Elizabeth, uma jovem estudante de enfermagem, tem sua vida destruída quando o demônio Azazel assassina seus pais e marca seu irmãozinho para um propósito sombrio. Ela é salva pelos irmãos Winchester, Sam e Dean, que ela reconhece como amigos de infâ...
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Eu e Dean entramos no Impala e seguimos até o endereço que Katherine havia nos passado; estávamos indo para uma lanchonete no meio da estrada.
— Vamos passar na casa do Bobby, precisamos de ajuda. — Dean falou, mudando a rota.
— Já percebeu que só procuramos o Bobby quando precisamos de algo? Deveríamos dar mais valor a ele. — Comentei. Dean me olhou e suspirou.
— Nunca temos tempo para nada nessa vida que levamos. — Ele ficou pensativo. — E sobre o que aconteceu mais cedo, quero que esqueça.
— Como é?
Tá de brincadeira. Como eu poderia esquecer? O que Dean tem na cabeça?
— Nada aconteceu entre nós, entendido? — Ele me olhou nos olhos.
— Não. — Que merda o Dean tem na cabeça? — Olha, pense o que quiser de mim, mas não me use assim. — Olhei nos olhos de Dean, tentando encontrar algum sentimento além de preocupação. — Infelizmente, eu sou uma garota que não controla os próprios sentimentos. Pode me chamar de descontrolada, eu não ligo. Mas eu não consigo esquecer o que houve ontem porque eu amei pra caralho.
— Minha família está em primeiro lugar, meu irmão que te ama está desaparecido. — Ele voltou sua atenção à estrada.
— Não pode me amar e amar sua família ao mesmo tempo? — Franzi as sobrancelhas.
— Você não tem irmãos, não entenderia.
— Claro que não tenho, você deixou o meu morrer no incêndio. — Dean parou o carro e me encarou. Não consigo olhá-lo depois do que acabei de dizer. Eu digo tudo o que penso, mas que porra!
— Estamos perto da casa do Bobby, vá andando e se encontre com ele. Vou voltar à rota de antes, assim chegarei lá mais rápido e poderei ver o que consigo fazer. — Ele abriu minha porta, claramente querendo me manter o mais longe possível.
— Dean... — Digo baixo.
— Sai do carro, Elizabeth. — Disse alterado.
— Você está agindo como se nunca tivesse falado sem pensar. — Eu o encarei.
— Nunca acusei ninguém de matar alguém.
— Tem certeza? E aquilo sobre seu pai? — Dean engoliu seco. — Você disse que, se eu soubesse me virar, seu pai não teria morrido.
— Você nunca consegue esquecer o passado?
— Você tem um dom, sabia? — Ele me olhou confuso. — Nós temos, na verdade. O dom de nos machucarmos, mas também somos os únicos que podem curar um ao outro. — Saí do carro.
Sou emocionada, eu sei, mas caramba, ele também fez um ótimo trabalho me iludindo. Pensei que Dean poderia mudar, mas ele não se contenta com uma só.
