Capitulo 65 - Final

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Any Gabrielly Point of View

New York, 20 de setembro de 2030, 8 anos depois

Eu sempre acreditei no amor verdadeiro, aquele onde a garota encontra o cara dos seus sonhos e vive um conto de fadas perfeito com ele.

E por muito tempo eu pensava que meu primeiro namorado, Bailey May, fosse o cara da minha vida. Ele era definitivamente o príncipe dos meus sonhos mais clichês, um garoto bonito, poupular e líder do time futebol americano.

O garoto perfeito para uma garota como eu, bonita, popular e líder de torcida. Literalmente o maior clichê dos filmes de românce.

Quando estava com ele, eu me sentia dentro de uma comédia romântica da netflix e na minha cabeça, mesmo nós brigando muito, no futuro nós nos casariamos e passariamos o resto de nossas vidas juntos.

Porém, o destino quis ser mais legal comigo e, mesmo sem eu merecer na época, ele colocou Sabina Hidalgo na minha vida para me mostrar que eu estava totalmente errada sobre o que era amar e ser amada de verdade.

Sabina entrou na minha vida da pior maneira possível. Quando eu a conheci nós estávamos no oitavo ano do ensino fundamental e eu já andava com Bailey, Josh, Savannah, Heyoon e Sofya naquela época e, tirando Sofya e Heyoon, Bailey, Josh, Savannah e eu já éramos completos babacas naquela época e faziamos de tudo para parecermos descolados e chamarmos atenção.

Eu era uma criança muito tranquila até o quinto ano do ensino fundamental, mas quando cheguei no sexto, mudei de escola e conheci eles acabei me moldando para ser como eles e conseguir me enturmar. Algo muito estúpido da minha parte? Com certeza, mas eu tinha apenas 10 anos de idade e estava apaixonada pelo garotinho de cabelo lambido de gel mais bonito da minha sala então não tinha como eu ser muito coerente.

Nesse tempo que eu os conheci, eles já pegavam no pé de todo mundo da nossa turma que eles consideravm "esquisitos" e aos poucos eu fui acompanhando eles até me tornar uma idiota completa assim como o grupinho que eu andava. Com o passar do tempo, nós fomos crescendo, aprendendo palavras e xingamentos novos e, sem eu nem perceber, eu me tornei uma adolescente completamente filha da puta que implicava com todo mundo que eu não gostava e fazia um inferno na vida de qualquer garota que chegava perto de Bailey.

Sabina chegou na escola dois meses depois do início das aulas quando nós estávamos no oitavo ano e assim que o meu grupo colocou os olhos nela nós gargalhamos alto e eu e Savannah fizemos muitas piadas sobre sua aparência, a Hidalgo chegou na nossa turma extremamente magra, usando roupas largas que cobriam seu corpo inteiro, tênis all star surrados, seu cabelo era preso em um rabo de cavalo, ela usva óculos muito grandes para o tamanho de seu rosto e naquela época ela também usava aparelho dental.

Ou seja, ela era o alvo perfeito para quatro pré-adolescentes que queriam ser os fodões.

Eu me lembro que a primeira coisa que eu falei com ela foi um:

"Cuidado por onde anda, novata. Tem um óculos desse tamaho e não consegue enxeragar as pessoas?"

E depois de dizer isso eu ri como se fosse a coisa mais engraçada do mundo porque na verdade ela havia tropeçado no pé que eu mesma botei em sua frente justamente para isso acontecer. Já Sabina apenas me pediu desculpas em um tom baixo e tímido e depois foi se sentar no lugar dela.

E com o passar dos dias, nossas zoações com a Hidalgo só aumentaram. Tudo começou com Bailey a apelidando de mendiga pelas suas roupas e conforme fomos crescendo e ficando mais babacas os apelidos também foram mudando até Savannah descobrir sobre a condição da Hidalgo após ver, pela abertura que tinha embaixo da cabine do banheiro feminino, Sabina fazendo xixi em pé e depois questiona-la até descobrir sobre sua intersexualidade.

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