Forty-eight

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Juliana
Flamengo X atlético-mg (13/07)

Estacionamos no Maracanã. Desço do carro e logo depois vem o meu sogro e o Fábio atrás.  Mando mensagem para o Gabriel.

Depois de muito tempo vou de norte

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Depois de muito tempo vou de norte. O lugar que eu sempre assistir aos jogos, perto das organizadas, o setor que mais canta no Maracanã.

O Gabriel não gosta da ideia. Mas eu sinto saudades, e os meus pais vieram ao jogo. Se tem um local que eu quero viver momentos com os meus filhos é aqui, no estádio Mário Filho, o Maracanã. Templo do futebol.

Encontro eles na entrada do setor norte. Meu pai com o manto rubro-negro e a minha mãe com o branco. Eu estou de short jeans, o meu manto da sorte — aquele que o Gabriel me presenteou — e um chapéu bucket do Flamengo.

— Oi, meu amor! Estava com saudades — me abraça.

— Também estava, paizinho. Oi, dona Cora. Estava com saudades de você também mãe — a abraço.

— Hoje é dia de sair daqui sem voz!

— Isso aí, seu Marcos! — faço um hi-five com ele.

— Eu que não vou me esgoelar. Vou cantar, mas não vou perder minha voz — dona Cora fala.

Duvido. Quase todos os jogos ela fala isso e sai praticamente sem voz. É impossível não cantar alto.

Hoje eu vou me acabar. Além de voltar a assistir ao jogo na arquibancada e ser um jogo extremamente importante, o meu namorado bundudo teve a ideia de dar uma entrevista afirmando que aqui o time do Atlético-MG iria conhecer o que é pressão e que é inferno.

A torcida começou uma mobilização. A maior festa do novo Maracanã. Me aproximo e sinto meu corpo arrepiar. Faltam cerca de 40 minutos para o jogo começar e a torcida canta muito alto.

Quando os times entram em campo, os sinalizadores são acessos e placas de "bem vindos ao inferno levantadas". Consigo notar algumas pessoas com tridentes. Isso tá uma loucura.

O jogo começa. O time parece está na mesma sintonia da torcida e o estádio parece tremer. Mas ao final do primeiro tempo eu tenho certeza disso. O gol do Giorgian de Arrascaeta nos leva ao delírio.

Intervalo. Momento de acalmar um pouco. Compro uma água, a voz já começa a falhar.

Quando o 2° tempo se inicia, todos temos uma certeza, o Flamengo vai ampliar o placar. Aos 19 minutos isso se concretiza.

Um gol de peixinho do Arrascaeta. O goleiro deles tentou salvar mais não conseguiu. O juiz dá o gol, e o var confirma. Eu comemoro muito com os meus pais.

— Acabou amor, o Gabigol vai fazer o inferno! — canto juntamente com a torcida. Tem dia que eu realmente estou em um sonho.

Jogador deles expulso. Mais algumas chances de ampliar que acabam não se concretizando. Inclusive uma do Gabriel, xinguei muito o meu namorado.

Meu sonho - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora