Capítulo 27

1.3K 117 2
                                    

Eleonor

Eu estou morta não é possível que eu sinta dor assim na minha vida meu deus isso dói, parece que vou morrer meu pulmão dói. Lixo. Abro os olhos e tento levantar mas estou presa em coisas estranhas. Então tenho 11 anos de novo e tem uma máscara respiratória na minha cara e o barulho vazio de um hospital, então quando alguém chegar alguém vai ter morrido e minha vida vai desabar. Levanto o braço dolorido das agulha e puxo a máscara. Retiro as merdas de frio no meu peito e as agulhas, me sento na cama e tento não sentir a dor insuportável na minha cabeça.

   Estou viva. Que droga.

   Ouço as portas abrirem, mas não estou pensando em nada agora, eu estou ciente da minha agenda de du fiquei mais de uma semana na merda eu preciso voltar a treinar hoje e ficar no gelo até desmaiar. Eu tenho que patinar horas a fio. Então viajar para o Canadá, ainda não experimentei minha roupa, não sei o que vou fazer no meu cabelo. Que saco. Que ódio. Isso fodeu com minha agenda.

— Senhorita Fane, você não pode tirar o acesso sem uma enfermeira! — Ela tenta me segurar mas eu puxo meu braço.

— Chame o medico caralho. — Digo com a voz rouca e fosca.

    Minha cabeça está me matando. A enfermeira sai e me sento na beira da cama. Tento me acalmar. O Trevor está vivo. Morreu? Quem me tirou da água? Que inferno, tomara que não seja o Damon porque vou infernizar ele por não cumprir com a palavra dele. O médico chega e eu estou morrendo de dor de cabeça.

— Me de algo para dor. — digo e ele me examina.

— Sabe quem é?

— Lógico que sei porra. — Digo irritada — Eleonor Fane. Filha de Schreader e Christiane Fane. Tenho uma vadia como irmã mais velha e sou patinadora. Satisfeito?

— Sim. — O médico enfia uma luz irritante no meu olho e mede meu peito — Parece tudo bem. Precisamos de exames-

— Estou viva. — digo enfiando os dedos no cabelo — Traz a porra da minha alta. Eu vou assinar.

— Não podemos...

— Traz a porra da minha alta merda! — digo irritada — não sei que dia é hoje e nem quanto tempo tenho até a merda da minha competição, não tenho tempo para coisas idiotas.

    Me ponho de pé e pelo jeito do meu corpo não foi tanto tempo já que meu corpo não está repugnante e flácido. Caminho até o banheiro e lavo meu rosto me olho no espelho e pareço bem também, não tem nada diferente.

.

.

.

   Nestha veio me buscar e me trouxe roupas, coloquei e amarrei meu cabelo, coloquei as botas e o sobretudo. Assinei minha alta e arrumei um telefone novo. Uma semana internada, uma semana na merda daquele iate. Duas semanas perdidas por culpa deles. Que ódio.

— Temos 4 semanas. — Nestha disse ainda me olhando como se eu fosse louca. — É melhor desistir Eleonor.

— Eu nunca vou desistir de nada por culpa deles. — digo saindo do quarto. — Foda-se eles. Temos quatro semanas. É tempo suficiente para eu ser a melhor.

— Digna da minha sucessora. — Nestha disse com pura ironia.

   Não liguei estou pouco me fodendo para o que ela acha. Minha vida é patinar e foda-se o resto. Ninguém vai tomar meu troféu. Ainda mais porque eu não estou boa. Desço as escadas da frente e coloco os óculos, entro no carro e Nestha vem atrás, Kilian está dirigindo.

Corrupt: It was never meOnde histórias criam vida. Descubra agora