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40 comentários⚠️ Gatilho: crise de ansiedade
Gabriel
Sabia. Desde que aconteceu toda essa merda eu tive certeza que alguém envenenou ela contra mim. E eu ainda vou descobrir quem.
Ela encara o chão e não me responde. Ela tem dúvida. Passo a mão no rosto e me aproximo.
— Juliana, nenhum deles causam essa sensação que eu te causo — seguro levemente nos braços dela — Isso aqui é real pra caralho.
— Seu ego é impressionante. Não tenha tanta certeza Gabriel — um sorriso de canto aparece no rosto dela, mas eu sei que ela tá mentindo.
Minha vontade é resolver essa situação na cama. Pensa com a cabeça de cima, Gabriel. Vocês precisam conversar agora.
— Você já fez merda. Pode voltar lá pra dentro e pegar quem você quiser!
— Eu? — bato minhas mãos na lateral do meu corpo visivelmente irritado — Você não me escuta Juliana. E você tá falando isso, mas tava quase ficando com meu colega de equipe.
— Não fui que falei "te espero" — Revira os olhos. Acabo lembrando dela fazendo o mesmo embaixo de mim, então preciso olhar para o lado e coçar a garganta.
— Será que tem como me escutar? — ela pisca devagar e assente — Aquela foto foi tirada no começo do ano. O Papato tinha ela. Eu liguei pra perguntar, ele disse que tinham invadido o iCloud do celular há uns dias. Um cara até tentou descobrir o IP de quem invadiu e não conseguiu. Tenho certeza que quem invadiu pegou essa foto pra me ferrar.
— Gabi — a voz sai embargada — eu queria acreditar. Eu juro — as lágrimas escorrem pelo rosto dela — mas parece que eu não consigo. Na minha cabeça, eu vou ser uma burra se eu fizer isso — antes que ela fale mais alguma coisa eu abraço.
Cara, ela tá tremendo tanto. Não é frio. Me abraça tão forte. A respiração é funda e descompassada.
Sei que é crise de ansiedade. Já lidei com a Dhiovanna em crises. Só que não é a minha irmã aqui, não faço ideia se vou conseguir ajudar ela.
— Calma, respira. Senta aqui na cadeira - ela nega com a cabeça — Eu não vou te deixar sozinha — beijo o topo da cabeça dela — Cê tá tremendo pretinha. Senta.
Ela me solta, me olha por alguns segundos. Os olhos estão vermelhos e a pontinha do nariz também. Nem com cara de choro fica feia.
Se senta. As mãos agora apertam as coxas. Eu me ajoelho na frente dela.
— Eu... eu não queria — o choro parece aumentar enquanto eu falo — te deixar assim.
— Me deixa sozinha — enxuga as lágrimas — só você vai me querer, só você vai me aguentar, porque sou uma... — a voz sai completamente trêmula e antes que ela concluísse a frase a Larissa abre a porta.
— Ei, o que aconteceu? — se abaixa do meu lado — Gabi, pega um pouco de água pra ela.
Me levanto um pouco atônito e adentro a festa para fazer o que a Larissa pediu. Na minha cabeça tem um grande ponto de interrogação. Tento imaginar o final da frase e o porquê a Juliana falou aquilo.
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Meu sonho - Gabriel Barbosa
RomanceJuliana Vieira é uma quase jornalista já que está no último período. A carioca apaixonada pelo Flamengo, conseguiu um estágio na Rádio Globo Rio, e acaba sendo escalada para cobrir o jogo do seu time de coração o que era seu sonho. O que ninguém ima...