Eu poderia ter qualquer coisa, mas o que eu estava a adorar ter era a minha ruivinha nos meus braços.
Olhei para ela enquanto descia as escadas com o seu pijama vestido e sorri ao imaginar coisas que se calhar nem devia de imaginar.
Depois dela me beijar no carro decidi entrar com ela e esperei cá em baixo na sala enquanto ela foi tomar banho. Já conseguia sentir o seu cheiro doce de chocolate, aquele que ela sempre usou e sorri.
-O que tem assim tanta piada?-ela sentou-se ao meu lado sorrindo.
-Tu-eu peguei na sua mão.
-E porquê?
-Porque continuas linda-peguei no seu queixo.
-Hummm...-ela fechou os olhos e pousou a sua cabeça no meu ombro.
-Não te quero largar-beijei os seus cabelos.
Ela levantou a cabeça e beijou a minha bochecha.
-A Carolina e a Constança precisam de ti e estão em casa à tua espera-ela falou um pouco triste.
-Anda comigo-apertei a sua mão-vamos para nossa casa.
-Iria ser estranho para as miúdas, não achas?-ela sorriu fraca-e aquela já não é a minha casa há muito tempo.
-Nunca deixou de ser a tua casa Carol.
-Talvez-ela falou.
-Anda almoçar connosco amanhã-convidei-a.
-Não posso-ela ficou pensativa-amanhã vou almoçar com o Jack e o seu namor...
-Ainda falas com esse Jack?-olhei para ela.
Não gosto nada desse Jack, arrrr. Não gosto da ideia desse macho andar sempre a rondar a minha Luna. Ele que arranje uma fêmea, a Carol já é minha.
-Não precisas de ter ciúmes-ela riu-és mesmo um ciumento, e sem razão.
-Não tem piada-bufei virando a cara.
-O Jack é gay-Carol falou ganhando a minha total atenção.
-Como?!-olhei para ela surpreso-mas ele....como ele....eu pensei que...eu...
-Como vês não precisas de ter ciúmes seu maluco-ela riu mais.
Sorri ao ouvir a sua maravilhosa gargalhada. Puxei-a para o meu corpo e beijei aqueles seus maravilhosos lábios com sabor a cereja.
-Então eu passarei aqui para irmos jantar-peguei no seu queixo e beijei o seu nariz.
-Hummmm-ela fez-se pensativa-porque não jantamos aqui em casa?
-Quase me esquecia que adoras cozinhar-sorri-está combinado, tu cozinhas e eu janto aqui contigo.
-Combinado-apertamos as mãos como se acabassemos de fechar algum negócio.
-Infelizmente agora tenho de ir ruivinha-falei levantando-me.
-Vai lá-ela assentiu-as miúdas já devem de estar a morrer de saudades tuas.
-Tal como eu ficarei com saudades tuas-abracei-a.
-Eu também-ela beijou a minha bochecha-e...vai tudo ficar bem quanto aquele teu problema, sim?
Eu simplesmente olhei para ela.
-Enzo?!-ela olhou de cara feia para mim.
-Está bem está bem-eu rendi-me aos seus encantos-eu prometo que vai ficar tudo bem.
Ela sorriu e, então, a muito custo despedi-me da minha ruivinha e fui para casa onde duas ruivinhas já estavam impacientes à minha espera.
-Então papá?-Constança veio ao meu encontro.
-A Carol gostou?-foi a vez da Carolina.
-Ela adorou conhecer-vos-eu falei orgulhoso.
-Quando ela vai voltar?-perguntou Constança empolgada.
-Não sei-encolhi os ombros.
-Fala com ela e convence-a a vir um dia para estar connosco-foi a vez de Carolina.
-Sim papá-Constança sorriu-convida-a para vir aqui amanhã.
-Ela não pode-encolhi os ombros-ela já tem coisas combinadas.
-Oh-ambas falaram decepcionadas ao mesmo tempo.
-Prometo que ela virá aqui outra vez, sim?-sorri para elas.
-Está bem papá-elas assentiram.
-Vá agora vão dormir que já está tarde-falei depositando um beijo na testa de cada uma-boa noite até amanhã.
-Boa noite papá-as duas falaram.
(...)
Acordei no dia seguinte um pouco mal disposto, estava com uma enorme dor de cabeça e sentia-me um pouco zonzo, mas mesmo assim levantei-me porque tinha uma reunião importante à qual eu não podia faltar. Depois de pronto desci até à cozinha onde me juntei às miúdas para tomar o pequeno almoço.
-Bom dia ruivinhas-falei depositando um beijo na testa de cada uma.
-Bom dia papá-responderam ao mesmo tempo.
-Estás bem?-Constança perguntou preocupada.
-Não estás com boa cara-Carolina continuou.
-Eu estou bem não se preocupem-eu falei levantando-me-agora preciso de ir trabalhar.
-Até logo papá-Constança falou.
-Bom trabalho papá-outra vez Carolina.
-Obrigada ruivinhas-sorri para ambas-boa escola.
Entrei no carro e dei partida até ao meu escritório, mas quando estava quase a chegar deu-me uma enorme dor de cabeça e eu não tive tempo de parar o carro. Mal vi o carro vir na minha direção mudei de direção para não lhe acertar, mas eu já não tive tanta sorte, pois senti todo o meu corpo bater com toda a força em algo. Quando olhei para a frente vi o carro todo amassado contra uma árvore e a largar algum fumo. Como eu estava tão cansado e cheio de dores apaguei poucos segundos depois.
Não sei quanto tempo se passou nem como vim ali parar, mas quando abri os meus olhos vi, ainda com a minha visão meia turva, que estava num quarto de hospital. Tentei me mexer, mas não consegui por causa das dores que sentia no meu corpo.
-É melhor descansares mais um pouco-a sua voz.
Fiquei com os olhos marejados quando olhei para o seu rosto lindo e doce daquela pessoa que me acolheu na sua família como um filho e que eu já não via há imenso tempo.
-Mãe...-olhei nos seus olhos.
-Filho...-vi uma pequena lágrima descer pelo seu rosto.
Eu não sei onde fui buscar toda aquela força, mas consegui sentar-me encostado às almofadas e puxei a minha mãe para um grande abraço.
Senti os seus soluços contra o meu corpo e as suas lágrimas molharem a minha camisa.
-Porquê Enzo?-ela apertou-me ainda mais.
-Desculpa mãe-apertei-a ainda mais também e ficamos assim durante alguns segundos.
♥♥♥
Olá olá pessoas lindas do meu coração. Tudo bem com vocês? Ainda bem.
O que acharam deste capítulo?
O que será que terá provocado o acidente de Enzo? E como será que Malia irá reagir à notícia de que o seu filho está doente?
Muitas coisas estão por acontecer ainda. E cada vez vão-se tornando mais difíceis, sobretudo quando vão aparecer pessoas para separar o nosso casalinho outra vez.
Preparados?
Até ao próximo capítulo.
Até lá.
Kiss♥
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Coração De Lobo
WerewolfCaroline Gonzalez, uma jovem mulher de apenas 20 anos ruiva e de olhos castanhos. Uma mulher cheia de luz, determinada, divertida e sorridente. Ela seria uma ótima Design de Interiores se o destino não desse uma reviravolta de 360 graus e não a fize...