Seventeen

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Gabriel

— Gabriel, ei! — me assusto com a Dhiovanna próxima a mim gritando — tá dormindo garoto? Cadê a Ju?

— Viajei nos pensamentos. Ela saiu agorinha.

— Poxa — faz um bico — queria conversar um pouco com ela.

— Conversar o quê? — franzo a testa.

— Ué, conhecer um pouco mais minha cunhada e falar o quanto ela tá ferrada com você, porque você difícil de lidar — solta uma risada.

— Difícil é aquela mulher — passo a mão no rosto — se comparar ela comigo, eu sou fácil — dou com os ombros.

— Você não falou nada sobre eu ter chamado ela de cunhada, é isso mesmo? — abre um sorriso — Tá gostando dela Bi?

— Preciso ir me arrumar — vou saindo, mas ela me puxa pelo braço.

— Que foi? Nós sempre falamos dessas coisas um pro outro. Pode falar.

— Eu acho que tô fudido com ela — desvio o olhar — Dhiovanna — respiro fundo — desde o dia que essa mulher apareceu na minha vida eu só penso nela e desde a festa que fiz, eu não consigo ficar com outra pessoa. Sei lá pô, essa parada tá me assustando.

— Meu Deus — coloca a mão na boca surpresa — você tá gostando dela. Puta merda Gabriel, tô em choque. Vai pedir ela em namoro quando?

— Pô, tu é emocionada pra caralho. Não vou pedir ninguém em namoro, esse bagulho de ficar preso a alguém não é de Deus.

— Você já tá preso Gabriel, não consegue perceber isso? — me dá um tapa na nuca — Acorda pra vida garoto, viver um romance não é ruim.

— A parte do romance não, o negócio é passar o resto da vida com a mesma pessoa.

— Mas não é um fardo, é tão bom tá com alguém que a gente gosta.

— Tá bom Dhiovanna. Tá querendo dar uma de coach agora, já não basta o Diego Ribas — passo a mão no rosto.

— Como você é chato — revira os olhos — Vai se ajeitar, vai — me empurra de leve — Uma hora você percebe que eu não estou errada — a escuto falar enquanto saio da cozinha.

Subo para o meu quarto, me arrumo e pego minhas coisas que estão arrumadas no canto.

— Tô indo Dhio — paro na frente dela.

— Tchau maninho — me abraça — me passa o contato da minha cunha? — Respiro fundo desbloqueando o celular. Não adianta eu falar nada, essa daí é uma cabeça dura.

— Te mandei o insta.

— Pô, acho que você vai ter que ir dirigindo mesmo porque até agora nem sinal do desgraçado do Fabinho.

— Tá na casa de uma por aí, certeza.

Vou em direção ao meu carro e coloco a mochila e a mala no porta-malas. Entro ligando o som e dando partida em direção ao CT, "Dias de luta, dias de glória" tocando, uma das minhas músicas favoritas, mas nesse momento ela só me lembra da Juliana. Não é possível que tudo me lembre ela. Respiro fundo segurando o volante mais forte que o normal. Do ninho eu e a delegação viemos para o aeroporto de ônibus.

— Gaguinho ganhou na loteria — Escuto o Matheuzinho gritar me fazendo bloquear o celular e prestar atenção na minha volta.

— Tira o olho Matheuzinho. Talarico nato mané — Diego fala.

— Casal novo e ninguém fala nada? — Filipe diz em seguida.

— Joãozinho no tá pra brincadeira.

Quando olho para frente vejo a Larissa e o João entrando e vindo sentar nas duas poltronas que são na frente da minha e do Arrasca.

— Oi Gabriel — sorri sem mostrar os dentes.

— Oi Larissa. Pô, pensei que as mulheres iriam em outro vôo — olho pro gaguinho.

— É, mas ti tinha lugar sobrando e eu pedi pra Lari vir.

— Se soubesse disso eu tinha — a cada palavra minha voz foi abaixando.

— Tinha o quê? — João indaga.

— Llamado a jornalista, papi — responde rápido e disfarça tomando seu mate.

— Gringo safado — sussurro.

— O Arrasca explana tudo — Gaguinho responde rindo.

— Se fosse pra ir junto cê iria chamar a minha amiga? — diz surpresa.

— Talvez — dou com os ombros. Eu cheguei a pensar em convidar a Juliana, mas acho que esse convite ultrapassaria barreiras das quais eu não quero. Porra, tô curtindo esse tempo com ela, não vou mentir, mas acho que não nasci pra relacionamento, nunca da certo.

— O Gabi só fala dela — Mais uma vez o uruguaio intrometido abre a boca. Juro que se ele abrir a boca mais uma vez, eu acabo com a vida dele hoje mesmo, depois eu me viro com a torcida do Flamengo.

— O Arrasca não esconde nada, gostei de você — a Larissa fala.

— O uruguaio não tem medo de morrer. Então cê só fala dela? Gabriel tá apaixonado — joga o travesseiro de viagem em mim e fazendo a Larissa e o uruguaio rirem.

— Oque que tá acontecendo aí? Quero saber dessa resenha também — o rodinei grita.

— Sai pra lá fofoqueiro — grito — e vocês me deixem em paz — jogo o travesseiro nele de volta.

— Ficou puto — O João diz e finalmente se senta.

— E vê se não ficam se pegando aí que ninguém aqui quer ficar de vela!

— Com uma assim do lado fica difícil.

— Abre o olho com o Matheus. Ele tá querendo roubar tua mulher! — coloco pilha.

— Vo-você pare! Ti-tire o olho da minha mulher! — aponta pro Matheus.

— Gaguejou perdeu o argumento, gaguinho — Matheuzinho responde fazendo todo mundo rir.

— Aí é foda.

— Matheus desiste, a Larissa não vai te comer! — A voz do Daniel Cabral surge.

— Deixem meu homem em paz, tão mal-amados?

— O Matheuzinho tá, com certeza — Ribas fala dando um tapa na nuca do Little Mathe.

— O Gabriel também - uma voz surge.

— Não consegui identificar quem falou isso, mas vai se fuder!

— No tão sabendo de nada.

— Arrascaeta tá sabendo de coisa. Explana mais.

— No mais Arão, o Gabi me mata.

— Pô, cês são um bando de fofoqueiros. Vão procurar o que fazer e não encham o meu saco.

— Vamos fingir que ninguém sabe que o Gabriel tá com a jornalista, xiu gente — agora é o palhaço do circo que fala, vulgo Rodinei

— Tô achando que alguém aqui que é dono de uma dessas páginas de fofoca. Se amanhã sair algo eu vou atrás de um por um pra descobrir.

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Oi povo!

Quase não lançava esse capitulo hoje por conta de pessoas apocalípticas kkkkk

Me sigam no insta "autoracarolz", inclusive postei um spoiler lá mais cedo...

Beijos, e até o próximo! 💋

Meu sonho - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora