhoso, então hoje vou tirar como meu real dia de descanso e de princesa longe desses meninos que agora que voltaram pro morro só querem saber de bebida e rua, tô nem no pique pra isso! Tô encostada na porta do carro, com o rosto na janela e de olhos fechados, meu corpo extremamente pesado pelo sono, não me dei nem o trabalho de olhar pra eles.

Playboy: Vou brotar em casa rapidin e botar a cara lá pelos acessos dos homens, tu vai também, cuzão? Tá num movimento foda por lá hoje, me falaram - Permaneci quieta na minha, não abri os olhos pra ver a resposta dele, meu cansaço foi maior do que a fofoca.- Suave, suave.

Perigo: Vai ficar lá em casa ou vai descer pra tua? - Respirei fundo, continuei de olhos fechados, mas quando percebi que ele tava falando comigo, respondi um "vou descer" baixinho, atraindo o olhar dos dois pra cima de mim, do nada mesmo, estranho.- Qual foi?

Carol: Só tô muito cansada.- Murmurei, voltando a fechar os olhos. Senti o Yuri puxando de leve meu cabelo, mas depois fez carinho e eu sorri, sabendo que ele tá ligado que se fosse em outro momento, eu iria bater nele. Ruan parou o carro e eu abri os olhos, vendo a casa deles lá na frente, sentindo o Yuri beijando minha cabeça, depois desceu do carro em um pulo.

Ruan esperou ele terminar de tirar a bolsa dele e acelerou quando ele bateu atrás do carro. Senti o sono batendo mais pesado que antes, mas o toque do Ruan na minha perna foi o suficiente pra me deixar em alerta, fazendo eu abrir os olhos e procurar por ele que mexia no volante com a outra mão.

Perigo: Vou ficar de lá contigo, comprar um lanche e nós dorme suavão. Pegar o Pedro pra ficar com a gente hoje e ir embora no dia seguinte, amanhã começa os trabalho na boca e no resto da semana nem sei se vou conseguir pegar ele pra passar o dia comigo - Balancei a cabeça, colocando a mão em cima da dele, me sentindo um pouco mais confortável assim.- Tá passando mal, amor?

Carol: Não, só tô cansada mesmo.- Falei baixinho, dando um sorriso de lado pra ele que ficou me encarando, parecia até que eu tava mentindo.- Vê ele nem se for cinco minutos no dia que você não puder dormir com ele, babycria sente saudades de você, por incrível que pareça, amor. Ele gosta da bagunça que você e os meninos oferecem.

Perigo: Posso não dormir com ele, mas ver ele todo dia eu vou mermo.- Concordei com a cabeça, passando a mão no rosto, me sentindo mais cansada ainda.- Desce aí, amor, vai tomar banho rapidinho que eu tiro os bagulho do carro e levo lá pra cima.

Eu poderia implicar e perguntar se eu tô fedendo pra ele mandar eu tomar banho assim, mas eu sei qual resposta ele daria sem nem pensar duas vezes, conhecendo o Ruan do jeito que eu conheço... Então fiquei calada, olhando pra ele que alisou um pouco da parte de baixo da minha coxa.

Carol: Você iria tirar de qualquer forma.- Pisquei pra ele que me olhou com deboche e eu soltei um sorrisinho, beijando o canto da boca do Ruan. Abri a porta do carro e bati, andando em direção a porta de casa, já tinha procurado a chave antes, então abri a porta e liguei a luz.

Tava tudo exatamente do jeitinho que deixei, segurei a porta pro Ruan passar com duas bolsas pesadas e eu semicerrei os olhos, ele fica um gostoso quando tá tão concentrado em alguma coisa. Fechei a porta e subi pro quarto de uma vez só, indo atrás da minha toalha e um pijama. Eu sou colecionadora de pijamas e digo isso com tranquilidade, não posso ver um que já quero.

Coloquei o chinelo e tirei a roupa toda, entrei no box e liguei o registro, sentindo uma água geladona cair em mim, mas aos poucos foi normalizando e ficando morna, relaxando meu corpo. Fechei os olhos e não abri quando escutei um barulho na porta, mas aí escutei um barulho na cortina e levantei o rosto, vendo o Ruan tirando a roupa na maior pressa e só ficou de cueca, o que me fez rir.

Ele veio todo cheio de gracinha pro meu lado, me abraçando e tudo, deitei a cabeça no peito dele, escutando seus batimentos nada calmo. Senti ele esfregando minhas costas com o sabonete e respirei fundo, tentando não relaxar todo meu corpo ou eu iria cair facilmente ali. Eu sei que é um toque dele em mim sem malícia, só tá tentando ajudar no banho pra tirar um pouco do cansaço. Olhei pra ele sorrindo de lado, beijando seu peito molhado pela a água morna que caía do chuveiro.

Levantei a cabeça, sentindo o Ruan parar de passar o sabão no meu corpo. Parei pra olhar nos olhos dele que estavam em mim, eu sorri involuntariamente, vendo ele sorrir no mesmo momento que eu. Soltei uma risada alta, sentindo ele me agarrar forte mesmo, tanto que até fiquei enjoada, aí depois ele me soltou, olhando pros meus peitos.

Carol: Vou te expulsar daqui, praga - Falei baixo, ouvindo a risada rouca dele. Revirei os olhos, tomando o sabonete das mãos do Ruan e comecei a esfregar meu próprio corpo, sentindo ele beijando meu ombro, passando a mão pela minha barriga, indo até meus peitos.- Aí.

Resmunguei quando ele simplesmente, aos poucos, despertou o meu desejo de dar pra ele e eu nem tô brincando. Sendo que tô na ovulação, na verdade, um dia antes. Tô nem doida de dar pra ele logo um dia antes nem que eu queira, então nós iremos esperar até lá.

Ruan: Nem botei ainda e já tá gemendo? - Dei um soco na barriga dele enquanto o palhaço ria, realmente muito engraçado esse maluco aí.- Vamo fazer um amor gostosin, qual foi, amor.

Carol: Não.- Murmurei batendo na mão dele, Ruan segurou meu rosto, levantando pra olhar pra ele. Arqueei a sobrancelha vendo esse idiota me olhar sério, mas aí ele beijou o canto da minha boca, e foi indo nessa. Senti sua língua tocar a minha depois de longos selinhos, Ruan passou a mão pelos meus peitos, até tocar na minha bunda. Tentei sair dele, mas esse filho da puta deu o maior tapão na minha bunda, o que gemer entre o beijo.

Empurrei ele que separou sorrindo muito filho da puta. Revirei os olhos, tentando me recompor, mas ele me puxou pelo pescoço, desmontando mais ainda a postura que eu nem tava conseguindo ter. Ruan mordeu meu lábio inferior, voltando, aos poucos, a me beijar de um jeito instigante pra caralho.

Senti sua mão no meio das minhas pernas, indo em direção a minha intimidade, tremi na hora, o que fez ele rir baixinho quando separou a boca da minha, vendo que pelo menos uma reação sobre isso eu tive e muito. Continuei encarando ele que passou a mão pela minha buceta, sorriu e simplesmente me soltou, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Fiquei parada encarando ele que me olhou e pegou o sabonete, começando a se ensaboar. Filho da puta, muito filho da puta.

O karma vem pra esse aí, só me espere.

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