-Vocês estão bem?-eu abracei as minhas filhas assim que aquela vadia saiu de nossa casa.
-Sim-ambas assentiram.
-A Carol está bem?-olhei para ambas.
-Eu acho que sim-Constança falou.
-Eu já volto-beijei a testa de cada uma e fui até à cozinha.
Encontrei Carol a mexer num copo muito pensativa. Sentei-me à sua frente e olhei-a nos olhos.
-Porquê Enzo?-ela perguntou ainda distraída com o copo.
Eu suspirei e peguei na sua mão fazendo-a olhar para mim.
-Eu prometo que vai ficar tudo bem ruivinha-eu falei convicto das minhas próprias palavras.
-Podias começar por me contar o que aconteceu há vinte anos atrás, no dia em que recebeste aquele telefonema.
Eu assenti levantando-me ao mesmo tempo que ajudava Carol a levantar-se também. Coloquei uma mão na sua cintura e a outra agarrei nos seus maravilhosos cabelos e beijei aqueles seus doces lábios com sabor a cereja. Devorei a sua boca como já não o fazia há muitos anos e naquele momento só me apeteceu levá-la para a minha cama e beijar cada pedacinho do seu corpo.
O nosso beijo começou a intensificar-se ainda mais. Encostei-a ao balcão e beijei o seu pescoço.
-Enzo....-ela gemeu o meu nome.
Sorri ao ouvir o meu nome ser pronunciado pelos seus lábios entre um gemido.
Baixei um pouco da alça do seu vestido e mordi o seu ombro de leve voltando logo de seguida para os seus lábios.
-Eu amo-te tanto ruivinha-abracei-a enquanto a beijava.
-Papá?-Carol afastou-se de mim assim que ouvimos a voz da nossa filha Constança.
-Eu já vou ter com vocês-falei olhando para ela-chama a tua irmã e vão as duas para a sala, eu preciso de falar com vocês.
-Está bem papá-ela assentiu.
-É melhor também vires-eu peguei na mão dela e puxei-a até à sala onde já se encontravam as miúdas sentadas no sofá.
As miúdas sentaram-se num sofá e eu e Carol sentamo-nos noutro sofá de frente para elas.
-O que queres falar connosco papá?-Constança perguntou.
-Sobre a vossa mãe-falei por fim.
Olhei para Carol quando a senti ficar tensa ao meu lado. Olhei para ela e ela parecia estar assustada com aquela minha confissão.
-Podemos conhecê-la?!-Constança outra vez.
-Acho que já a conhecemos-Carolina falou baixo olhando para Caroline que ainda ficou mais tensa.
-Enzo...-Carol olhou para mim assustada.
-Quando a vossa mãe estava grávida de vocês eu recebi um telefonema no qual eu teria de ir naquela hora à minha empresa-fiz uma pausa-quando lá cheguei estavam um homem e uma mulher que me obrigaram a separar-me da vossa mãe.
Carol olhou para mim ainda mais assustada e com os seus olhos marejados.
-Mas tu és o Alfa papá-Constança falou.
-Mas nem sempre o Alfa consegue ter tudo-peguei na mão de Carol-eu tive de abandonar a vossa mãe para que não lhe tocassem-suspirei cansado-eu tinha duas escolhas: ou ficar com a vossa mãe e ficar sem vocês ou então ficar com vocês e abandonar a vossa mãe e eu tive de vos escolher a vocês, eu não vos podia perder.
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Coração De Lobo
WerewolfCaroline Gonzalez, uma jovem mulher de apenas 20 anos ruiva e de olhos castanhos. Uma mulher cheia de luz, determinada, divertida e sorridente. Ela seria uma ótima Design de Interiores se o destino não desse uma reviravolta de 360 graus e não a fize...