Gabriel
CT Ninho o Urubu - (13/06)— Qual foi Gabi? Tá quietão — O David se aproxima perguntando. Com ele vem o Everton, o Filipe e o Matheuzinho. O treino acabou, estamos nos arrumando para ir embora.
— Isso aí deve ser briga com a mulher — o Everton fala.
— Que nada. Tô mó bem com a minha mulher. É que — passo a mão no rosto — a Juliana tá recebendo uma porrada de hater. Não sei se ela vai conseguir lidar com isso.
— Na internet tem muita gente louca. Até hoje eu tô tentando entender o porquê começaram a me chamar de tortinho — alguns seguram o riso — Ih, qual foi?
— Expliquem para o Matheuzinho isso aí — o Filipe me abraça de lado e nos afastamos do resto do pessoal — Gabriel, te conheço, sei que não é só isso cara. Pode falar.
— Tem algo nessa história.
— Algo? Algo como? — levanta uma das sobrancelhas.
— Não sei, mas tô achando que tem alguém por trás disso. E pô, eu tenho motivos para desconfiar.
— Gabriel — Coloca a mão no queixo pensativo — cê tem que tentar descobrir, cara. Puxar o IP. Existem pessoas que são feras nisso, descobrem tudo, mas eu não se a lei permite. Vai na polícia, registra um b.o, lá eles descobrem, certeza.
Se eu conhecesse alguém...
Espera.
A prima da Juliana não trabalha em algo assim? Será que ela consegue descobrir? Pô, certeza. Ela trabalha com isso no exterior.
— Obrigado Filipinho, já sei o que vou fazer.
— De nada, querido.
— Você é um querido — sorrio dando um leve tapa nas costas dele. Até porque se for mais forte o idoso fica com falta de ar.
Chego em casa. Aviso a Rose que cheguei e subo para o meu quarto.
— Ficou a tarde toda deitada nessa cama e assistindo série, pretinha? — Pergunto. É como se eu perguntasse se está tudo bem. Sei que se a resposta for sim, tem algo errado. Fecho a porta e coloco a mochila no lugar.
— Queria — solta um riso anasalado — passei a tarde fazendo o roteiro do próximo podcast — me deito ao lado e dou um selinho nela — ah, e bati um papo com a Rose também.
— Quê que cês conversaram? — levanto uma das sobrancelhas.
— Confidencial — ri — você é um fifi, sabia? — toca na ponta do meu nariz.
— Pô, cês tavam falando de mim?
— Também, mas não estávamos falando mal — se vira pegando o celular.
Penso em como falar sobre a ideia, pedir ou contratar a Helena para tentar descobrir algo.
— Me leva na casa da Rafa. Preciso falar com a Hele.
No primeiro momento, eu penso em brincar, perguntar se tinha lido a minha mente. Porém, percebo que tem algo errado.
— Rápido Gabriel. Voltou a chegar mensagem — desce da cama.
— Como assim? Onde? — pulo da cama.
— No WhatsApp. Já desliguei a internet pra parar de chegar mensagem — pega a bolsa — Que inferno. Mas eu vou descobrir quem tá fazendo essa merda — abre a porta do quarto.
— Onde é a casa da sua prima? — indago ao entrar no carro.
— É bem perto da casa dos meus pais. Lembra o caminho? — aceno com a cabeça — ótimo. Quando chegarmos na rua da casa dos meus pais eu te guio.
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Meu sonho - Gabriel Barbosa
RomanceJuliana Vieira é uma quase jornalista já que está no último período. A carioca apaixonada pelo Flamengo, conseguiu um estágio na Rádio Globo Rio, e acaba sendo escalada para cobrir o jogo do seu time de coração o que era seu sonho. O que ninguém ima...