Me Tornei Uma Mulher Em Um Mundo de Cultivo Marcial! [Continuação II]

Capítulo 390: Totalmente Lascada, Mas Sem Depressão

Capítulo 390: Totalmente Lascada, Mas Sem Depressão

Força Vital. Essa era literalmente a coisa que mantinha as coisas vivas, com vida.

No entanto por mais simples que parecesse a primeira vista, a força vital era um aspecto da cultivação que era muito profundo e importante. Afinal de contas, quanto mais força vital um ser possui, menores são as chances dele morrer e maiores são as dele desenvolver uma imortalidade.

A grande maioria dos cultivadores sabendo disso pensam que ao cultivar sua força vital suas chances de se tornarem imortais são bem maiores.

Não é culpa deles pensarem assim, mas eles não poderiam ficarem mais frustrados ao descobrir que não era possível cultivar a força vital.

Era possível cultivar o corpo para fortalecer ele e quebrar qualquer limite imposto pela carne.

Era possível cultivar a alma e romper os limites do espírito e vagar pelo mundo apenas com sua própria vontade, sem a necessidade de um meio físico.

Era possível cultivar a mente e compreender os mínimos aspectos do universo da forma mais detalhada possível.

Mas não era possível cultivar a força vital em si. Era possível interagir com ela, transformando ela com cuidado e técnica torna-se possível mudar de forma. Um homem pode assumir a aparência de uma mulher, uma mulher pode assumir a forma de uma fênix, e uma fênix poderia se transformar em um sol.

No entanto esses processos são desgastantes, quanto mais tempo algo muda de forma, mais força vital é necessária para manter aquela forma por mais tempo.

Seres diferentes possuíam quantidades diferentes de força vital, e diferente de tudo ela não possuía algo como uma qualidade superior, como o Qi ou a energia mental. A força vital só aumentava e aumentava em quantidade.

E para causar esse aumento era preciso algo primordial, conhecimento de origem. Quanto mais consolidado fosse o conhecimento de alguém em torno do próprio corpo, alma e espírito, mais força vital esse ser possuía. Era uma regra que não podia ser mudada, essa era a única forma de aumentar a força vital.

Todavia no passado distante começou a surgir uma forma de transmitir a força vital de seres através de gerações. Do bisavô para o avô, depois para o pai, seguido para o filho e logo para o neto e bisneto. Atravessando gerações e deixando um rastro no mundo do cultivo.

Essa forma de transmitir a força vital eram as linhagens sanguíneas. Mas como tudo o que é mutável, com o tempo esse significado foi se perdendo nos anais do tempo. Sendo esquecido por tudo e todos até que nas eras atuais, apenas os seres místicos mais misteriosos e conhecedores sabem desse fato.

E não há razão para eles falarem isso para os mais jovens, nada vai mudar afinal. Um dia novamente isso cairia no esquecimento, era apenas uma perda de tempo falar isso para alguém.

O Monarca da Verdade do Caos sorria sem parar ao analisar minuciosamente as mudanças no corpo de Qin Xa, que estava firmemente preso a mesa de metal. Sua pele branca agora possuía um aspecto pálido demais e seus cabelos antes verdejantes pareciam estarem secos e sem nenhum brilho.

Magreza era um eufemismo para descrever seu estado. Olhos fundos e com aspectos cadavérico, seus lábios pareciam os de uma idosa que envelheceu tanto que a morte esqueceu que ela existia.

No entanto por mais morta que ela parecesse naquele estado deplorável, a magreza do seu corpo não fez nada mais do que mostrar a todos os observadores o quão superior era aquele físico.

A silhueta mais que perfeitamente harmoniosa de cada músculos de Qin Xa, desde seu queixo até os dedos, mostrava o quanto tudo estava extremamente bem balanceado. Não havia músculo a mais ou a menos, era como olhar para uma escultura esculpida pelo melhor mestre, no trabalho de sua vida.