Capítulo 31

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Michael

     Ela está bravinha, com as bochechas cheias de ar e com uma expressão emburrada, nem parece que já tem vinte anos e três títulos mundiais nos ombros.

— Matou meus namorados! — Ela disse ríspida.

— Não matei. — Não mesmo. — Eu só fiz o necessário para deus levar.

— Michael Crist! — Ela disse irritada ao extremo — Dimitri tinha 15 anos! A família dele até hoje acho que o garoto vai voltar!

— Ah...ele não vai voltar amor. — Digo segurando a mão dela. — Ele morreu. Afogado na neve. A Rússia é tão perigosa no inverno né?

— Seu canalha! — ela tira as mãos das minhas e eu fico irritado, agarro a mão dele a a força. — Não me diga que levou todos eles para neve!

— Já falei. Aqueles músculos não adiantaram muito querida. — Não quando você tem um martelo e uma furadeira.

   Realmente não gostei dela ficar tão saidinha depois dos 15, ela deveria dar a primeira vez dele para mim mas não deu. Matei o garoto, não me arrependo. E já disse não matei. Dei um martelada na cabeça dele e joguei na neve. O resto é com deus.

— Por que? — Ela desistiu de me socar? Que bom.

— Por que você é todinha minha meu amor. E não gosto quando outra pessoa pega o que é meu. Fico um pouquinho fora de mim. Sabe como foi um saco sair da faculdade e ir para Rússia sempre que você arrumava um namorado? — Seguro o rosto dela — Você deveria me esperar, como eu te esperei.

— Esperou meu cu. — Ela diz com escárnio — Você fodeu pra caralho nesses cinco anos . E também... Fodeu a Rika.

— É. — eu disse e ela ficou vermelha de raiva. — Mas era parte do plano e eu fiz minha parte pelos meus amigos.

— Safado, canalha. — Ela diz me empurrando. — Eu nunca mais vou ser sua segunda opção seu lixo. Sai do meu quarto.

    Eu sei, ela está magoada, eu entendo, mas eu deveria ter um desconto. Eu sofri como um escravo quando ela desapareceu de um dia para o outro. Eleonor virou pó e ninguém sabia onde ela estava. Eu quase tive um infarto porque ela saiu chorando aquele dia e saiu com o Damon mas o Damon não abriu a boca nem por um segundo até o pai dele chegar com um advogado bom pra caralho. Mas quando eu saí da delegacia, tudo estava um caos do lado de fora porque a mãe da Eleonor estava maluca dizendo que ela tinha matado a filha dela.

    Então sim eu sou um pouquinho lixo sim. Eu fiz tudo isso por anos. Segui cada mínimo passo dela, sabia tudo sobre ela. E adorei isso. Mas agora tenho a possibilidade de ter ela e ela saber que me pertence, não vou deixar ela seguir a vidinha dela como ela quer. Até porque, ela tem que ficar comigo.

— Eleonor, você ainda não entende? Eu te amo. Caralho é tão difícil assim acreditar em mim?

— É. — Ela disse franzindo a testa. — Por que você brincou comigo, porque você me beijou e me foderia, mas estava se pegando com a Rika assim que eu saí. Já que gosta tanto dela. Por favor vai para ela. E me deixa em paz. Eu tenho uma competição para ganhar e um título para manter.

    Quero matar ela, as vezes quero apertar esse pescocinho dela até ela revirar os olhos e desmaiar, odeio essa personalidade mimada. Aposto que nesses anos ela arrumou alguém que fazia o papel de papai para ela. Afinal. Ela é uma princesinha mimada.

Corrupt: It was never meOnde histórias criam vida. Descubra agora