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— O que aconteceu com você? — pergunto, olhando para Sam sem reconhecê-lo

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— O que aconteceu com você? — pergunto, olhando para Sam sem reconhecê-lo.

— Eu não usei meus poderes em você para te machucar, você sabe disso. — Ele segura minha mão. — Você é minha irmãzinha.

— Você está andando com a vadia da Ruby, não sei mais o que pensar. — Baixo a cabeça. — Você sabe o que Dean vai achar.

— Mas e você, o que você pensa? — pergunta com esperança de que minha resposta seja positiva.

— Medo, eu tenho medo de você. — Sussurro, olhando em seus olhos.

Os olhos de Sam brilhavam com lágrimas acumuladas. Eu não mentiria para ele; prefiro uma verdade que machuque a uma mentira que iluda.

— Eu não quero que você siga esse caminho. — Levanto-me do sofá. — Vamos matá-la, Sam. Vamos matá-la juntos! — digo, esperançosa.

— Estão vindo. — Ruby diz e desaparece.

Quem está vindo?

— Eu amo você, Sam. — Forço um sorriso. — Mas não conseguirei ficar próxima de você se continuar por esse caminho. Tenho medo de que você esqueça a família que somos.

Todas as janelas se abrem de uma vez só, e um vento forte entra. Seguro a faca para demônios em minhas mãos e me preparo para qualquer coisa que estivesse por vir.

Um homem negro entra pela porta; ele usava terno, era careca, um pouco alto e mais corpulento.

— Demônio? — Sam sussurra, posicionando-se à minha frente.

— Eu não sou um demônio. — O homem diz, se aproximando.

Ele estala os dedos e Sam cai desacordado no chão. Arregalo os olhos e avanço nele sem medo algum.

— Katherine Winchester. — Ele me lança contra a parede e rapidamente se aproxima. Sinto sua mão em meu pescoço.

— Eu sei que sou uma gracinha, mas não quero essas suas mãos sujas tocando no meu belo pescocinho, não. — Sorrio e tento acertá-lo com a faca.

Quando percebo, ele agarra meu punho e aperta fortemente. Dou um grito ao sentir os ossos da minha mão se quebrarem. Tento dar-lhe uma cabeçada, mas ele desvia; meu coração acelera, assim como minha respiração.

— Você deveria ter ficado morta. — Cospe essas palavras na minha cara. Fecho os olhos e pressiono a cabeça na parede para tentar manter distância. — O maior erro dos anjos foi salvar você.

— Sério? Eu achei um ótimo acerto. — Sorrio.

Sinto sua mão se infiltrar dentro do meu peito e tocar meu coração. Entro em desespero.

— Não, não, não! — Tento afastá-lo, mas tenho medo de que meu coração seja arrancado.

Sinto suas mãos horrendas no meu coração; está ficando difícil de respirar e me manter acordada.

▰ 𝗖𝗢𝗥𝗥𝗨𝗣𝗧 「⛓️」❪ 𝐃.𝐖 ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora