1

937 69 83
                                    

Início da temporada: 2009

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Início da temporada: 2009

Desperto bruscamente de um sono profundo, ofegante após mais um pesadelo. Sento-me na cama e passo as mãos pelos olhos, tentando acalmar o coração acelerado e aliviar a secura na garganta. Meu olhar se volta para o relógio de ponteiro na parede; são 2:59 da madrugada. Coloco os pés no chão, mas logo os retiro apressadamente, dominada por um medo incomum. Isso não é típico de mim. Respiro fundo e corro até o interruptor, acendendo a luz. Apesar do quarto vazio, a sensação de estar sendo observada persiste.

Há um ano não vejo os Winchester e mantenho contato esporádico com eles, talvez uma ou duas vezes por mês. Sei que nenhum deles sabe onde estou, nem que troquei de nome. Encosto as costas na porta e fecho os olhos. Este último ano foi complicado; foi difícil me adaptar a este lugar isolado, no alto de uma montanha cercada por florestas densas. Aqui, ninguém nos encontraria. Mas algo naquela floresta me dá a impressão de que muitas mortes acontecem ali. Tento pensar em algo mais positivo para me reconfortar. Pelo menos uma coisa boa aconteceu: implorei ao meu pai que me ajudasse a parar de ver a verdadeira face dos demônios, porque não suportava mais ver o rosto dele. Com a ajuda de uma bruxa, lançamos um feitiço e, finalmente, não vejo mais suas faces monstruosas. Esperei tanto por esse alívio.

Saio do quarto com cuidado, caminhando devagar pelo corredor escuro e sombrio, para não acordar ninguém. Desço as escadas e vou até a cozinha, sem acender a luz. Abro a geladeira, pego uma garrafa de água e bebo tudo de uma vez. Esta casa é enorme e antiga; meu pai colocou proteções em todas as portas. Estamos seguros aqui e, neste ano, nada nos aconteceu.

Ao subir de volta para o meu quarto, meu coração gela e sinto o gosto amargo da bile ao ver algo escrito na minha porta com tinta spray branca: "Sentiu minha falta?"

Isso não estava aqui quando saí. Sinto as lágrimas brotarem nos meus olhos enquanto corro até a janela e afasto a cortina, mas não consigo ver nada; está escuro demais. Quem quer que tenha feito isso estava na minha casa enquanto eu estava na cozinha. Corro até o quarto do meu pai e bato desesperadamente na porta.

— O que houve? — pergunta meu pai, abrindo a porta sonolento.

— Não foi você? — pergunto, mesmo sabendo que não era ele. Eu só queria me apegar a alguma esperança que não significasse uma invasão.

— O quê? — Ele me olha confuso.

Puxo-o pelo braço até o meu quarto. Quando ele vê o que está escrito na porta, sua expressão fica séria.

— Nos acharam — diz ele baixinho. — Logan! — grita, correndo para o quarto do meu irmão.

Acendo as luzes do corredor e juro ter visto um vulto próximo ao banheiro das visitas. Corro até lá e acendo a luz, mas não há nada.

— Logan está bem — meu pai diz, saindo do quarto do garotinho.

— Quem poderia entrar aqui? — pergunto, angustiada e assustada.

▰ 𝗖𝗢𝗥𝗥𝗨𝗣𝗧 「⛓️」❪ 𝐃.𝐖 ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora