Six

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Não vale comentário aleatório


21/04 

Juliana

Tô podre de cansaço.

Fui dormir tarde ontem, hoje teve reunião no trabalho, tive que resolver algumas coisas um pouco mais cedo e agora estou no shopping.

A minha amiga me arrastou dizendo precisarmos de roupas para hoje, eu obviamente chamei ela né? Nunca que eu iria sozinha. A gente realmente precisa de um look, mas já rodamos tanto que eu já tive vontade de desistir umas trezentas vezes. Ainda bem que amanhã é minha folga, vou descansar.

— Essa é a última loja Ju, eu prometo, é aqui que vamos achar os nossos looks.

— Espero viu.

Eu vou para um lado e ela para outro. Saio olhando tudo e meu olho bate em um macacão preto que tem uma transparência na barriga, belíssimo, uma vibe sexy chique do jeito que eu gosto. Pego um da minha numeração e vou atrás da Larissa, que por coincidência também já tinha uma roupa na mão, um vestido curtinho de cetim na cor verde.

— Tava indo te procurar, vamos experimentar — pega meu braço e sai me puxando em direção ao provador.

Ela entra primeiro, e eu fico esperando

— Então, como é que ficou? — dá uma voltinha

— Quem é essa gata? Esse vestido foi feito pra você! Ficou perfeito.

— Ficou mesmo né? Agora é sua vez

Entro no provador e visto o macacão. Ele ficou tão perfeito que não estou nem acreditando

— Posso sair?

— Sai logo daí — abro a cortina e saio desfilando — Meu Deus do céu, você tá muito gata!

— Ainda

— Te falei que íamos comprar aqui. Vamo tirar logo e meter o pé

Quando eu paguei me senti a Hebe naquele vídeo "eu entrei, experimentei, serviu, comprei" porque não tinha visto o preço, tinha um limite e se passasse não iria ter como levar mesmo.

Chegamos na minha casa e já era 18 horas, tínhamos três horinhas para nos arrumarmos, mas antes a gente decidiu comer alguma coisa porque não fazíamos ideia se teria algo para comer lá.

Depois nós duas fomos tomar um banho, eu no banheiro do meu quarto e ela no corredor. Quando eu saí do banheiro, ela já estava no meu quarto vestindo a roupa.

— Que silencio chato, vou colocar uma música — pego meu celular e entro em uma playlist aleatória de trap

— Você faz tudo com música, não sei como consegue

— Música é vida meu amor - estralo a língua no céu da boca — Agora larga esse pó aí e me ajuda a fechar essa roupa — ela faz o que eu peço — Obrigada, viu minha chapinha?

— De nada! Tá aqui ô — Pega e me entrega — ainda bem que ta pranchado e você só vai retocar se não, não daria tempo.

Começo a passar a prancha e começa o toque de uma música que eu conheço bem e começo a rir

— Que foi? Tá ficando doida? Deixa pra endoidar depois da festa por favor — faz uma cara de sofrida e isso só me faz rir mais — Agora eu entendi, é a música do trapper de uma música só — começa a rir também

Meu sonho - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora