Se fosse pra esse capítulo ter uma música seria:
Abre a porta - l7nnon
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Juliana
Hoje o Rio de Janeiro tá chuvoso e eu estou morta de cansaço. Gravei um podcast hoje, fiz matérias, comecei a estudar para a cobertura do jogo do botafogo que é no dia primeiro, dia puxado no trabalho. Tomei um banho e me joguei no sofá, agora estou com preguiça de levantar.
De repente a campainha toca. Será que a Larissa veio direto pra cá sem me falar nada? Porque ninguém me avisa de nada. Abro a porta e me deparo com o Gabriel carregando uma mochila nas costas.
— Gabriel, que cê tá fazendo aqui? Entra logo que tá chovendo — dou espaço e ele entra.
— Tava passando aqui por perto e resolvi vir aqui — Que mentiroso. Vou aproveitar pra dar uma brincada.
— Aham, acabou de chegar de viagem e tá passeando? Porque sua casa fica um pouquinho longe, né? — respiro fundo fechando a porta.
— Acontece — dá com os ombros e coloca a mochila no canto.
— Eu tava era precisando de um tempo longe de você, parece chiclete. Ainda traz mochila, vai ficar aqui? — aumento um pouco o tom de voz.
— Porra, é sério isso? — tira o boné e coloca de novo rapidamente — Ontem cê me disse que tava com saudades, não consigo entender — passa a mão no rosto. Ele tá visivelmente confuso e com raiva e ele fica tão bonito assim — mas ok, pego minha mochila e...
— É brincadeira, pode deixar sua mochila aí — o interrompo e me aproximo pegando nas mãos dele e as coloco no lugar que ele ama apertar, minha cintura — eu realmente tava com saudades — falo observando cada detalhe do rosto dele, quando nossos olhares se encontram e sinto como se milhares de borboletas voassem no meu estômago. E o olhar dele, o olhar dele parece brilhar, não sei, mas tem algo diferente. O Gabriel me dá um selinho e eu retribuo — Nossa, tô com fome, preciso cozinhar algo.
— Também tô com fome, nem almocei. Cheguei e vim pra cá direto.
— Bora lá pra cozinha, vou fazer uma macarronada — Eu sigo para a cozinha e já vou pegando as coisas da geladeira.
— Hoje eu descubro se cê sabe cozinhar ou não, porque tapioca não conta — diz entrando na cozinha e sentando na cadeira.
— Ei! — coloco as coisas que peguei na bancada e cruzo meus braços — Primeiramente, sou uma cozinheira de mão-cheia. Segundo, cê não vai ficar sentado aí, não. Pode levantar que você vai me ajudar — ele levanta e eu peço para ele cortar os temperos que separei.
— Antes eu vou colocar minha playlist — pega o celular fazendo o que disse.
— 30praUm estralando — ele confirma com a cabeça — eu sobrevivi até aqui, tenho história pra contar, eu vivi. Dá uma olhada no pescoço, tem o brilho VVS — canto.
— Sigo tranquilo... Deus vai guiar, de viagem marcada só com a ida — Ainda bem que existe autotune né? Se não, ninguém iria ouvir "Sei lá" — Pô, cê canta bem demais — não respondo. Sempre fico um pouco constrangida quando falam isso, eu não acho que canto tão bem assim.
O Gabriel me ajudou bastante até, as coisas fluíram bem. Passamos essa meia hora cozinhando e cantando. Ainda bem que não demorou mais do que isso, eu iria passar mal de fome.
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Meu sonho - Gabriel Barbosa
RomanceJuliana Vieira é uma quase jornalista já que está no último período. A carioca apaixonada pelo Flamengo, conseguiu um estágio na Rádio Globo Rio, e acaba sendo escalada para cobrir o jogo do seu time de coração o que era seu sonho. O que ninguém ima...