Eleonor
Olho para o prêmio. Acho que estou enjoando.
Coloco o troféu e a medalha na sala de troféu e olho para todos os prêmios, eu não sei quando eu parei de gostar tanto de ganhar. Estou patinando todos os anos e pareço uma jogador de futebol que todo mundo sabe que vai ganhar o melhor do mundo. Está perdendo a graça. Caminho pelos corredores da sala e vejo a
Todos eles.É tão majestoso, tão brilhante, tão... glorioso. Eu deveria parar, estou dificultando para os próximos. Paro em frente a meu melhor prêmio, meu primeiro estadual. Me sento no chão e olho para cima, eu vou fazer trinta em março, estou velha. E meu prêmio favorito é o último que eu ganhei com meu pai respirando.
Estou estou sozinha, não que eu não estivesse antes. Mas as vezes atinge em cheio, o vazio, sem amor, sem família, sem nada. Eu queria me manter longe de todo mundo e finalmente consegui, mas agora eu tenho a Athos e ela não pode ficar nessa coisa doente que eu me coloquei.
Ao mesmo tempo que eu coloquei meus patins em primeiro lugar, desistir de viver de verdade. Ouço a campainha e vou até a porta, abro sem pensar muito, Athos foi passar o fim de semana com o pai dela então eu estou sozinha. Quando a porta abre, Michael está ali, Athos entra emburrada.
— O que houve? — Estou meio aérea.
— Eu te conto o que houve mãe. — Athos disse brava, o que significa que algo aconteceu de verdade — A Rika disse que eu deveria parar de patinar. Isso não tem futuro! Disse que seria uma ladra como você! Então puxei o cabelo dela. Atirei a merda do livro na cabeça dela. Fui má!
Ela entra batendo a porta, me direciono a atenção para o pai dela. Ou o que deveria ser. Estou cansada o fuso está me matando, esse mau humor da Athos pode ser sono também.
— Eu só fui atender o telefone. E isso aconteceu, ela está estranha, ela não era assim...antes.
— Não coloque a culpa em mim pelo seu papel de pai merda. — digo e ele me olha como se eu fosse a errada, não estou errada. — Não adianta nada me olhar assim. A apresentação dela você não foi e não deu nenhuma explicação, na parede de dias dos pais você também teve um compromisso. Seus compromissos sempre são quando ela precisa de você. Que conveniente.
— Eu não fiz porque eu quis. Eu trabalho merda.
— Eu não? — Pergunto e ele sorri como se isso fosse uma piada. — Caralho, olhando agora, você é escroto pra caralho. Quer saber Michael Crist, vai lá com a sua noiva, ela tem uma profissão magnífica! — Bato palmas. — Mas talvez ela vire uma socialite como a sua mãe. E vai engravidar, ter seus filhos e viver como a sua mãe. Sem ter conquistado nada.
— Você conquistou algo? — Ele me olha com um desdém. Quando tudo abaixa, quando o amor apaga, tudo fica tão claro. — Sozinha, uma rainha sem reino, uma imperatriz sem nada.
Deus como eu previ isso, ele ia jogar na minha cara.
— Sim, talvez eu seja isso, uma rainha sem reino. — Digo sorrindo — Mas eu nunca brinquei com o coração de outra pessoa. Você fez mais de uma vez seus planos acima de tudo. Ok! Seus planos. Athos não é um plano, e se ela não é nem algo que realmente que você se importe para ser presente, talvez você devesse parar de tentar. Você parece um merda agora. Eu tenho títulos, uma sala cheia deles. Não tenho sentimentos mais. Mas se tem uma coisa que eu achei que seria o mínimo. Era você ser...um bom pai. Athos é uma criança, ela queria o pai dela. E você abandonou ela. Do mesmo jeito que fez comigo. Mas você me fragmentou tanto que eu nem sei mais o que eu sou. Mas não vou permitir que você faça isso com ela. Ela é ela criança e vai fazer o que quiser.
Assim que termino de falar, sinto um peso saindo de cima de mim. E parece que caiu mas costas dele. Mas não ligo. Vou fechar a porta.
— Leo...— Ele para a porta — Desculpe.
— Fácil demais. — Digo sorrindo com ódio — Você fala desculpas da mesma forma que fala eu te amo. Não acredito em você.
— Eu estou só...magoado merda. — Ele disse abrindo a porta — Você não ouviu minha versão dos fatos, não sabe os meus motivos. Eu juro que te amo.
— Eu me amo mais. — Digo olhando nos olhos dele. — e você é um canalha, veio aqui dizer essa merda quando está noivo da Rika. Vá embora Michael. Não quero mais te ver. Vamos nos ver apenas pelo bem da Athos. Ou melhor. Para realmente fazer o bem para.
Empurro ele e fecho a porta. Espero, mas não. Nenhuma lágrima nada. É isso morreu? A parte humana morreu?
Esqueço isso e recupero a compostura e vou para o quarto de Athos. Quando entro ela está abraçando um travesseiro encolhida. Eu não preciso ser minha mãe, Rika pode muito bem fazer esse papel.
— Porque tudo mudou mamãe? Porque não podemos ser como antes. — ela disse com o rosto enfiando no travesseiro. — Meu pai me amava, mas ele nem fica mais comigo. É culpa minha? Ele não gosta de crianças grandes? É porque eu não sou filha dele de verdade? Porque meus pais sempre me abandonam e machucam minhas mães.
Havia esquecido que ela viu a mãe morrer. Abraço ela e ela chora, imperdoável. Tudo é imperdoável. Eu não quero mais nada e nem ninguém machucando o coração dela. Se isso acontecer eu pessoalmente armo aquela merda debaixo do the cove e fujo com a Athos para minha casa no Japão.
♕❅
Eu vim ao casamento, porque quero ter certeza que ele vai se casar e vai me deixar em paz. Athos parece tão desesperada por sair daqui que eu estou quase fugindo com ela. Quando por fim, o sim é ouvido eu bato palmas e não sinto nada. Eu sei que tem muita gente olhando para mim como se eu fosse impedir isso. Mas não vou. Até o próprio Michael parece desesperado pela minha interferência Mas bato palmas e Rika me lança um olhar de quem ganhou.
Só porque eu deixei.
Lanço outro olhar com essa intenção e ela desvia o olhar eu bato palmas. Ganhou essa coisa lotada de orgulho.
Quando a igreja esvazia, eu e Athos passamos por todos e alguém passa por nós, Athos para perto do carro e ela está olhando para o cara ali.
— Ele não vai falar com a gente mãe? — Ela disse franzindo o nariz. — Trevor também é mentiroso.
— Vamos Athos. Trevor...não é da nossa conta. — Digo e ela caminha comigo.
Por um momento viro para trás após colocar Athos no carro, por dez segundos, eu olho e ele olha de volta. Então vira as costas e eu entro carro. Sempre foi assim. Não deveria mudar. Agoda sim, tudo está em seu devido lugar. Rika com Michael, minha mãe realizada, os pais dele realizados. E eu sozinha. Como sempre. Apenas com Athos.
Ela dorme no carro. Eu deveria levar ela há um hospital? Ela está dormindo muito ultimamente. Sinto um mau pressentimento.
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Corrupt: It was never me
Fiksi Penggemar⚠️ Aviso ⚠️ * É um dark romance * Contém linguagem imprópria. * Gatilhos como, drogas, agressão, estupro, etc. * É para maior de dezoito anos. (o Preto) * É apológico a religião. * A cidade é fictícia, tudo é fictício. * Devil's night.(Mas não tem n...