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  A noite, Visenya não conseguia dormir

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  A noite, Visenya não conseguia dormir. Virava-se de um lado para o outro em sua cama. Não conseguia parar de pensar em sua conversa com Daeron. Não era justo que ela não tivesse um dragão ainda, ou pelo menos, um ovo. Ela era a primogênita, já tinha doze anos, não era mais um bebê. Ela queria um dragão.

A conversa dos cavaleiros voltou à sua mente: haviam rastros do Grey Ghost na floresta. Visenya já havia lido muitos livros sobre domar dragões e ela tinha sangue Targaryen, afinal. Sentando-se na cama e olhando para a janela à seu lado, onde a noite escura era iluminada pela lua, uma pergunta tomou conta da princesa: por que não?

Graças à Aemond, a princesa conhecia algumas passagens secretas do castelo, sabia como sair de lá. Era loucura mas o sangue de Visenya estava fervendo, era como se o Grey Ghost estivesse a chamando. Ela tinha que ir.

Levantando depressa, a princesa tomou sua capa azul e saiu do quarto, cobrindo a cabeça com o capuz. Esgueirando-se pelo palácio, Visenya teve tempo de roubar um chicote, uma adaga e uma lamparina de um dos cavaleiros que dormia pesadamente em seu posto. Que incompetente. Entrando pelas passagens, ela levou um tempo até achar o caminho que a levaria a saída mas após alguns minutos conseguiu. O vento frio bateu contra seu rosto, a floresta estava logo à frente. Enchendo-se de coragem, a princesa Visenya Velaryon entrou na floresta.

   Enquanto caminhava, a princesa tirou a adaga do bolso. Atentando-se à qualquer movimentação. E toda vez que o medo tentava chegar perto de seu coração, ela o mandava embora. Lembrava a si mesma de que era uma Targaryen, de que era forte e corajosa. Mesmo que seu medo a lembrasse que ela era apenas uma criança que nunca havia entrado em um local tão sombrio. De repente, Visenya olhou para o chão. Haviam marcas como se fossem arranhões e um pouco mais a frente, sangue e o que parecia ser restos de órgãos de algum animal. Antes que pudesse dizer, falar ou sequer pensar alguma coisa, um grande animal se lançou sobre ela, rosnando profundamente.

Visenya caiu no chão, gritando de dor. O animal cortou suas garras em sua barriga, rasgando sua capa, seu vestido e sua carne. Entrando em um modo de sobrevivência que nem ela mesma sabia de onde havia saído, Visenya ficou de pé, as pernas trêmulas. Olhou ao redor em busca de sua adaga, a qual havia soltado pelo susto.

Uma criatura com pêlo preto grosso e listras brancas estava bem à sua frente, quase avançando em sua direção. Ela conhecia aquela criatura, já havia lido sobre ela, um gato das sombras que já estava se preparando para lançar-se contra ela novamente. O medo abraçou o coração de Visenya e a lembrou que ela era uma criança, a lembrou que não deveria estar ali, a lembrou que ela iria morrer. Mas a princesa se recusava a morrer de forma tão rápida e tola, se era para morrer que fosse de uma forma gloriosa como todos os Targaryen.

E sem pensar duas vezes, Visenya avistou a sua adaga um pouco distante de si e tentou correr para pegá-la mas a fera a derrubou no chão, os dentes afundando em suas costas. Um berro de dor e desespero. Reunindo forças que ela nem sabia que tinha, a princesa esticou-se e conseguiu agarrar a adaga.

𝐆𝐀𝐌𝐄 𝐎𝐅 𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐀𝐋 • 𝐡𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora