Elizabeth, uma jovem estudante de enfermagem, tem sua vida destruída quando o demônio Azazel assassina seus pais e marca seu irmãozinho para um propósito sombrio. Ela é salva pelos irmãos Winchester, Sam e Dean, que ela reconhece como amigos de infâ...
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Me sinto preso, sufocado. Ela está aqui. Não, ela não pode estar aqui, está morta. Eu a vi morrer. Lembro de cada detalhe como se fosse ontem. Fico imóvel, o tempo parece ter parado, e minha mente tenta processar tudo. Meu peito parece que vai explodir, a esperança está louca para crescer e disparar, mas eu tento me controlar, o medo é maior, e poucas coisas conseguem me fazer sentir medo. Isso é uma ilusão, é apenas a porra de uma ilusão. Abro a boca, tentando protestar, afirmar que não era ela, mas minha garganta está seca e não consigo dizer nada; tudo sai embaralhado. Que merda. Porra. Não consigo desviar o olhar dela, está com sua face jovem, caralho, como ela está aqui? Como?! Por que justo agora?!
— Mamãe?... — Minha voz sai como um sussurro trêmulo.
Katherine correu rápido na direção dela, sem ao menos saber se realmente era nossa mãe. Ela já se entregou completamente. Mamãe retribui o abraço. Meu Deus, ela está se movendo, não é ilusão. Ela está ali, parada diante dos meus olhos. Minha vida toda foi destruída por causa da morte dela, tudo girou em torno disso, a morte dela no quarto de Sammy, e agora... e agora ela está aqui. Katherine falava e chorava nos braços de mamãe, mas tudo estava abafado. A única coisa que eu ouvia eram meus pensamentos e o toque de Lizzie em meu braço. Me afasto rapidamente, a respiração acelerada e os punhos cerrados.
Mamãe olhou para mim e para Sammy, que estava ao meu lado. Os olhos continuam os mesmos, doces e inocentes.
Flashback on:
Entrei na cozinha, mamãe chorava após uma discussão com meu pai. Eu me aproximei, sentindo que deveria reconfortá-la e limpar a bagunça que meu pai causou. Adultos brigam, não deveriam.
— Está tudo bem, mãe — Falo, abraçando-a. — Eu estou aqui. Eu amo você. Vai ficar tudo bem. — Ela retribui meu abraço, bem apertado.
Flashback off:
Eu era apenas um menino e, mesmo assim, tinha que cuidar de tudo. Eu não posso ficar perto deles, perto de Lizzie e, principalmente, de Hope. Vou acabar me tornando meu pai.
O passado que sempre tentei enterrar, a dor que sempre fingi não existir para poder cuidar dos meus irmãos, está tudo aqui, prestes a me fazer explodir.
— Meus meninos — Ela diz, dando um passo na minha direção e de Sam.
A voz dela, eu reconheceria em qualquer lugar, era ela. Não era um metamorfo nem um demônio. Ninguém poderia imitá-la tão perfeitamente assim. Que inferno! Porra! Eu não sei o que é verdade ou mentira, e não quero me apegar a uma ilusão falsa. Meu peito parece que vai explodir, meus dentes estão pressionados tão fortes uns contra os outros que chegam a doer levemente. Tento dar alguns passos para trás, mas meus pés parecem colados ao chão. Tiro minha arma do bolso e aponto para a testa dela.
— Dean!! — Katherine grita.
— Dean... loirinho — Lizzie estende a mão, esperando que eu entregue a arma para ela.
