capitulo 105

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Trevor

    Eleonor só me disse que não estava pronta para ser mãe de novo. E que não gostou do parto. Mas mesmo assim ela ainda não viu a bebê. Talvez ela mude de ideia. Só que eu também não quero forçar ela a ver nossa filha.

— Você deveria ver sua filha. — Ouço Damon dizer.

   Ele está irritado. Na verdade ele está irritado desde o momento que descobriu que era menina. Eu sei que ele e a Serena são totalmente oposto nessa coisa de filhos. Serena quer todos os meninos que ela pode ter o Damon está quase encomendando uma menina a via expressa.

— Você deveria fazer a sua. — Leo reponde irritada.

— Acredite eu estou fazendo isso. Só para você saber a Serena está grávida de novo. E dessa vez vai vir uma menina. — Damon diz confiante.

— Você deveria ir a igreja fazer uma promessa então. — Will disse — Porque vai ser menino de novo.

   Existe um motivo por qual estão todos aqui falando merda. A Angeline vai ter o primeiro contato com a Eleonor hoje e comigo também então vamos até a neo.

Leo

    Não estou pronta para isso, não quero estar. Tem tantos bebês aqui, me dá pânico. E eu nem sei qual é a minha. Sem dizer que parece que vão me dar vidro porque essa enfermeira já me disse umas duzentas coisas e algumas delas repetidas.

— Se sentir o desconto, avisem-me. — ela disse, porque ela está nervosa. Sou eu que tive uma gravidez silenciosa e pari a garota na semana seguida que  descobri a existência dela. — Ela é um pouco prematura então tem alguns...

— Fios, tubos e etc... Ok. — Digo já impaciente. — Me trouxeram aqui para ver a criança. Não estou vendo ela.

— Leo, calma. — lanço um olhar puto para meu namorado. — Vou calar a boca. Ok?

    Desviei minha atenção para ele e quando fiz mensão de procurar a coisinha a enfermeira já estava quase na minha frente com o ser humano com um body rosa pérola.

— Está pronta mamãe? — A senhora diz.

— Não. Mas acho que ela não se importa. — Digo vendo ela colocar pacote no meu colo.

   É mole, branca demais, e os olhos estão fechados, também não tem cabelo. É quase do tamanho das minhas duas mãos uma lado da outra. Isso aí pode morrer com um espirro.

— Ela tá viva? — pergunto e a enfermeira começa a rir. Não é para rir é para me socorrer!

— Está viva. — Trevor disse dando a volta em mim. — Está respirando. É tão...frágil.

— Sim, um queda é morre. — Digo apavorada — Vou derrubar ela... Deus...

— É apenas medo.— Uma moça disse com um menininho no colo dele. — É normal. A minha primeira vez foi assustador. É só um pedacinho de carne que pode quebrar.

  Alguém pensa como eu, meu Deus! Ela de mexeu, os dedos dela se mexeu, a mão dela abriu e fechou. A mão dela é do tamanho do polegar do Trevor. As mãos dela nem fecham no dedo dele.

— Ela tem dois quilos então vai ter que ficar aqui para pegar peso, sua gestação foi silenciosa e você nem teve a barriga. Então ela é pequena mesmo. O pulmão não foi desenvolvido totalmente, ela tem todos os dedos das mãos e dos pés e está tudo bem com ela, só um pouco de dificuldade para respirar e o coração ainda é fraquinho mas funciona bem. — A pediatra diz, mas eu já tinha ouvido isso do Trevor, ele parece bem ansioso para ouvir tudo sobre ela de novo.

— Está tudo bem? Ela não vai ter sequelas? — Trevor pergunta e eu só tenho assimilar como isso quase me arregaçou.

— Sabia que você doeu muito?  — Digo e ela geme, coisa de bebê. — Nem para facilitar para mim.

    Não tenho coragem de olhar, mas sinto minha pobre vagina estranha. Mas Josh já disse que é só os primeiros dias e quando ele tirar os pontos vou me preocupar só com o resguardo. Tenho 18 dias até o TOF, será que vai dar certo? Será que consigo competir? Nunca perdi um torneio...

   Fecho meus olhos e tento me acalmar, eu sou mãe de novo e de um bebê.  Quando abro meus olhos, estou olhando para a a vitrine do berçário. Sinto uma dor no peito, doeu achei que não fosse doer. Mas doeu.

   Abaixei meus olhos para a bebê e mordi os lábios e respirei profundamente. Eu queria viver isso há alguns anos. Mas está tudo diferente e acredite em mim. Eu acho que minha capacidade de superar é grande. Mas ele vinha que vir aqui. Olhar como se estivesse vendo um enterro.

— Leo? — Volto a mim e olho para Trevor.

   Ah... É mais fácil.

— Oi? — digo esquecendo do redor. — Você já pegou ela?

   Ele quase virou uma folha de papel e parecia ansioso. Pedi a enfermeira para dar ela ao pai dela e assim que o pacote de açúcar parou nos braços enormes de Trevor Ela ficou menor. Ela é do tamanho da mão dele. Uma mão!

— Ela é... minúscula. — Ele disse rindo igual a um idiota.

   Lembrei um pouco do meu pai. Tem alguns vídeos de quando eu nasci. Meu pai ficou igual ao Trevor. Quase robótico e parecia que segurava a coisa mais importante do universo.

— Você é tão pequena. — Ele disse deixando a bebê segurar o dedo dele — Vou ter que comprar uma glock, não, vou ter que comprar uma automática...sim... Afinal sendo filhas da sua mãe você e sua irmã podem sair com canalhas. Conhecendo o gosto da sua mãe para canalhas tenho que estar preparado.

    Ok. Isso virou uma reunião de termos dele? Ela tem quatro dias de vida. Alguém avisa ele?

— Eu namoro você. — digo com escárnio.

— Exatamente. — ele disse olhando para mim. — Eu não presto. Pelo meu meu pau funciona bem, olha para ela...

— ela tem cara de pão. — digo quase rindo.

— O pão mais bonito que eu já vi. — Ele disse passando o dedo no nariz dela. — que sorte Angie, você tem o nariz da sua mãe. Sem plásticas para você.

— Tá de sacanagem? — digo mas todo mundo já está rindo. — Ela acabou de nascer.

— É bom deixar as coisas clara meu amor. O Damon vai paga o terceiro menino. Não quero eles em cima dela. E a Banks já tem dois. E aquele Aiden do Kai já é muito próximo da Athos. Tenho que me precaver.

— Os filhos do Damon são primos dela. Para com isso. — Digo rindo.

— 25% só. — ele disse encarando a bebê como se ela fosse abrir os olhos e dizer papai. — Garanto que somos uma ótima máquina 3D princesa e mesmo que a Athos não seja de sangue ela já é a sua cópia. O que acha que uma versão misturada com a minha vai ser? Terrível. Tomara que ela herde seu humor.

— Acho que o seu seria melhor. — digo vendo ele entregar a criança alta a enfermeira. — Seria mais fácil resolver as coisas não acha?

— Com certeza seria. — Ele confirma.

Ou hospital ou cemitério. Ao estilo Trevor Crist.

Corrupt: It was never meOnde histórias criam vida. Descubra agora