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— Fale baixo, Visenya! Desse jeito Westeros inteira vai saber - disse Daeron, alertando a sobrinha. — Você é a única que sabe disso.

— E continuarei sendo a única, eu prometo. Eu jamais contaria isso para ninguém.

— Eu sei disso - respondeu Daeron, dando um sorriso. — Eu não sabia que podia existir uma vida perfeita até me apaixonar por Helaena.

— Isso é...lindo.

— As vezes tudo o que eu queria era subir em Tessarion com ela e os gêmeos e fugir para bem longe. Mas conhecendo meu irmão, ele iria atrás de nós até nos sete infernos.

— Mas Aegon não ama a Helaena, isso é óbvio para qualquer um.

— Realmente mas ele jamais iria querer perder a pessoa na qual ele pode descontar todas as frustrações - Daeron bufou. — E se aquele desgraçado chegar a ser rei, precisa de uma rainha.

— Aegon ser rei? Que piada. Isso não vai acontecer.

— Não é o que o meu avô Otto diz.

Aquilo realmente tinha chamado a atenção de Visenya. Aquela frase ficou martelando na cabeça da princesa até ela dizer:

— É melhor eu ir. Tenham cuidado, por favor - pediu Visenya, fazendo Daeron assentir com a cabeça. Quando o príncipe retornou aos aposentos de Helaena, Visenya saiu em passos rápidos pelo corredor.

Otto Hightower estava considerando Aegon como rei. Que ultraje. Visenya sabia que Aegon só tinha vindo ao mundo porque o rei Viserys foi pressionado a ter um herdeiro homem mas foi a Rhaenyra quem ele nomeou como herdeira e dela, viria Visenya. Se Otto ou Alicent tinham expectativas de colocarem o seu sangue Hightower no trono, estavam muito enganados. Determinada, a princesa foi até o corredor em que se encontrava o quarto do avô, iria lhe contar tudo.

Mas quando chegou ao corredor, alguns meistres entravam no quarto do rei segurando uma tigela com um líquido esbranquiçado. Alicent Hightower esperava do lado de fora, os cabelos ondulados soltos. A rainha foi rápida em olhar para a princesa, pondo-se na frente da porta antes que Visenya entrasse.

— Visenya - disse ela, ficando em frente à porta. — Não deveria estar dormindo?

— O que vocês estão fazendo com meu avô? Que líquido era aquele?

— Seu avô está tendo mais uma crise. Ele sente muita dor, Visenya. A única coisa que o acalma é o Leite de Papoula, o líquido que você viu.

— Eu quero entrar.
Disse Visenya mas Alicent não se moveu da frente da princesa.
— Poderia dar licença?

— Receio que não posso deixar você entrar, Visenya. É uma cena horrível, não quero que você se traumatize com isso - A rainha levou a mão para o rosto de Visenya, o acariciando mas a princesa empurrou a mão de Alicent com brutalidade. — E também, os meistres não permitem a entrada de ninguém, nem mesmo a minha. Eles precisam de concentração.

— Concentração para matar o meu avô?

— Ninguém está matando-o, Visenya.

— Quem me garante?

— Eu ,como sua rainha, garanto a você - disse Alicent, mesmo sabendo que Visenya não acreditara em sequer uma palavra dela. — Poderá ver o seu avô ao amanhecer. Agora volte para a cama, por favor.

  Furiosa, Visenya retornou ao seu quarto, revirando a gaveta de sua escrivaninha atrás de um pedaço de pergaminho, uma pena e tinta. Sua mãe seria informada disso. Sentando-se, Visenya começou a escrever e temendo que sua carta fosse lida ou adulterada pelos Hightower, ela escreveu em Alto Valiriano.

𝐆𝐀𝐌𝐄 𝐎𝐅 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐀𝐋 • 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora