capitulo 102

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Trevor

   Eu estou me preparando, para perguntar para eleonor...

    Vamos ter um bebê, e Athos estuda...

    Há alguns anos eu comprei a casa das Ashby, demoli o lugar inteiro e mandei fazer minha casa. O único problema da propriedade é que ela fica próxima st Killian e dos outros e eu sei que ela odeia Thunder bay.

   Mas eu idiota e emocionado antes mesmo de sequer cogitar esse futuro aqui, mandei fazer a casa que aderisse e suprisse as necessidades delas. Mas mais quero falar com ela sobre isso.

— Trevor? — Volto a mim e ela está fazendo a mala.

   Afinal qualquer hora é hora para ela. Eu nem tive tempo de me preparar psicologicamente para ser pai, pior pai de menina. E agora minha namorada está fazendo as malas porque a qualquer momento ela vai dar a luz.

Ela nem tem barriga, nada. Quando transamos ontem,  a única coisa que eu notei foi o quadril dela mais largo mas não o suficiente para ser uma gravidez ou o estômago dela um pouquinho inchado. Fora isso nada.

— Sim. — Digo entregando um jogo de toalhas para ela. — Algum problema?

— me diz você. Você está tenso. — Esqueça a casa, vamos mudar de assunto.

— Estava pensando na sua saúde por parto. — digo lembrando desse problema também. — Se você der a luz muito tarde, não vai dar para competir e eu sei que uma gravidez não estava nos planos.

— Minhas contrações estão mais frequentes. — Ela disse amenizando ou tentando. — Não acho que passe dessa semana.

— Mesmo assim princesa. — Digo engolindo seco — Um parto é um parto. Vai debilitar você.

— Trevor...— ela disse chamando minha atenção. — Se eu sentir que não vou estar bem para competir não vou fazer isso. Estamos de acordo?

   Soltei uma lufada de ar e afirmei. Além de tudo que está acontecendo, eleonor teve outra conversa com Athos. Coisas de mãe. E a garota aceitou tudo de boa.

  Embora não seja minha filha, mimo ela mais do que o lixo do pai dela. Sem dizer que eu e Athos temos um acordo que beneficia nos dois. Eu recebo aprovação e ela me deixa fazer a mãe dela feliz. Ótimo! Até porque a Leo feliz é uma Leo sem preocupações e isso engloba tudo inclusive a loirinha manipuladora.

— Me prometa então. — Digo antes de encerrar esse assunto. — Que de for demais você não vai se machucar. Eu sei o quanto patinação faz parte de você mas...você é importante não só para mim. Para Athos e a bebê. Certo?

— Certo. — Ela disse franzindo a testa e sorrindo com um pouco de vontade de rir. — O nome dela vai ser bebê?

— Não tenho ideia. — Digo fechando a mala dela.

— Nem eu. Não estava nos planos. — ela disse sentando na cama e colocando a mão no estômago — Não sinto nada, talvez não tenha nada. Acreditaria se eu falasse que não acredito que tem um bebê aqui?

— Acredito. — Digo e ela suspira — Mas deve ser por causa dos tratamentos não? Se não tiver nada aí dentro vou ficar bravo. Arrumei dois quartos de menina em uma semana.

   Ela me lança um olhar confuso e eu me amaldiçoo por falar. Que merda. Finjo demência e saio do quarto, vou fumar na varanda, de preferência longe da Eleonor. Não sei se estou pronto para falar com ela sobre isso. Eu só dei o anel para ela, não significa que ela aceitou. E ela está... quieta. Desde a visita o Michael.

Ela amou o filho da puta por anos afinal.

    Fumei todos os meus malditos cigarros, o que significa que estava puto ou estressado. Eu tenho que parar com isso. Odeio essa parte em mim. Mas...eu a amo tanto. Que dói.

    Balanço a cabeça e respiro fundo, e decido. Não vou mais citar a casa, talvez eu venda. Quando a bebê nascer vamos conversar. Eu trabalho por muito tempo fora. No início pode ficar tudo bem mas eu não vou ver elas por meses e quando eu aparecer a bebê vai estranhar e a Athos pode sei lá, mudar. Ela é adolescente vai mudar pra caralho e eleonor... Que merda. Eu sei que desde o começo era uma merda. Não quero ser como meu pai nem como meu irmão. Gosto do jeito que ela é agora. E se tudo mudar. Pior, eu fico meses fora. Ela não me ama. Pode se apaixonar por alguém.

♕❅

    Subo as escadas da casa e caminho pelo corredor devagar. Sem a expectativa é fácil ter racionalidade e essa casa não iria agradar ela. Fico em thunder bay, 20 minutos da casa da mãe dela. 10 da irmã e o ex. Ela iria odiar essa casa. E aquele quarto e o quarto das meninas. É vou vender isso.

Allie queria comprar uma casa aqui, disse que queria ficar mais próxima dos pais. Fica ha vinte minutos deles. Ela vai gostar.

Pego meu telefone e dígito o número do Will. Ele atende na hora.

— Tem certeza que é para mim que queria ligar? — Esfrego o canto dos olhos.

— Sim.  Estou vendendo minha casa. — Digo e não ouço nada do outro lado. — Allie disse que queria uma casa. Estou vendendo a minha.

— Por que? — E tudo que eu ouço. Então noto que tem mais barulho. Ele deixou no viva voz. Tem alguém com ele.

— Não tem porque ter uma casa tão grande. Eu viajo pra caralho. A casa fica vazia praticamente o ano todo é uma chatice. — Digo o natural do que esperar de mim.

— Mas você não está com a Leo? Achei que fosse se casar. — Will pergunta. Muito suspeito.

— Não vou enfiar uma aliança no dedo dela porque ela está grávida. — Digo com o tom controlado — E ela odeia thunder bay.

— Ah...— Um longo silêncio. — Eu posso ir ver a casa? Com a Allie.

— Claro, quando quiser me avise e eu dou as senhas e chaves.

   Com isso eu desligo o telefone e olho para porta. Não quero entrar. Que não quer entrar o que. Você foi emocionado demais. Agora leva na cara. Ótimo.

Abro a porta e fecho a porta atrás de mim, ainda com a mão na maçaneta quase xingo. Ficou lindo. A maldita Emory fez um ótimo trabalho que inferno. Não achei que ela fizesse desing de interiores também.

Mas o quarto está ótimo, a filha do Will vai adora. Até porque era para ser de meses até os oito, dez anos.
Não falei?

Emocionado demais.

Corrupt: It was never meOnde histórias criam vida. Descubra agora