Fifty-four

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Juliana
Rio de Janeiro-(12/08)

— Mais um mês. Te amo, pretinho — dou um selinho.

— Te amo, pretinha. Isso aqui é pra você — me entrega duas sacolas.

— Hum, vou abrir primeiro essa caixinha — um colar prata com um ponto de luz — tão delicado, vou usar hoje. Obrigada, amor. — abro a outra sacola — Roupa de frio? — indago intrigada e ele solta uma risada.

— Cê vai pra Curitiba comigo. Tá frio por lá.

— Vou é? — abro um sorriso — não tá tava esperando isso também.

— Gostou? — aceno com a cabeça.

— Pois tenho presente também — me levanto da cama. Vou até a minha penteadeira e tiro uma caixa da gaveta.

— Não faço ideia do que é — ajudo ele a tirar a tampa — uma camisa da Mercedes. Porra, lindona. Eu tava querendo uma.

— Tem mais uma coisa aí.

— Mais uma camisa. Caralho — solta uma risada — eu namoro uma gostosa mesmo. Não acredito que tu fez uma dessas… tenho que fazer uma pra você.

A segunda camisa mandei fazer. Comprei uma camisa preta e paguei para estamparem meu nome e algumas fotos minha.

— Eu uso! Meu maior fã — pisco um olho. Ele rouba um selinho.

— Vou deixar cê terminar de se arrumar.

Ele sai do quarto. Eu observo os presentes que ele me deu, o quarto que a cada dia tem mais a minha cara. Em menos de 6 meses a vida mudou tanto.

Após me maquiar, pego a minha roupa. Um vestido colado vermelho, com manga longa.

— Minha dama tá pronta? — abre a porta — Porra, gostosa. Meu Deus do céu.

— Minha cor, né? — dou uma voltinha.

— Com certeza — pega na minha mão me fazendo dar uma voltinha — Deus me abençoou, nunca vou me cansar de falar isso. Vou me arrumar rapidão.

— Lindo! Gostoso! — digo quando ele termina de se arrumar. Esse homem todo de all black é minha perdição — deixa eu colocar a corrente. Prontinho.

Seguimos para o nosso jantar. Em um dos melhores restaurantes do Rio de Janeiro.

Dias depois.
Curitiba/PR-(17/08)

Primeiro jogo das quartas da copa do Brasil e eu vim parar em Curitiba. Sempre quis rodar o Brasil assistindo o Flamengo, mas ainda era um sonho distante.

De repente… eu namorada de jogador e com um podcast que está crescendo impressionantemente. Loucura.

— Não nasci pra esse frio. Agradecer meu preto de novo, sem essa blusa por baixo eu não estaria aguentando.

— Tá 14° graus. Lá no estádio todo mundo se abraça, que tal? — a Bruninha sugere rindo.

— Vou aceitar. Nossa, esse jogo tá me deixando tão nervosa que tô com enjôo.

Meu sonho - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora