capítulo trinta e quatro: fuzil

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5/5, agora só volto a escrever no mês que vem, tchau p vcs 😭
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PERIGO

O coração do bandido chega doer quando faz merda logo com a mulher, aí é foda, sei nem o que fazer mais pra ela me perdoar, tá furiosa ela. Dei um beijinho na mão dela que me olhou de lado e sutilmente tirou a mão, sutilmente não, ela puxou mermo e isso me tirou uma risada.

Aí eu parei de rir quando ela me olhou.

Acho que ela tá de tpm mermo, mulher tá maluca desde antes de nós brigar lá, aí coçei a cabeça e levantei dali. Ela ficou me olhando e nem deu confiança quando saí, ia comprar chocolate pra ela, Yuri falou que isso funciona quando a mulher tá doida assim do nada.

Tava ela, Bg, Geovana e eu ali, tava mais pra invisível mermo. Mulher nem me dando atenção tá, fui num muleque e pedi pra ele achar algum lugar que venda esse bagulho. Vi a Ruivinha de novo e passei a mão na cabeça, andando longe dela que tava me seguindo.

Perigo: Com todo respeito, já falei que não quero e tenho mulher, amo muito ela.- Falei andando e ela andando também do meu lado, olhei de lado pra ela que sorriu toda na intenção e eu desviei o olhar.

Ruivinha: Eu já falei que não me importo, gatinho! - Falou sorrindo e eu cruzei os braços, tive uma ideia maneira pra ver a Carol esculachando ela de graça.- Você que se importa até demais, antes você não era assim... Cadê o Perigo de verdade?

Perigo: Mete o pé, demônia.- Falei baixo saindo de perto dela e a mulher continuou me seguindo, cheguei perto da Carol e ela nem me olhou, já tava me estressando já por esses bagulho e com essa Ruivinha do meu lado.- Aí, amor, já falei que tenho mulher e essa maldita tá me seguindo.

Falei apontando pra Ruivinha e ela sorriu sem graça, Carol só deu uma olhada e a garota ficou toda sem graça. Eu soltei uma risada altona e ela saiu sem falar nada, sentei do lado da minha mulher e fiquei olhando pra ela que tava olhando pra frente.

Perigo: Você tá muito linda.- Murmurei balançando ela no ritmo da música e ela me olhou na hora.- Quer dizer, tu é linda, né, já entendeu? Gostosa e tal, aquelas coisas.

Carol: Entendi, amor. Você também é muito lindo - Falou rindo e eu pisquei pra ela, Carol desviou o olhar e deitou a cabeça no meu ombro.- Amo você.

Perigo: Você só tá me esculachando hoje, mano, papo reto. Até ignorar o cara tu fez, tô falando! Magoadão contigo - Falei cruzando os braços e ela me olhou.- Também amo tu, novinha.

Carol: Não tô boa hoje, sério - Murmurou e eu olhei pro Bg que tava me olhando e prendendo o riso. Tava fudido mermo.- Você já fez merda o suficiente, então não julga meu estresse.

Perigo: Jae, desculpa.- Balancei a cabeça sabendo que eu ia encher o saco dela de novo porque não consigo ficar quieto.- Tu deixaria eu dar um rolê com o Yuri e o Rafael? Uma hipótese só, coisas leves...

Carol: Pode ir, amor. Por mim tá tudo bem - Fiquei olhando pra ela e coçei a cabeça, queria uma mulher maluca que me proibisse de sair e ganhei a Carol que é de boa pra tudo.- Que foi?

Perigo: Quero mais não.- Falei puxando a mão dela pra mim e fiquei suave ali com a minha Carolzinha e esperando algum menor voltar com o chocolate da dragão.- Amor, você tá de tpm?

Carol: Acho que tô.- Balancei a cabeça olhando pra geral ali passando e o bagulho tá nada a ver de uma parada que eu queria fazer pra ela.

Tava suavão até ver uma tropa vindo pra nossa direção, passei a mão na cabeça quando vi o Gomes, Fiel e o Borges vindo pra cá como se eu tivesse convidado algum desses fudido pra cá. Fiz cara feia e o Fiel já chegou rindo porque ele é um filho da puta.

Borges: Qual foi, fuzil - Ele falou olhando pra Carol e não tem jeito, eu sempre rio quando ele fala esse bagulho, engraçadão mermo.- E aí, Perigoso.

Perigo: Visão, chefe - Murmurei sentindo o Gomes dar um tapa na minha cabeça e eu dei dedo pra ele. Aí veio o fudido do Fiel e deu tapa no mermo lugar que ele.- Bate na minha pica, filho da puta.

Fiel: Vou bater no vento, então.- Murmurou coçando a cabeça e eu prendi a risada, já fui escutando o Bg se acabando na risada e a Geovana junto com ele mermo.- Fala tu, trem Barbie.

Carol: Ninguém merece vocês - Falou baixo olhando pros três que começou a balançar ela, garota toda estressada tentando bater nos três e eu ri.- Que inferno, sério.

Gomes: Nem fiz nada.- Levantou a mão em forma de rendição e se ele não tivesse puxado o bonde, eu ia acreditar nisso mermo.- Parceiro, cadê a comida desse lugar?

Borges: Cadê teu pai, Geovana? Aquele cuzão - Coçei o olho e ele sentou do lado da garota, conhece ela porque ele é dos lado lá do pai dela, maluco chatão também.

Fiel: Vou dar um rolê procurando uma casada de responsa.- Fez legalzinho e eu ri só pela merda que ele falou, ele não cansa de falar merda e sair como se nada tivesse acontecido.

Gomes: Me pergunto se a mente dele funciona a base de diesel - Falou baixo sentando só meu lado e eu balancei a cabeça.- Faz uns anos que eu não te vejo, né, como tu tá?

Carol: Faz nem três dias que você me viu, cara - Falou rindo e eu dei dedo pro Gomes que puxou minha camisa, muleque chatão, cara.- Tô bem e você?

Gomes: Depende do dia, hoje eu tô afim de comer umas coisas novas, tipo um churras teu - Coçou a cabeça, piscando pra ela.- Tô nessa meta aí.

Perigo: Se tu não fosse viado, eu ia dizer que tá dando em cima da minha mulher - Falei olhando pro Gomes que riu e me deu dedo, neguei com a cabeça e agora era a hora do Borges.- O viado Gomes e o tio fofoqueiro, ala.

Borges: Vai tomar no teu cu, Perigo - Falou todo sério e eu ri, negando com a cabeça.- Ô fuzil, tenho uma casa lá no meu morro pra te dar, coisas leves.

Arqueei a sobrancelha olhando pra cara da Carol e ela olhou pra ele, cruzei os braços sem entender porra nenhuma e ela riu. Ele deve tá achando que ela é moradora de rua pra dar casa pra ela do nada? Ainda mais no morro dele, cara doidão.

Perigo: E ela vai querer uma casa no teu morro pra que, velho do caralho? - Olhei de cima a baixo pra ele que tava rindo, velho sem graça né, olhei pra Carol que me encarou.- Qual foi, amor?

Borges: Sei lá, pô. Quando ela quiser ir e me visitar por lá, conhecer o lugar - Balancei a cabeça e ela deitou no meu ombro.- Tá achando o que, filhão? Mando logo ela te jogar no buraco de novo.

Perigo: Me jogaram na malandragem, irmão... Eu voltei liderando a gangue - Fiz legalzinho pra ele que riu mais ainda e a Carol prendeu o riso.- No nível de gastação vocês tão aqui.

Fiz sinal pro chão e levantei, Carol puxou a minha camisa e eu dei um beijo rápido na boca dela, indo buscar os bagulho. Ela tava lá conversando com o velho do tio dela e eu ia deixar os bagulho lá pelo quarto mermo, tá suave. Fiel tava conversando com o Gomes que tava amassando pra caralho um prato de carne, as vezes acho que eles namora e ninguém sabe...

Depois vou gastar eles por isso, tudo que eu faço eles quer me gastar atoa, então vou descer a mão mermo.

Vida Bandida.Onde histórias criam vida. Descubra agora