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Estou deitada em minha cama até que começo a ouvir barulhos estranhos e um cheiro estranho de fumaça

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Estou deitada em minha cama até que começo a ouvir barulhos estranhos e um cheiro estranho de fumaça. Me levanto e coloco um short de moletom branco. Abro devagar a porta do meu quarto. Uma luz forte sai do quarto do meu irmãozinho mais novo, Alex; ele acabou de completar seis meses. São 23:49, meus pais dormem bem cedo. O que será que fazem acordados a essa hora?

Meu pai apareceu no corredor em desespero. Ele abriu a porta do quarto de Alex e então vi o fogo se espalhando; já havia tomado conta de tudo e estava se espalhando cada vez mais rápido.

— Pai!! — grito correndo em direção ao extintor de incêndio no andar de baixo.

— Elizabeth! — ele grita de volta, sua voz sai falhada.

Meu coração dispara. Saio rápido do banheiro e me deparo com a fumaça tóxica. Não consigo ver nada, um pedaço de madeira caiu na minha frente me impedindo de passar. Uso o extintor tentando apagar o fogo.

O que diabos está acontecendo? Como isso começou?

— Mãe! — grito quando avisto meu irmãozinho engatinhando pelo chão. — Alex, fique aí! — Apago o fogo da madeira e pulo por cima dela, meus pés descalços fazendo contato direto com as cinzas quentes caídas pelo piso.

Sinto-me sufocando, o suor escorrendo pelo rosto e o medo tomando conta de mim. Quando estendo minha mão para tentar puxar Alex, outro pedaço de madeira cai, dessa vez entre nós dois.

Não. Não. Não!

Tento usar o extintor de incêndio novamente, mas ele não está funcionando. As lágrimas escorrem rapidamente pelas minhas bochechas, minha cabeça está girando e meus pulmões gritam por ar puro.

A casa está desmoronando. Ouço a voz de meu pai vindo do cômodo onde Alex está, e me sinto mais tranquila. Começo a correr em direção às escadas para poder seguir até o andar de baixo, mas as escadas estão completamente cobertas por pedaços de madeira e fogo. Cerro o punho e o trago até meus lábios, tentando abafar um pouco minha tosse, mas não estava funcionando; a fumaça está sendo inalada muito rápido. Vou até meu quarto. Enquanto caminho até minha cama, minhas pernas falham, e sinto meus joelhos baterem contra o chão. Eu não desistiria tão facilmente. Me arrasto até a mesa de cabeceira e pego meu celular.

— Elizabeth! — uma voz masculina gritou meu nome. Não parece de ninguém que eu conheça.

Disco em meu celular o número do corpo de bombeiros, levo o aparelho até minha orelha.

— Boa noite... — uma mulher começa a falar, mas eu não permito que continue, começo a falar desesperadamente:

— Um incêndio! — volto a tossir. — Rua Park Avenue... — paro de falar quando vejo as enormes botas pretas próximas ao meu rosto.

— Senhorita? — a mulher chama por mim.

— Pai! — me arrasto pelo chão, olho para o homem próximo de mim, não consigo ver seu rosto, minha visão está embaçada.

▰ 𝗖𝗢𝗥𝗥𝗨𝗣𝗧 「⛓️」❪ 𝐃.𝐖 ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora