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Desço as escadas do porão o mais rápido que consigo

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Desço as escadas do porão o mais rápido que consigo.

— Elizabeth? — Corro pelo cômodo chutando e empurrando tudo que esteja no meu caminho.

Paro quando ouço o barulho do choro, olho para a direita e a vejo encolhida no chão, seu rosto está enterrado nos joelhos e seu corpo treme. Droga.

— Dean! Você a encontrou? — Sam aparece logo atrás de mim.

— Eu... — Respiro profundamente tentando manter a postura.

— Caramba. — Sam corre até ela e se abaixa.

Guardo minha arma e fico os observando, meu coração está em dispara e minha garganta secou.

— Ei — Sam sussurra para ela enquanto toca delicadamente em seus belos cabelos loiros. — O que houve?

— Tinha algo aqui, Sam! — Ela se encolhe mais. — E ele disse uma coisa.

Sam se senta no chão perto dela, Elizabeth levanta seu rosto e olha para ele, as lágrimas espalhadas pelas bochechas e os olhinhos inchados. Quero acolhê-la, cuidar dela.

— O que vocês são? Algum tipo de gangue que lida com monstros? — Sinto a raiva e desespero em sua voz.

— Vamos... vamos te contar tudo. — Sam olha para mim.

Elizabeth o abraça e esconde seu rosto no pescoço de Sam, ele passa seu braço pela cintura dela, retribuindo o abraço. O ambiente parece apertado demais, minhas mãos estão suadas e meus pulmões precisam de ar puro.

— Você está segura agora, Solzinho. — Ele sussurra para ela enquanto acaricia seus cabelos.

Sam gosta dela, gosta pra caralho. Eles são uma combinação boa, duas pessoas boas que fazem bem um para o outro. Sam é saudável e pode proporcionar algo saudável a ela.

— Está tudo bem, Dean? — Sam me olha confuso.

— Ah, sim. — Sorrio. — O que será que entrou aqui?

— Era um fantasma, eu tentei tocar nele, mas... minha mão o atravessou. — Elizabeth passa a mão pelos olhos, limpando as lágrimas. — Ele sabia sobre meus pais.

— As notícias voam. — Dou as costas para eles. — Você foi muito idiota de vir aqui embaixo sozinha, não se deve entrar em um porão desconhecido sem companhia. — Digo na intenção de ser grosso.

— Dean! — Sam me chama a atenção.

— Se o fantasma sabia sobre os pais dela, ele deve estar trabalhando junto com o demônio que matou a mamãe.

— Demônio? — Elizabeth pergunta em choque. — Eu quero ir embora. — Me viro e a encaro em pé à minha frente.

— Embora? Vai viver aonde? Dentro de um carro ou em hotel? — Dou uma risada, mas ela continua séria. — Você não tem para onde ir, está sozinha.

▰ 𝗖𝗢𝗥𝗥𝗨𝗣𝗧 「⛓️」❪ 𝐃.𝐖 ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora