capítulo cinquenta e cinco: eu sou cria mesmo

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2R.

Tava no carro pra ir no mercado junto com o Theo e Yuri quando o menor me liga do nada mermo, botei segurança lá pra ficar de olho na Mariana, ela facilmente fugiria com os dois, se fosse o caso. De primeira não achei que fosse a sapatona esquisita, mas aí ela meteu o papo dela e tal. Não tô entendendo muito o que tô sentindo sobre isso, até porque nunca gostei da Natasha, meu bagulho sempre foi meu filho.

E depois que ela fez aquelas parada caiu bem mais no meu conceito como mulher e mãe, mulher nenhuma que seja mãe e que tenha algum bagulho na cabeça faria o que ela fez, botou a vida do nosso filho em risco por paranóia, maluquice dela! De Mariana eu esperava, mas de Natasha... Meio difícil.

Mariana que não me desce mermo, ô piranha encrenqueira é essa, chega a ser pior do que Natasha. A sapatona buchuda tá até um pouco melhor que antes, tá com algum bagulho bom na mente e os caralho, mas a Mariana é seguida pelo ódio, tudo ela quer vingança.

Eu que fui corno e ela se doeu mais que eu, falou lá que perdeu um filho do mano, eu tenho culpa? Matei o cara porque tava de trairagem comigo, queria fazer golpe de estado e tudo, Mariana tava com ele e sorte que não morreu, mas perdeu o filho dela e me culpa pela morte dos dois.

Papo reto, se ela não tivesse dando pra um cara na minha casa na maior covardia, não ia acontecer esses bagulho. Fez porque quis, foi gostoso me fazer de otário e ela nunca esperava uma consequência, agora que se foda. Ela que pegue aquele ódio dela e enfie no meio do cu, sapatona chata do caralho.

A Natasha é outras coisas, me amarrava nela antes, maior gostosa! Mas aí perdeu a essência da parada, ela absorve as coisas que os outros faz, é muito influenciável. E papo reto... Eu gostava dela antes, não era um bagulho que me dava vontade de casar e os caralho a quatro, mas as maluquice nível um e a transa era de boa, mulher era danada, tá? Até a demônia entrar na vida dela e ela deixar um bagulho desses.

Playboy: Amor, quem tava te ligando? - Eu respirei fundo e o Theo soltou uma risada altona no banco de trás, ele tá de graça porque o Theo deixou bem claro que acha que ele é gay.- Minha mulher não quer me dar satisfação, que mundo é esse que nós tá vivendo agora?

Theo: O tio Fafá é a mulher - Riu apontando pra mim e eu tava concentrado em dirigir pra não errar e matar esses dois vacilão.- O tio Fafá também é gay?

Playboy: Não, até porque ele quer pegar sua m...- Enfiei a mão na boca do Yuri que abriu o maior olhão, Theo ficou parado sem entender nada olhando pra nós dois. E mesmo com a boca fechada a força, Yuri tava tentando falar abafadão.- Me solta, ô caralho.

Theo: O que ele tá falando? Ainda não aprendi na escola - Eu soltei uma risada e tirei a mão da boca do Yuri, bagulho é ter segurança até dirigindo.- Bandido, o que vocês acha de passar o dia comigo no meu aniversário?

O engraçado é que ele falava tudo baixo, parecia até que tava contando segredo. Yuri me olhou de lado e eu respirei fundo, Playboy não pode ficar sabendo que é aniversário de ninguém.

Playboy: Tua mãe vai fazer o que na sua casa pra nós comer? - Perguntou altão, Theo soltou uma risada e ele coçou a cabeça.- Na nossa casa, pô. Somos irmãos de sangue, de alma, de coração aqui.

2R: Vamo sim, Bandido. Vou te levar pra pilotar a moto do Playboy e chutar as roupa dele, diversão diferenciada - Theo sorriu pela ideia e qualquer coisa que seja errada ele aceita, papo reto. Playboy que não gostou, me olhou fazendo mó cara de deboche e cruzou os braços igual criança.

Theo: Eu amei a ideia, bandido! - Gritou de ajeitando no banco e eu soltei uma risada, tô falando que esse Theo não vale muita coisa, igual eu, papo reto!

Playboy: Eu não gostei não, que isso? A parte da moto tudo bem, mas chutar as minhas roupa? Eu demorei pra caralho pra jogar dentro do guarda roupa, faz isso não - Ele falava no mó lamento, só faltava implorar pra não fazer isso.- Um homem posturado não implora, ele manda.

Aí ele se ajeitou na cadeira e ajeitou até o óculos, eu prendi o riso e o Theo arqueou a sobrancelha, olhando de lado pra ele que tava suavão no banco do lado.

Playboy: Eu posso ensinar ele a pilotar a moto? - Perguntou baixinho enquanto o Theo tentava escutar o que ele disse, eu ri por ele achar que isso realmente era real e neguei com a cabeça.- Por que eu não posso ficar com a melhor parte, mano?

2R: Se manca, como que tu vai ensinar um anão de quase sete anos a pilotar moto? - Yuri me olhou de cima a baixo e depois olhou pro Theo.

Playboy: Com essa cabeça gigante dele e com os bagulho que ele fala, facilmente daria uns dez ou onze anos.- Theo não tava entendendo nada, milagre ele não ter surtado pra sentar na frente.- Theo, o que tu quer de aniversário?

Theo: Como assim, tio? - Theo perguntou ainda sem entender e eu soltei uma risada, menor as vezes é paradão, tadinho, viver avançado no nosso meio é isso.

Playboy: Eu sou rico, pode pedir qualquer bagulho que eu dou, meu presente pra tu - Deu de ombros e o Theo sorriu ficando com o rosto perto do nosso.- Então me fala.

Theo: Vocês pode ficar comigo no dia do meu aniversário? - Perguntou baixo e o Yuri cruzou os braços, olhando pra ele.- E jogar futebol comigo.

Playboy: Quando eu falei presente não imaginei isso, queria te dar alguma coisa cara né, pra ser o tio legal e tal - Neguei com a cabeça, sorrindo de lado ao ver a cara do Theo.- Pode ser, cria. Mas tu não quer presente não, cara?

Theo: Mas isso não é presente? - Cruzou os braços igual ao Yuri e os dois ficaram se encarando, dar brinquedo pra criança é fácil porque tudo que dá ela fica feliz, principalmente o Theo que se anima com coisa simples.- Pode ser uma bola pra gente jogar, a minha estourou.

Playboy: Suave, vou te dar a bola mais legal que tiver! - Theo balançou a cabeça e o Yuri tava mais animado que o menor, quando eu falo que ele só cresceu ninguém acredita, no papo.

Theo ainda é menor e fala que nem um adulto, já o Yuri... Só tem tamanho mermo, as vezes parece até uma criança ou pior que uma, é engraçadão, mas meu mano sabe ser sério quando precisa. Ele e o Bg foram o que menos mudou alguma coisa no jeito, me amarro nós dois.

Playboy: Já chegamos, amor? - Perguntou com a voz fina pra gastar mais ainda em cima de mim e o Theo riu, menor faz de tudo pro outro rir. Dei dedo pra ele e o Theo abriu o maior olhão, pedi desculpas e estacionei o carro.- Tu é agressivo ein, cria! Eu te ofereço amor e tu me dá migalhas de um, me dá mais ódio que amor mermo.

2R: Desculpa, vida. Tô de tpm hoje igual a Carol - Falei com a voz fina e o Yuri prendeu o riso, Theo riu apontando pra nós e eu soltei um sorrisinho. Abri a porta da frente e saí, depois abri a de trás pro Theo sair também e o Yuri jurou que eu ia abrir pra ele também, qual foi né.

Playboy: Eu não mereço ser amado por ninguém? - Gritou dentro do carro, eu prendi o riso e o Theo foi correndo pra perto da porta dele, tentou abrir e nem teve força, o Yuri teve que ajudar ele.- O meu único cria aí, tá maluco.

Theo: É, eu sou cria mesmo.- Falou com a maior certeza na voz e cruzou os braços, eu olhei pra Yuri e o Yuri me olhou, na hora nós soltou uma risada e ele lá sem saber o que fez, mas não adianta, menor solta cada coisa que até eu fico indignado.

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