Elizabeth, uma jovem estudante de enfermagem, tem sua vida destruída quando o demônio Azazel assassina seus pais e marca seu irmãozinho para um propósito sombrio. Ela é salva pelos irmãos Winchester, Sam e Dean, que ela reconhece como amigos de infâ...
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Eu disse aos Winchester que minha família tinha uma casa no lago. Resolvemos ficar nela para dar mais privacidade ao Bobby. Falando assim, parece que eu vou ficar para sempre com eles; bom, na verdade, eu não me incomodaria.
A casa fica no meio da floresta, tem um caminho de pedras brancas até o deck. É uma casa grande de dois andares, cheia de janelas e com uma grande área de churrasco. Isso foi uma grande conquista de meus pais; compraram para virem todo final de semana.
Estamos aqui há um dia e meio, já nos acomodamos. Teve quarto para todo mundo e ainda sobrou um. Estou sentada em um sofá na área externa, meus pés estão em cima da mesa e estou com um livro em mãos para fingir que estou lendo. Minha concentração está em Dean, parado no deck com as mãos no bolso enquanto observa a água. Ele está tão calado. Depois que viu sua mãe e quase perdeu Katherine, ele se fechou como se tivesse medo de que descobríssemos algum segredo.
Dean, se abra comigo, quero te ajudar.
— Não é certo encarar outro homem enquanto se envolve com um. — A voz de Katherine me traz de volta à realidade. — Você é péssima disfarçando.
Tiro meus pés da mesa e me ajeito no sofá para dar espaço. Katherine se senta ao meu lado e olha para Dean também.
— Você diz que não suporta ele, mas não é o que parece. — Olho para ela.
— Ele é meu irmão, um chato, mas meu irmão mais velho.
— Vocês são uma bela família. — Katherine ficou em silêncio por um tempo até que prosseguiu:
— Ele nunca chorou. — Seus olhos brilharam com as lágrimas acumuladas. — Nunca o vi chorar. — Ela fica em silêncio como se estivesse se recordando de alguma lembrança dolorosa.
— Ele é uma pessoa forte. — O encaro; não sei se algum dia poderei perdoá-lo. Ele poderia ter salvado pelo menos meu irmão, mas nem isso ele fez. Minha família está morta, todos, por causa de Dean.
— Nosso pai não era o melhor de todos, mas nos amava. Às vezes ele chegava bravo do trabalho; ele estava enlouquecendo sem uma resposta para a morte da mamãe. — Sua respiração estava acelerada, ela esfregava as mãos uma na outra. — Uma noite, nosso pai saiu para caçar e ficamos sozinhos em casa. Éramos crianças, eu tinha no máximo uns 7 anos. Dean e eu estávamos com fome, demos nossa parte do cereal a Sam, então eu enchi o saco de Dean até ele sair comigo. — Uma lágrima escorre. — Desculpe. — Limpa rapidamente.
— Tudo bem. — Passo meu braço pelos ombros dela.
— Quando eu e Dean voltamos do mercado, o monstro havia pegado Sam. Dean não queria ter ido justamente por isso... mas eu o fiz ir. Sam ficou em coma, nosso pai ficou furioso, muito!
— O que ele fez?
— Quando nosso pai se alterou, Dean correu me arrastando para o quarto, ele me trancou no armário e colocou os fones de ouvido em mim. Fiquei ouvindo música e não abri a porta.
