Forty-nine

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Juliana
Chá das esposas - (23/07)

Estaciono o carro. Pelo espelho do quebra sol dou uma ajeitada em alguns cachos do cabelo. Aproveito também para passar o batom.

Desço do carro. Chá das esposas na casa de Marília Nery. Entro e cumprimento todas que estão, ainda falta chegar a Pati e a Larissa.

A decoração está belíssima. Mesa toda arrumada com bolo, doces, salgados. A Letícia arrasa, ela é a nossa decoradora oficial. Aí de alguma das mulheres fazer alguma confraternização e a decoração não for dela.

Sento já recebendo espumante. A conversa já rola solta por aqui. Fofoqueiras não, somos comentaristas.

— No es posible. ¿Fui a última a llegar? — Pati diz ao entrar. Acho fofo esse portunhol dela.

— Não — a Marília fala abraçando-a — Ainda falta a Larissa. Mas tem motivo, quem estava aqui já sabe.

— Você sabe, as meninas sabem e eu não! Pode ir me contando — aponto para elas.

— Não, agora só quando ela chegar.

Alguns minutos depois a Larissa aparece na porta. Não entra, fica só com uma parte do corpo ali.

— Posso entrar? — indaga com um sorriso no rosto.

— Entra mulher! — a Gisellen manda.

— Bora, que eu tô ansiosa — A Islany fala empolgada.

— Posso nem fazer suspense. Vem filha!

A Céu entra com ela. A garotinha vira o centro das atrações. Ela corre e me dá um abraço bem apertado. Conheci a pequena há alguns dias, e foi incrível.

— Saudadi titia!

— Saudades de você meu amor. Olha, a mamãe vai te apresentar as outras tias, tá bom? — ela acena a cabeça e caminha até a Larissa.

Quase todo dia faço chamada de vídeo com ela. Se não era a madrinha, agora eu sou. O assunto é ela, até se juntar as outras crianças para desenhar.

A roda de conversar inicia. Todas fazendo perguntas sobre a vida de uma das outras. Quase tudo é compartilhado por aqui.

— Ju, conta pra gente como tá sendo morar com o Gabriel — a Lila pede após todas conversarmos sobre várias coisas.

— Ah — um pequeno sorriso surge no meu rosto — ta sendo muito bom. Gostosinho. Eu tava receosa de ser um passo precipitado. De início eu não aceitei a ideia… mas repensei e ainda bem que fiz isso.

— E o casório vem quando? — a Tata indaga.

— Não faço nem ideia. Eu gostaria de casar, ter uma cerimônia e uma festa com os familiares e amigos próximos. Bem intimista. Porém, não se o Gabriel tem essa vontade de casar.

— Nunca conversaram sobre isso? — nego com a cabeça — Quando o Everton me pediu em namoro falei logo que a gente ia ter que casar.

— Eu não falei, meu pai que falou. “Minha filha é pra casar, sem esse negócio de ir morar junto” — A Tai fala, e nós rimos da tentativa de imitação do pai dela.

— Nem precisava. O Rodrigo tem cara de que sempre pensou em casar. Eu e o Léo só juntamos mesmo.

— O Rodi sempre sonhou em casar — A Nina fala.

— O Gabriel sonha é com outra coisa.

— Ser pai! — Lila, Bruninha e Susu respondem juntas, chego até a me assustar.

Meu sonho - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora