capítulo dezesseis - minhoca

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Perigo.

Acordei de uma vez só tomando mó susto sem a Carol na cama, garota ficou com febre a madrugada inteira e eu igual um otário olhando ela dormir com a maior preocupação, papo reto. Achei até que ia dar um bagulho pior, papo de hospital já.

Olhei pro lugar dela na cama e passei a mão no rosto, levantei pra dar um mijão suave e lavei a mão, indo escovar os dentes. Pai é cheiroso pô, tomei um banho na suavidade e fiquei sem camisa mermo, só botei um short e fui atrás da fugitiva, vulgo minha mulher.

Coçei a cabeça quando avistei ela paradona conversando com o Rafael enquanto o Yuri dormia no chão agarrado com o Breno. Maior maluquice esses dois, Yuri bêbado para e dorme em qualquer lugar que tiver alguém conhecido, paga pra passar vergonha esse vacilão.

Soltei uma risada negando com a cabeça e eles dois me olharam na hora, passei a mão no rosto e ajeitei o short, encarando a feiosa e o cuzão do Rafael.

2R: Agita um churras porra, chama os menor aí e tal - Falou me olhando e eu quase mandei ele tomar no cu já, mal acordei e o cara vindo com esses papo.- Carol que pediu, faz as vontades da garota.

Carol me olhou abrindo a boca sem acreditar e eu soltei uma risada, passei a mão na barriga e fiquei em pé do lado deles. Rafael quase matou ela com o olhar e eu neguei com a cabeça.

Yuri tava com a boca aberta e a perna em cima do Breno, zero novidades porque esse mano dorme parecendo um possuído, já o Breno sempre fui suave quanto a isso, dorme como se só existisse uma posição no mundo.

Playboy dorme batendo na cara dos outros, papo reto, da mó ódio desse muleque feiosão. Carol me olhou e eu pisquei pra ela, garota me olhou toda suave e eu dei um sorrisinho de lado, vendo ela sorrir toda feliz.

Perigo: Tá melhor? - Murmurei olhando pra ela que apenas balançou a cabeça, fiquei até mais tranquilo com essa parada.- Aí pô, qual a ideia de vocês?

2R: Churras né porra, tô falando! - Falou negando com a cabeça e eu olhei pra Carol, bagulho é o querer dela, última palavra é a dela mermo e é isso.- Caralho, o Perigo que eu conhecia morreu mermo, olha isso.

Carol: Por mim tanto faz, se tiver comida, tem eu feliz.- Ela deu de ombros e eu olhei pro machucado dela, até que o bagulho que tava feião tá cicatrizando.- Só vai ter a gente?

2R: Carol, papo reto, mas churrasco bom é quando tem muita gente - Murmurou.- Vou chamar alguns muleque aqui e tá suave, tudo os mermo que veio no teu aniversário.

Carol: Eu perguntei pra isso mesmo, se fosse só a gente iria ser parado demais - Passei a mão na cabeça por cabeça do sol e a Carol me olhou.

Perigo: Já bebeu água, cara? - Ela negou com a cabeça e eu botei a mão na cintura, neguei e fui na cozinha pegar água pra essa garota malucona.

Voltei e ela tava sentada suavona lá no sol, Rafael sumiu e os muleque ainda estavam dormindo no chão. Sentei perto dela e dei a água geladona pra ela que me olhou com o maior sorrisão e beijou meu rosto.

Carol: Te amo.- Olhei pra ela e sorri de lado, beijei a cabeça dela e me apoiei na cadeira, vendo ela me olhar.- Você acha que a gente tem tanta maturidade assim pra ter um relacionamento?

Coçei a cabeça e olhei pra ela na hora, do nada a garota mete dessas e eu fiquei olhando pra cara dela.

Perigo: Admito que as vezes eu não tenho mermo, tipo ontem.- Falei baixo.- Era pra eu ter falado que o filho da puta me irritou, mas preferi agir que nem fudido contigo. Tu tem mais que eu, sempre teve.

Carol: E isso não adiantou nada porque a gente só brigou.- Balancei a cabeça e apoiei a cabeça no ombro dela.- Quando você se sentir incomodado com algo que eu fizer, pode falar comigo. Eu vou tentar ao máximo validar seu sentimento e não fazer de novo, tá bom?

Olhei de lado pra ela e balancei a cabeça, Carol tem mó cabeça que no papo reto mermo? Eu não tenho, papo de maturidade e esses bagulho todo, eu sou surtado pra caralho e nada bom da cabeça, se pá não sai porra nenhuma de bom assim, mas tô tentando mudar por ela e por alguns outros bagulho.

Perigo: Suave, tu também pode fazer esse bagulho aí.- Ela me olhou com ar de riso e eu ri.- Desculpa por ontem, tava doidão da cabeça.

Carol: Tá certo, Ruan, mas eu não vou aceitar toda vez que você tiver o mesmo comportamento e vir como se nada tivesse acontecido.- Balancei a cabeça.- Dessa vez passa.

Perigo: Minha intenção não é te magoar, tô longe dessa porra.- Murmurei passando a mão na testa.- Te amo namoral mermo, as vezes tento fazer as coisas certa e não consigo, tu sabe disso.

Carol: Vamo melhorar juntos em alguns pontos, tô contigo sempre.- Ela piscou pra mim e eu neguei com a cabeça, beijei a mão dela e fiquei suave ali torrando no sol com a gatinha.- Você me amaria se eu fosse uma minhoca?

Perigo: Não - Falei baixo e ela me olhou na hora.- Por que eu ia amar uma minhoca, Carol? Tá maluca?

Carol: Mas eu seria a minhoca, você tem que me amar mesmo assim.- Encarei ela que tava levando esse papo a sério mermo.- Amaria ou não?

Perigo: Minhoca é feia, cara - Murmurei.- Pensa em outro bagulho e nós vê.

Carol: Mas eu seria a minhoca, você não me acha linda? - Arqueei a sobrancelha e me bateu mó vontade de rir.

Perigo: Caralho amor, lógico que acho né - Falei, respirando fundo.- Suave, eu te amaria se tu fosse uma minhoca lindona, mas só se fosse lindona.

Carol: Relaxa, eu também só tô contigo porque você é lindo, se fosse feio eu jamais iria querer - Eu ri dessa pilantra que riu também.

Perigo: Eu era feião antigamente e tu já gostava de mim, qual foi da simulação? - Cruzei os braços e ela me encarou.- Mentira né pô, o pai sempre foi lindão.

Carol: Aham, confia - Puxei de leve o cabelo dela e ela bateu na minha mão, neguei com a cabeça e beijei a mão dela.- Mas você me amaria se eu fosse um lápis?

Perigo: Caralho menor, eu mereço isso?! - Respirei fundo olhando pra ela que sorriu igual criança, neguei com a cabeça e segurei o rosto dela, dando um beijão nessa mandada só pra ela parar de perguntar essas porra.

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