Alicent Hightower andava de um lado para o outro pela sala. Estava reunida com todos os lordes, conselheiros e também com seus filhos. O desespero tomava conta da Rainha-Mãe, ela sabia que os Pretos não deixariam barato o que foi feito com Lucerys. Enquanto Alicent tentava pensar em soluções, o rei usurpador conversava tediosamente com os lordes.
— Seria bom uma visita à VilaVelha, meu rei. Vossa Graça tem sangue Hightower e com toda certeza, sua família o apoiará. Além de conseguir apoio dos diversos septões que lá habitam.
— Eu sou obrigado a ir?
Aegon perguntou, massageando suas têmporas. Havia sido divertido para ele assassinar Lucerys e ainda fazer um banquete comemorando isso mas tratar da parte de alianças na guerra, era extremamente tedioso para o usurpador. Ele queria sangue, fogo, tudo o que um rei Targaryen tinha direito.
— Se vossa graça não quiser ir, pode mandar seu irmão, o príncipe Aemond.
Disse um dos lordes, chamando a atenção do príncipe caolho para si. Aemond tamborilava ansiosamente os dedos na mesa. Desde a morte de Lucerys estava o tempo todo pensando em qual seria o próximo passo de Visenya e no fato de que todos eles pagariam caro por isso. Enquanto isso, o bobo da corte Cogumelo ouvia atrás da porta, pronto para espalhar a mentira de que o príncipe Aemond estava indo para VilaVelha se esconder dos Pretos. Ele saiu em passos quase tão curtos quanto seu tamanho antes que pudesse ouvir o resto da conversa.
— Não! O Aemond não! - Alicent exclamou, assustando a todos enquanto se aproximava da mesa. — Vocês são imbecis ou o que? Rhaenyra e Visenya devem estar furiosas. Ninguém sabe qual será o próximo delas mas sabemos os alvos: Aegon e Aemond. Não mandarei meus filhos para a morte!
— Rhaenyra também não havia mandado o filho dela para a morte, mamãe. Mas veja só no que deu.
Helaena interrompeu, recebendo olhares negativos de todos. Mas ela não se importou, sabia que estava coberta de razão e jamais abaixaria a cabeça para as loucuras de sua família.
— Apenas sangue bastardo foi derramado. Meus filhos não irão para VilaVelha.
— Eu vou - Disse Larys Strong se erguendo com dificuldade, apoiado em sua bengala. Todos os olhares se voltaram para ele. — É o mínimo que eu posso fazer, minha rainha. E eu gostaria de participar, não me julguem apenas pela minha deficiência. Vossa Graça sabe como posso ser... astuto.
Larys e Alicent trocaram olhares por algum tempo. A rainha transmitia nojo em seus olhos, lembrando-se do que fazia para ele em troca de informações. Então, ela finalmente respirou fundo, dizendo:
— Perfeito. Nós agradecemos, Lorde Strong. Os Hightower lhe receberão muito bem, eu garanto - Alicent forçou um sorriso. — Que outros aliados podemos conseguir?
— Graças a grande burrada que nosso rei fez, perdemos os Tyrell.
— Ingrato!
Disse Aegon para o irmão mais novo, como uma criança birrenta. Larys se pronunciou outra vez:
— Pode ter certeza que tem total apoio da Casa Strong, minha rainha. Mas ainda há a Casa Rivers. Precisamos de todo o apoio.
— Rivers? Mas é uma Casa só de... bastardos.
Alicent pareceu que iria vomitar ao dizer. O Lorde-Mão, Otto Hightower, se intrometeu:
— Larys tem razão. Necessitamos de todo o apoio possível, Alicent. Não importa se é bastardo ou não.
— Eu posso cuidar disso.
— Não, Aemond. Você deve ficar aqui e...
— Não irei me esconder, mãe - Disse o príncipe caolho, erguendo o rosto com um misto de medo e maldade em seu único olho. — Se a fúria de Visenya ou Rhaenyra virá, deixe que venha. Eu não irei abaixar a cabeça para elas.
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𝐆𝐀𝐌𝐄 𝐎𝐅 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐀𝐋 • 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧
FantasyOnde Visenya Velaryon luta pelo trono em um violento jogo de sobrevivência chamado Dança dos Dragões.