Acordei no dia seguinte ainda nem eram 09:00 horas da manhã. Senti a minha pequena mexer-se ao meu lado e quando olhei para ela sorri ao ver aqueles seus grandes cristais verdes olharem na minha direção.
-Bom dia pequena-beijei a sua testa.
-Bom dia meu amor-ela sorriu agarrando-se ainda mais à sua almofada-dormiste bem?
-Dentro dos possíveis-encolhi os ombros.
-Vai tudo ficar bem, sim?-ela engatinhou até à minha beira e deitou-se por cima de mim beijando os meus lábios.
-O meu irmão?-perguntei.
-Ele passou a noite com a tua mãe-ela sorriu fazendo-me sorrir também-ele quis dormir com ela, talvez por ser tua mãe e ser o mais perto que ele tenha de uma figura materna.
Eu ouvi as suas palavras e sorri com carinho ao pensar naqueles dois malucos juntos.
-Vais levar o teu irmão ao funeral?-ela perguntou olhando-me nos olhos.
-Sim-assenti.
-Queres que eu vá com vocês, eu posso ligar ao Pascoal e explicar-lhe que não poderei ir hoje trabalhar e...
-Obrigada...-beijei os seus cabelos-mas nós precisamos de fazer isto sozinhos.
Olhei para ela e vi que ficou um pouco magoada.
-Para além disso hoje é o teu primeiro dia de trabalho e não seria justo abdicares da tua vida por minha causa e...
-Tu agora fazes parte da minha vida e quero que saibas que eu estarei aqui para tudo aquilo que tu precisares não importando o facto de eu deixar de fazer algumas coisas para estar contigo, percebeste?-ela olhou-me nos olhos-estou aqui para te apoiar, nunca te esqueças disso.
Eu sorri com as suas palavras e não pude como não a beijar. Eu amo demasiado esta mulher que às vezes até me ponho a pensar se ela é um sonho do qual eu posso acordar a qualquer momento e ficar sozinho outra vez.
-Eu amo-te tanto-peguei nos seus cabelos e puxei-a para um beijo apaixonado.
Arrastei-a até à casa de banho onde tomamos um banho relaxante, fizemos a nossa higiene e vestimo-nos. Descemos até à sala de jantar onde encontramos os meus pais e os meus dois irmãos, Isa e Edu.
-Bom dia-eu e Carol falamos.
-Bom dia-responderam.
-A que horas é o funeral?-perguntou a minha mãe.
-Depois da hora de almoço-olhei para ela suspirando-às 15:30 horas da tarde.
-Eu e o pai vamos contigo e com o Edu-a minha mãe falou.
-Eu prefiro ir sozinho com o Edu-falei olhando para o meu irmão a tomar o pequeno almoço.
-Sei que este momento é difícil e complicado para ambos, mas vocês não se podem refugiar do mundo, vocês têm pessoas que vos amam e que vos querem ajudar, por isso...-a minha mãe olhou-me nos olhos-não se fala mais nisso.
-Mas...
-Enzo, ouve o que a tua mãe está a dizer-Carol colocou a sua mão por cima da minha e sorriu-vocês não estão sozinhos.
Eu assenti e beijei os seus lábios.
Eu não poderia estar mais feliz por ter pessoas que me amam de verdade. Olhei para a minha família e sorri ao ver todas aquelas pessoas que eu adoro e amo do fundo do meu coração.
-Mano também posso ser mana do Edu?-Isa falou e eu sorri.
Olhei para a minha mãe que sorriu com carinho e assentiu.
-Sim princesa-assenti sorrindo.
Olhei para o meu irmão que estava muito calado e ainda andava às voltas com o seu pequeno almoço. Ele não devia de passar por uma coisa destas, ele é somente uma criança. Olhei para a minha mãe que também se apercebeu e, então, ela ajudou o pequeno Edu a tomar o seu pequeno almoço.
-Acho que este pequeno está muito preguiçoso esta manhã-a minha mãe falou enquanto o ajudava.
Edu olhou para ela e sorriu um pouco.
-O meu lobito esta manhã acordou um molengas-ambos riram-tens de comer para ficares um lobo grande e forte, lembras?-a minha mãe piscou-lhe o olho e ambos riram cúmplices deixando-me sem perceber.
Olhei para a minha Deusa ao meu lado que sorria enquanto observava aquela cena e como ela era linda, sobretudo quando sorria daquela maneira maravilhosamente linda. Ela olhou para mim e sorriu também.
-Tenho de ir-ela levantou-se da sua cadeira e foi até à sala vestir o seu casaco-com licença.
Eu fui atrás dela e observei-a mais uma vez sorrindo.
-Logo quando eu chegar quero que me contes como correu o funeral, sim?-ela aproximou-se de mim pegando no meu queixo e olhando nos meus olhos.
-Eu prometo-assenti beijando os seus lábios.
-Assim gosto mais-ela beijou-me outra vez.
-Promete-me que não vais deixar nenhum rafeiro olhar para ti-peguei no seu queixo agora.
-Isso é um pouco complicado, eu não mando neles-ela riu-mas prometo chegar inteira a casa.
-Eu depois tenho de te examinar para me certificar de que estás inteira-eu sorri perverso, mas sorri ainda mais quando vi a sua cara de espanto e olhos arregalados com as minhas palavras.
-Otário-ela abanou a cabeça sorrindo-agora tenho de ir meu amor-ela beijou-me-até logo e....vai correr tudo bem.
-Até logo pequena-beijei os seus cabelos-obrigada.
Ela sorriu e saiu pela porta deixando-me a olhar para o vazio e a pensar em nada em concreto. Sorri ao me lembrar naquele mulherão.
Voltei para a sala de jantar e encontrei a minha irmã no colo da minha mãe enquanto ela dava o pequeno almoço ao meu irmão. Sorri ao ver aquela imagem da minha família. O meu coração encheu—se ao ver o sorriso lindo do meu irmão enquanto falava e se ria com a minha mãe e irmã. Olhei para o meu pai e vi que ele sorria também ao ver aquela cena. Os seus olhos brilhavam, principalmente quando esses pousavam em cima da minha mãe.
Dois malucos.
💗💗💗
Olá olá pessoas lindas do meu coração. Tudo bem com vocês? Ainda bem.
O que é que acharam deste capítulo?
O que será que vai acontecer a seguir? Palpites? Não?
Vamos ver o que vai acontecer no próximo capítulo.
Até lá.
Kiss 💗
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Coração De Lobo
WerewolfCaroline Gonzalez, uma jovem mulher de apenas 20 anos ruiva e de olhos castanhos. Uma mulher cheia de luz, determinada, divertida e sorridente. Ela seria uma ótima Design de Interiores se o destino não desse uma reviravolta de 360 graus e não a fize...