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Abro o porta-malas, pego água benta e o livro de exorcismo

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Abro o porta-malas, pego água benta e o livro de exorcismo. Vejo um livro que Bobby nos deu... havia um símbolo e, embaixo, estava escrito "Cilada do Diabo". Tiro uma caneta branca do bolso e começo a desenhar o símbolo no porta-malas.

— Quem é você e o que quer com meu irmão?! — Ouço Dean falando com o demônio.

— Seu irmão é especial para nossa líder.

Nossa líder? Mas não era um homem?

— Teremos que deixá-la desapontada, meu irmão não está disponível. — Ouço barulho de socos.

Termino os desenhos. Quando ia falar com Dean, vejo-o ser arremessado com telecinese em direção a uma rocha. Merda.

— Ai, amiguinho. — Aproximo-me por trás, jogo água benta nele e começo a dizer o exorcismo bem rápido, mas o livro que estava em minhas mãos vira pó. Não, não!

Não quero brigar com ele. Sammy está ali embaixo, em algum lugar.

— Seu irmão, cheio de medo, está aqui, gritando em desespero. — Ele gargalhou.

Papai nunca nos ensinou muito sobre demônios; sem o livro, fica difícil. O demônio começa a se aproximar. Olho para Dean, que estava desacordado, com a cabeça sangrando.

— Odeio Winchesters. — Ele me persegue.

Sou encurralada, não tem para onde fugir. Esforço-me para lembrar o exorcismo. O demônio me dá uma rasteira, caio no chão, e ele fica por cima de mim, tentando enfiar uma faca em meu coração. Seguro sua mão com as minhas, tentando impedi-lo.

— Sammy!!! — Grito olhando para a faca; olho nos olhos do meu irmão, que agora estão completamente pretos.

— Exorcizamus te, omnis immundus spiritus... — Tento me lembrar. — Seu demônio desgraçado! — Dou uma cabeçada no nariz de Sam, mas a faca começa a entrar em mim. — Você pode ser um demônio fortinho... — Uso toda a minha força e faço a faca mudar de rumo; agora está em meu ombro. Solto-a e deixo que ele enfie a faca em mim. Dou um grito de dor. — Mas eu sou uma Winchester! — Tiro bem rápido um terço do meu bolso, enrolo em seu pescoço, pego água benta e jogo em seu rosto.

— Vagabunda!! — Ele se levanta, e vejo fumaça saindo do seu rosto.

— Desculpa, Sammy... — Empurro o corpo dele dentro do porta-malas, que estava vazio. Fecho a porta, espero que essa proteção funcione.

Corro até Dean, arranco a faca do meu ombro, me jogo perto dele e coloco sua cabeça em meu colo.

— Irmãozinho?? — Balanço-o. — Dean!! — Ele não responde.

Olho o corte em sua cabeça e pressiono minha mão ali. Sinto meu ombro jorrar sangue, mas não dou a mínima.

— Acorda! — Dou um tapa em seu rosto, e ele enfim acorda.

▰ 𝗖𝗢𝗥𝗥𝗨𝗣𝗧 「⛓️」❪ 𝐃.𝐖 ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora