capítulo setenta e cinco: infiel

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Carol

Escutei um barulho na porta seguido de vários "papa", o que já me deixou ciente sobre quem era. Ruan botou o rosto num espaço perto da porta pra me olhar, ele tá com um sorriso enorme no rosto, todo feliz, exatamente como da primeira vez que o Pedrinho chamou por ele. Babycria me viu e, na hora, já balançou as mãozinhas fofas que só ele tem, sorrindo na minha direção.

As vezes eu tenho a plena certeza que o Pedrinho é o filho que Deus não me deu naquele momento.

Perigo: Luana tava lá falando que ele tava meio coisado por causa dos dentes aí que tá crescendo, mas só foi me ver que ficou todo feliz - Dei um sorriso feliz, vendo o Ruan colocar o Pedrinho na cama. Fiquei olhando pra ele que tava agoniado naquela posição, mas ainda me olhando. Sentei na cama, ficando de frente pra ele, fazendo graça pro Pedrinho que tinha toda atenção em mim e ainda ria alto. Pedrinho fez cara pra chorar e eu arqueei a sobrancelha, vendo que ele realmente iria chorar, mas ele só deu o maior gritão, ainda balançando as mãozinhas pra cá, o que me fez rir e o Ruan tomar um susto, olhando pra ele na hora.


Carol: Vem cá, amor, vem - Falei com o Pedrinho, vendo ele sorrir todo aberto pra mim. O Ruan veio andando pra perto de mim e olhei pra ele que parou do meu lado, olhando pra minha cara como se estivesse me perguntando o que eu quero com ele.- Que foi?

Perigo: Você não tava me chamando, pô? Acabou de me chamar - Cruzei os braços sem entender nada pra gracinha dele, mas aí lembrei que tava chamando o Pedrinho e comecei a rir dele que puxou levemente meu cabelo, implicante.- Que graça do caralho, engraçadão mermo.

Carol: Eu tava chamando o Pedrinho e você vindo no lugar dele, que idiota - Apontei pro Pedro que gargalhou do nada e eu ri mais ainda, vendo o Ruan sair do meu lado como se nada tivesse acontecido. Inclinei meu corpo até o Pedrinho, passando as mãos pelos pezinhos dele que cabem na minha mão.- Sabia que eu te amo, baby cria? Você é o bebê mais legal de todos, é...

Ele sorriu com as mãos na boca, falando e balbuciando umas coisas sem sentido, eu me sinto feliz só de olhar pra ele, mas é louco como ele cresceu tanto, não sei se o tempo que passou rápido demais ou se ele que cresceu tão rápido. Acho que o Ruan sente a mesma coisa, a Luana também... Ele para e toda vez fica admirando o Pedro, o sonho dele sempre foi ser pai, ele real se sente realizado ao ter o Pedrinho, só não sabe pôr em palavras tudo que sente.

Perigo: Eu vou lá comprar nosso lanche, bagulho rápido.- Arqueei a sobrancelha ao sentir ele beijando minha nuca, virando pra olhar pra ele que tava em pé atrás de mim fazendo careta pro Pedrinho que ria.- Qual foi?

Carol: Você sempre pede alguém pra comprar, tá indo agora por qual motivo? - Pedrinho gritou de novo, passei a mão pela barriguinha dele que tava coberto por uma roupa verde, essa cor combina bastante com ele. Passei a mãozinha pelos pés dele, vendo o Ruan levantar a camisa, passando a mão sobre o próprio abdômen.- Ruan, o que você tá aprontando?

Perigo: Nada, amor.- Continuei encarando ele que sorriu de lado, passando a mão na barriga. Balancei a cabeça, desviando o olhar, colocando o Pedrinho em pé em cima da minha perna. Senti um puxão de leve no meu cabelo, mas ignorei, sentindo um beijo na minha testa.- Eu vou voltar já.

Carol: Você pode ir se quiser sair com os garotos, mas não deixa o Pedrinho aqui se sabe que ele tá meio estranho por causa dos dentinhos - Senti um negócio molhado no meu rosto, o Pedro tava com a boca na minha bochecha, com as duas mãos em cada lado do meu rosto. Ruan negou com a cabeça, olhando pro Pedrinho e rindo, mas eu afastei ele.- Tô falando muito sério.

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