A Deusa do Mago - Uma história de Amor

CAPÍTULO 1 - À PRIMEIRA VISTA

Início das aulas... Não é bem o que eu desejava. Mesmo sendo uma boa aluna, estudar tão longe de casa não foi minha escolha.
Novo colégio, novos rostos e novamente sinto meu estômago revirar só de pensar em como serei recebida pelos novos colegas de sala. Claro que não sou popular, nunca fui! Tenho amigos que conquistei no decorrer dos anos, mas eles ficaram para trás, cada um seguindo seus novos passos e me sinto sozinha.
Hora de entrar no novo colégio. Tudo novo. Paro, observando cada detalhe. Realmente é muito maior que o colégio em que eu estudava. Mesmo sendo um colégio público, até que não deixa a desejar. O pátio é enorme; vejo a biblioteca à direita e, ao lado, a sala dos professores e os banheiros. À esquerda vejo diversas portas e acredito que sejam salas de aula. No meio do pátio tem uma escadaria que segue para o segundo piso. Aqui de baixo consigo ver inúmeras portas. Mais salas de aula, concluo. Milhares de rostos passando, indo e vindo de todos os lados, muitos em conversas fervorosas e me questiono: O que eles devem estar conversando? Provavelmente, até pela grande intimidade que eles demonstram, devem ser bons amigos e alguns, um pouco mais que isso, afinal é o colegial, o momento em que os hormônios começam a agir nos jovens da minha idade.
Procuro não pensar muito sobre isso, pois, ainda sou jovem demais em meio aos meus 14 anos, iniciando o 1º ano do colégio e temer não ser aceita já é um grande problema a se pensar. Não preciso lembrar que não sou bonita, ninguém se interessaria por uma jovem como eu, fora dos padrões da sociedade, pequena nos meus 1,60m de altura e com sobrepeso. As garotas da minha idade costumam ser bonitas, os seios e as curvas começando a desabrochar, a maioria delas magras, diria que algumas magras até demais! Esse pensamento me deixa sempre triste e sinto-me o personagem principal da história do patinho feio, aquela que minha mãe me contara quando ainda era criança. Mas há algo em mim que gosto muito - meus olhos. Verdes, brilhantes e vivos como o germinar da primavera.
Estou envolta nesses pensamentos e, enquanto subo a escadaria para o segundo andar, desejo ardorosamente não tropeçar em meus próprios pés, isso seria realmente ruim. Foi então que o vi pela primeira vez...