𝐆𝐀𝐌𝐄 𝐎𝐅 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐀𝐋 • 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧

055

  Quando finalmente conseguiu recuperar seu fôlego, Cregan Stark se sentiu nas nuvens ao sentir Visenya Velaryon deitar a cabeça em seu peito. Mal conseguia acreditar no que estava acontecendo, em tudo que tinham feito. Talvez fosse loucura mas ele definitivamente não queria que aquilo durasse apenas uma noite.

— Nya? - Ele chamou, fazendo ela levantar a cabeça e direcionar seus lindos olhos azuis como o oceano para ele. — Você se arrepende?

— Não.

  Ela respondeu sem pestanejar, cheia de verdade na voz. Cregan sentiu vontade de sorrir mas apenas continuou:

— Eu sei que você está noiva porque precisa da lealdade dos Baratheon e eu jamais poderia impedir isso.

O Stark inverteu as posições de repente, ficando por cima da princesa.

— Mas eu não quero que isso dure apenas uma noite. Não quero acordar amanhã e fingir que nada aconteceu entre nós.

— E não precisa durar apenas uma noite - Visenya sussurrou, mirando os olhos escuros como a noite à sua frente. — Ninguém precisa saber.

— Está me promovendo à seu amante, então?

Cregan disse em tom divertido, a fazendo rir.

— Estou - Ela deu mais uma risadinha antes de dizer:  — Hoje percebo que deveria ter me casado com você quando tive a chance.

— Eu entendo, Nya. Você não me amava.

— Eu estava cega - Ela retrucou. — Cega por algo que eu achei que era amor mas não era. E agora temos a chance de recomeçar aquilo que sequer começou.

— Da maneira errada mas sim. Você deveria ser minha noiva, não dele. Ser minha esposa, mãe dos meus filhos...

  Cregan respirou fundo, controlando o ciúme que só crescia dentro de si toda vez que imaginava Royce Baratheon casando-se com aquela que ele sempre amou, com aquela que deveria ter sido sua desde o início.

— Mas fico feliz em ter você. Poder te beijar, te tocar... É o verdadeiro paraíso.

— Cregan, disse que eu não te amava antes mas eu acho que estou começando amar - Visenya confessou, vendo os olhos do Stark brilharem para ela. — Só estava tentando negar isso para mim mesma. Eu...

  Cregan a interrompeu, a beijando apaixonadamente, tentando demonstrar em atos o que não conseguia expressar com palavras. Ele não sabia que podia amá-la mais do que amava cinco segundos antes, mas quando ela dissera... quando ela lhe dissera aquilo... Ele achou que seu coração poderia explodir de felicidade.

Cregan a amava, isso era fato desde que tinham doze anos. De repente, o mundo era um lugar muito simples. Ele a amava, ela seria sua (ainda que apenas amante) e isso era tudo o que importava. Seus corpos nus se arrepiaram ao serem pressionados um contra o outro, enquanto as mãos e os lábios do lorde tocavam cada parte do corpo da princesa. Queria que Visenya percebesse quanto precisava dela, e queria que ela sentisse o mesmo desejo.

— Ah, Visenya – suspirou ele. O nome dela era a única palavra que conseguia dizer: — Visenya, Visenya, Visenya.

Cregan sorriu para ele, e Visenya foi invadida por uma incrível vontade de rir. Ela percebeu que estava feliz. Absolutamente feliz. E a sensação era boa. O Stark posicionou-se sobre Visenya, pronto para entrar nela e fazer com que ela fosse sua outra vez. Era diferente de algumas horas atrás, quando os dois tinham sido guiados pela emoção. Desta vez, ambos haviam tomado uma decisão. Escolheram algo mais poderoso do que a paixão: escolheram um ao outro.