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— É verdade o que Sor Criston me contou? - disse Otto Hightower entrando no quarto da filha. Alicent franziu a testa para ele. — Tirou o dragão da Visenya e agora manda cartas em nome dela?

— O senhor não entende. Essa garota é petulante, insuportável e...

— Não importa o que ela é, Alicent. Você deveria estar cuidando da sucessão do seu filho ao trono e não trocando ofensas com uma pirralha!

— Como posso cuidar da sucessão do meu filho se a segunda maior ameaça à ela está debaixo do meu teto? - Questionou Alicent, se exaltando. Então ela respirou fundo e sussurrou: — Como posso colocar o Aegon no trono se o Viserys ainda vive?

— Isso é só uma questão de tempo.

— Questão de tempo? Eu estou envenenando esse velho decrépito há exatos vinte e um anos e ele segue vivo!

— Mais cedo ou mais tarde ele terá de morrer, Alicent - O Hightower se aproximou, pondo suas mãos nos ombros de sua filha e rainha. — O que quero dizer é que você não deve começar uma guerra contra a Visenya. Você deve tratar ela bem, como se fosse sua própria filha.

— E por que eu faria isso?

— Porque, sua criaturinha tola, quando o Viserys morrer e colocarmos o Aegon no trono ela poderá ficar do nosso lado. Visenya pode ser uma pirralha petulante mas ela é muito perigosa. Devemos tê-la como aliada e não como inimiga.

Alicent pareceu refletir por alguns minutos. Considerando a ideia que por mais que fosse muito díficil, era realmente boa. Ter a própria filha de Rhaenyra como aliada dos Verdes, faria com que o povo apoiasse ainda mais Aegon. Mas ainda tinha a questão de Aemond.

— Ela está tirando meu filho de mim - disse Alicent, com mágoa na voz. — Visenya e Aemond estão juntos de novo, eu sei disso.

— Apenas uma paixonite de jovens. Visenya não é boba. Ela sabe que se não se casar irá trazer problemas para o avô, para a mãe e para todo o reino.

— Eu olho para Visenya e Aemond e vejo eles de novo. Rhaenyra e Daemon com seus costumes valirianos estranhos e repugnantes.

— Todos nós vemos isso, Alicent. Mas desta vez, a história será bem diferente, eu garanto.

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— Visenya - chamou Aemond quando ela passou por ele no corredor. A princesa no entanto, fingiu que não o ouviu e saiu andando. Aemond foi atrás dela, a puxando pelo braço. — Não acha que está meio velha para birra? Já faz uma semana, Visenya.

— Me solte, Aemond.

— Vamos voar comigo, quero conversar com você longe daqui - Ele tentou puxá-la mas Visenya permaneceu em seu lugar, imóvel. — Vamos!

— Eu não vou.

— Ah você vai sim. Nem que eu tenha que te colocar no ombro e te fazer montar na Vhagar.

— Experimente fazer isso então! Eu duvido. Vai ter que me matar primeiro!

  Aemond parou para olhá-la durante alguns segundos. Estranhamente ele achava que Visenya ficava muito linda quando brigava com ele. Os olhos azuis dela brilhavam como fogo, seus lábios se moviam lindamente para lhe insultar e alguns cabelos castanhos lhe recaíam pela testa. O príncipe caolho deu um pequeno sorriso pela irritação da amada e se aproximou, a fazendo encostar na parede.

— Como você quer que eu te mate? Queimada, esfaqueada ou com beijos?

— Vá beijar a sua vovózinha!

𝐆𝐀𝐌𝐄 𝐎𝐅 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐀𝐋 • 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora