capítulo 34

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Eleonor

Aí meu corpo, aí minhas pernas, minhas costas. Que parte de "eu não posso me machucar" ele não entende?

   E aquela merda de campainha tocando que saco, empurro o braço dele e coloco um roupão qualquer e desço as escadas morrendo. Eu sou um cadáver. Meu deus. Eu nunca mais vou transar com esse cara.

    A maldita campainha continua. Eu vou matar que estiver do outro lado. Maldito!

— Ja vai porra! — digo irritada.

    É uma cobertura como as pessoas entram aqui? Que ódio. Abro a porta irritada e dou de supetão com a Rika, hey, ela deveria estar vestida adequadamente não? Tipo!?

— O que está fazendo aqui? — ela disse com raiva.

— Eu dormi aqui. — digo encostando no batente da porta. — E você? O que faz aqui às... — Olho no relógio da entrada — Puta merda são duas da tarde!?

— São! — ela disse irritada — E você está aqui!? Por que!? Você não tinha ido para o Canadá.

— Eu fui. Fui competir não morar lá. — digo irritada — E seu amorzinho foi me buscar. Sabe como ele é insuportável quando quer algo.

— chame ele agora... Isso tem que ser uma brincadeira. — ela disse tentando entrar mas eu colo o braço na frente — Está achando que é dona da casa?

— Dona não. — digo bocejando — Mas eu estou aqui hoje e como o dono da casa está dormindo e eu estou aqui. Não posso deixar qualquer uma entrar aqui.

   Ela me olha de cima a baixo e acho que notou alguma mordida ou chupão. Por que ela me atacou como uma vaca. E se jogou em cima de mim e me derrubou no chão. Bati as costas no chão.

— vadia. Eu sabia. — Ela disse agarrando meu cabelo.

— Não! Eu não sabia! — Digo chutando ela com meu tornozelo fodido e grito de dor logo em seguida. — Desgraçada!

   Não demorou muito para ouvi passos na escada, bom, é agora né? A hora da verdade ele vai ficar do lado dela ou vai me ajudar? Não sei se quero saber. Mas meu pé dói e dói pra caralho.

    Como eu me odeio as vezes.

— Caralho! — Rika diz com a mão no estômago — Você é uma puta! Você sabe que ele só te usou né?

— Sei. — Digo respirando fundo. — Mas meu deus você também não se valoriza caralho?

   Ela em encara como se eu fosse um bicho de oito cabeças e nova rabos. Pelo amor de Deus, ela está me agredindo porque o cara que ela gosta me fodeu. Ela não tem um pouco de bom senso. Meu!

— Como pode dizer para eu me valorizar se você está assim! — ela grita — Ele é meu! Meu! Sacou!

— Sim, sim. — Eu já estou cansada de lidar com essa manha nojenta dela. — Mas não foi eu quer corri atrás dele. Ele foi até o Canadá e olha é longe pra cacete! Me ameaçou e me arrastou para cá. Não foi eu!

— Para de se fazer de vítima! — Ela diz. — Você não é mais criança! Nossos pais não vão vir correndo de socorrer.

— Claro que não! Nosso pai morreu e nossa mãe está doente da cabeça. Então não. Mas olha só! Isso vale pra você também! Seu senso de inferioridade fode com minha vida desde de sempre. Eu nunca te fiz nada sua maluca.

Corrupt: It was never meOnde histórias criam vida. Descubra agora