Twenty-two

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01/05

Juliana

O melhor dia do ano chegou. Meu aniversário. Talvez esteja sendo um pouquinho narcisista.

Faço minha higiene matinal e vou tomar café. Tinha imaginado tá em alguma pousada ou sitio com minha família e meus amigos hoje, porém tenho que trabalhar. Assim que termino o café escuto a campainha tocar.

Levanto-me e vou até a porta, olho pelo olho-magico e vejo a Dhiovanna.

— Oi Dhio! — falo ao abrir a porta. Depois daquela mensagem nós conversamos e ela é uma pessoa bem legal, pelo menos comigo.

— Oi cunha! — eu sorrio negando com a cabeça — fiquei sabendo que alguém aqui tá fazendo aniversario hoje — levanta uma sacola que está segurando na mão e me entrega um buquê que estava na outra.

— Esse buquê é pra mim? — pergunto boquiaberta.

— Claro que é! Mas esse daí não é meu presente não, olha aí o cartão — puxo o cartão e vejo que tem um "G". Gabriel — Soube que hoje era seu aniversário e o Bi iria te presentear, então fiz questão de comprar o meu presente e vir trazer os mimos aqui.

— Vem, entra — Entramos e eu fecho a porta — o buquê é lindo. Quem escolheu? — coloco o buquê em cima da mesa.

— Ih, tenho nada a ver com isso não garota. Foi o Gabriel — se senta no sofá — vem logo pra cá que eu quero ver se você vai gostar do presente.

— Ansiosa — me sento, ela entrega a sacola preta que ela estava segurando, só agora percebo o nome em dourado, Monte Carlo. Não sei o que é, mas barato não foi — Dhio, cê não tá me presenteando só por ser sua cunhada? — faço aspas com a mão — Cê sabe...

— Ju — corta a minha fala e pega na minha mão — eu tô te presenteando, porque você é legal, porque eu gosto de você. Não tem nada a ver com você e o Bi, apesar de torcer por vocês. E se por acaso não der certo — solta a minha mão — eu ainda terei uma amiga — abre os braços e eu a abraço — agora abre esse presente!

— Tá bom — primeiro tiro uma caixa de bombons kopenhagen — cara.

— Esse daí faz parte do presente do Bi.

— Nossa... agora é o seu - pego uma caixa preta na sacola, a abro vendo uma fina pulseira dourada com pingentes em formato de gotas — Meu Deus Dhiovanna, eu amei.

— Ufa — coloca mão no peito — tava com medo de você não gostar. Pelo menos de dourado eu sei que você gosta porque bisbilhotei o seu perfil — pisca um olho.

— Essa pulseira deve ter sido cara, não precisava.

— Ai para — revira os olhos — você gostou é isso que importa, e não foi tão cara assim. Ju, eu tenho compromisso daqui a pouco, tenho que ir.

— Também tenho compromisso, vou cobrir um jogo do botafogo —reviro os olhos e nos levantamos do sofá.

— Te desejo as melhores coisas desse mundo, feliz vida — a abraço mais uma vez.

— Obrigada de verdade Dhio, uma pena que cê já tenha que ir — a acompanho até a porta. Ela manda tchauzinho antes de entrar no carro, e eu faço o mesmo.

Fecho a porta e vou em direção ao buquê, pego o cartão e vejo que no verso tem algo escrito. O verso de uma música.

"Tudo vem no tempo certo

Vou começar a agir assim

E se nosso futuro for incerto

Eu vou aproveitar até o fim"

Meu sonho - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora