⚠️: Esse capítulo contém mais de uma narração.
Escrevi ouvindo: É Tu - Almar, a versão acústica. Coloca aí no fone!
Juliana
Dia seguinteMe remexo na cama com os olhos ainda fechados, e não sinto o Gabriel do meu lado. Abro os olhos o vendo sair do banheiro.
— Já tá acordado? Que horas são?
— 7 da manhã.
— Tá ansioso? — olho para ele que acena com a cabeça — A gente tem que sair às 8 — me sento na cama — bom dia, pretinho.
— Bom dia, pretinha — se aproxima e me dá um selinho.
Faço a minha higiene e vou para a cozinha. Sei que deixaram algumas coisas para o café da manhã. Chego vendo o Gabriel colocando a mesa.
— Meu Deus. Tá inquieto mesmo.
— Cara, não consigo parar de pensar nisso. Eu vou ver meu filho, pô — solta uma risada e passa a mão na barba.
— Ou filha — me sento na banqueta — tô morrendo de fome.
— Isso já é normal.
— Agora é por dois. Respeitinho com a sua esposa e mãe do seu filho, tá? — falo em tom de brincadeira.
— Sou o homem mais feliz desse planeta — me abraça e me dá vários selinhos.
— E eu sou a mulher mais feliz — sorrio. As olheiras evidenciam que o Gabriel mal dormiu. Passo a mão em seu cabelo ajeitando alguns cachinhos — A gente tem que tomar café logo.
Colocamos as malas no porta-mala do carro e entramos. Coloco o cinto e ligo o GPS colocando o endereço da clínica.
— Relaxa, pretinho — faço um carinho na mão dele que está repousada na minha perna — Tá mais ansioso que eu.
— Pior que tô — me olha de canto enquanto dirige.
— Good vibe, nos tá vivendo a melhor fase — cantarolo a música que toca — mas tô achando bonitinho te ver assim — faço um carinho na nuca dele — vai ser um babão.
— Pô, muito.
Não tem nenhuma paciente no consultório, entramos direto na sala da médica. Solto uma risada baixinha olhando o semblante do Gabriel, todo nervoso.
A doutora faz algumas perguntas. Na semana passada vim aqui para retirar o diu e conversarmos um pouco, então algumas coisas ela já sabe.
— Vamos ver esse neném? — se levanta e nos guia para outra parte do consultório — Ju, é só deitar aqui. Gabriel, cê pode ficar a vontade, tá?
Ele fica em pé do meu lado. Segura a minha mão esquerda e com o polegar faz um carinho. Nos dois nos olhamos, ambos nervosos.
— Cê realmente está com 6 semanas, creio que 6 e 3 dias. Aqui o saco gestacional, e tão vendo essa coisinha aqui… é o neném de vocês — continua mexendo — Vamos tentar ouvir o coraçãozinho — aperto a mão do Gabriel e respiro fundo — cês tem caso de gêmeos na família?
— Não — respondemos juntos.
— Hum, cês tão vendo aqui? — faz uma pausa — Aqui é outro neném — sorri.
Por alguns segundos nenhum de nós falamos nada. Um completo silêncio. Meu cérebro demora a processar a informação.
Dois, meu Deus. Dois bebês.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu sonho - Gabriel Barbosa
RomanceJuliana Vieira é uma quase jornalista já que está no último período. A carioca apaixonada pelo Flamengo, conseguiu um estágio na Rádio Globo Rio, e acaba sendo escalada para cobrir o jogo do seu time de coração o que era seu sonho. O que ninguém ima...