Vida Bandida.

capítulo vinte e sete: gostosa

PERIGO

Tava me sentindo malzão pelas coisas que eu falei pra Carol e tenho certeza mermo que deixou ela magoada com tudo, ia pedir desculpas na mesma hora, mas tô dando um tempo pra ela pensar nas parada e se acalmar. Também tô pensando em tudo, até porque não queria estar nesse caralho de momento de novo.

Usei coca de novo e prometi que não ia usar mais, as vezes é difícil pra caralho parar com o que tu tava acostumado, antes eu usava isso sem limite mermo, só queria esquecer das parada que rondava minha mente.

Tava sentado no sofá viajando onde o Yuri me deixou e pensando nos bagulho, as vezes eu sentia que o melhor pra Carol não era eu, mesmo lutando pra isso não ser verdade, eu lutava pra ser o melhor pra ela mesmo sendo tão fodido.

Ela traz o melhor de mim de uma maneira que ninguém mais consegue acessar, consegue me fazer sorrir até se eu tiver mal e fechado pro mundo. E eu sei que vacilo muito, que faço muito merda e ela é foda por aguentar isso tudo sem surtar ou querer terminar comigo.

Passei a mão na cabeça e respiro fundo, jogando o corpo pra trás e encostado nas costas do sofá. Até eu tô cansado de mim e nem imagino o que ela tá pensando de mim agora, entendo se estiver me odiando, mas me senti mal pra caralho por sempre falar de filho com ela e ela nunca me falou sobre aquela parada.

Parecia que ela confiava mais no Yuri do que em mim, aquele bagulho de ter tido filho dela ninguém me contou, ficou entre eles dois e isso tava navegando a minha mente. E agora era essa parada de não poder ter filho, era sempre o Yuri, porra, eu sou namorado dela!

Senti alguém batendo na minha cabeça e olhei pro lado, Rafael cruzou os braços e negou com a cabeça. Fiquei em silêncio e ele soltou uma risada baixa, fazendo eu querer meter o socão na boca dele.

2R: Engraçado que antes eu achava o amor uma parada feiona, quando aconteceu o bagulho com a Mariana, eu só sabia xingar e falar que amor não existia porra nenhuma. Mas se não existia, o que eu sentia por vocês? - Falou baixo e eu fiquei olhando pra ele.- E hoje eu mermo acho uma parada bonitona de se sentir, só não perde isso por coisa da tua mente ou droga. A Carol pra tu é um exemplo de persistência ela continuou do teu lado mermo com os teus vacilo, tua parceira em tudo, então caralho, para de querer acabar com tudo desse jeito porque se ela for embora, não volta mais. Ela não é obrigada a te entender pra sempre e eu apoio ela se meter o pé, só mermo tá fudendo seus esquema de casar com a garota.

Respirei fundo e empurrei de leve o ombro dele, ele meteu um tapão na minha cabeça e eu neguei. Eu amo a Carol, as vezes acho que amo mais do que deveria porque isso me deixa maluco pra caralho, faz eu falar umas parada que surto porque quero ela por perto, porque não quero perder a única mulher que eu achei pra mim.

Foi a única que me olhou e teve fé que eu ainda era o mermo menor de sempre, que tinha uma parada boa em mim, diferente dos outros que só me via com outros olhos. Ela sabe que eu amo ela e o que eu faria por ela, papo reto, eu derrubaria um morro todo só por ela.

Perigo: Ela me escondeu que não podia ter filho, eu ficaria suave se ela me contasse na suavidade, mas porra...- Neguei, passando a mão pelo rosto.- Só achei que ela tava me fazendo de trouxa, porque eu tava fazendo esse plano com ela.

2R: Tudo no seu tempo, pô. Eu sei que você queria que ela tivesse contado antes, mas entende os motivos dela também - Balancei a cabeça e desviei o olhar.- Era pra ser uma coisa conversada entre os dois e tu levou pra terceiros, certeza que ela ia entender teu sentimento e tu deveria entender o dela.

Perigo: Eu sei que tô no erro...

2R: Você sempre tá no erro, Ruan.- Olhei pro Rafael que soltou uma risada como se fosse a coisa mais engraçada do mundo e eu dei dedo pra ele.- O melhor é tu reconhecer isso e parar de ir atrás com papo que ama, fala que errou e tenta ajeitar as parada.