seventy-one

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Amor puro - Djavan
Esse capítulo contém mais de uma narração.
Aproveitem o último capítulo dessa história.
💖

Juliana
Meses depois
A

gosto chegou.
O mês do Gabriel, e o mês das minhas nenas, dei esse apelido pra elas.

A minha barriga está enorme, me empata de fazer algumas coisas, tipo amarrar um tênis.

Desde o meio do mês passado os meus sogros e minha cunhada estão por aqui. O grupo da família e o grupo das Flaesposas não para, toda hora alguém perguntando como eu estou.

O Gabriel quando vai jogar fora… fica com o coração na boca. Ele morre de medo de perder o nascimento das meninas.

Apesar das dores quando elas chutam a minha costela, eu tô feliz, quase 9 meses de gestação. O que é incrível em uma gravidez de gêmeos. Não tem tanto risco se as minhas filhas resolverem nascer agora.

— Ai — falo suspirando.

— Tá sentindo algo, pretinha? — o Gabriel indaga já preocupado.

— Só dificuldade pra achar uma posição confortável — me remexo — qualquer coisa eu te chamo, tá bom? — quase toda noite tenho que falar isso. Ele acena com a cabeça.

Acabo despertando às 5 horas da manhã. Pego uma roupa e vou para o banheiro. Respiro fundo ao sentir uma contração, na qual eu julgo ser de treinamento.

Faço minha higiene e me sento na poltrona de amamentação. Tem uma aqui, e outra no quarto das meninas. Começo a ler e algum tempo depois outra contração.

Presto atenção no tempo e mais uma contração. Estão vindo de 20 em 20 minutos.

— Acho que é hoje, hein nenas? — sussurro baixinho.

6h da manhã. Ando devagar até a cama.

— Pretinho — o chamo e ele praticamente dá um pulo da cama. Acabo soltando um riso anasalado.

— Tá sentindo alguma coisa?

— Tô. Não tá doendo muito, mas as contrações tão vindo a cada 20. Acho melhor cê tomar um banho, comer alguma coisa, porque daqui a pouco a gente tem que ir pra maternidade — abro um sorriso e ele também.

O Gabriel se arrumou, depois acordamos todo mundo da casa. Eu mandei mensagem nos grupos e liguei. Todo mundo sabe que eu tô indo para a maternidade.

Entrar no centro cirúrgico faz com que meu coração acelere, mas o pai das minhas filhas está aqui, segurando minha mão.

— Vai ficar tudo bem, tá? — fala baixinho bem perto de mim e faz um carinho na minha mão — Se acalma, daqui a pouco a Nala e a Maia vão tá aqui.

Os minutos vão passando. Minha ansiedade aumenta. O Gabi a todo minuto fala alguma coisa ou faz um carinho.

— Bem-vinda, Nala — é a única coisa que consigo escutar antes de um choro invadir a sala.

Automaticamente o os meus olhos enchem de lágrima e eu abro um sorriso. Depois o choro da Maia surge. Minha garganta queima. Meu peito parece que vai explodir.

— Caralho — ele solta baixinho.

Nos entregam elas. Eu só consigo reparar o quanto elas são lindas. A mistura perfeita, sabe?

Vários meses imaginando as duas, sonhando com esse momento. Querendo segurá-las no colo e agora eu posso. Posso colocar as duas para dormir, cantando que todo amor do mundo eu tenho pra dar pra elas, porque é verdade.

Meu sonho - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora